A Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) advertiu nesta segunda-feira (22) que a pandemia continua "acelerando" no mundo, com mais de nove milh�es de casos confirmados, horas depois que o Brasil superou 50.000 mortes por coronav�rus no fim de semana e enquanto os pa�ses europeus avan�am com a flexibiliza��o do confinamento.
A pandemia de COVID-19 "continua acelerando", com um milh�o de casos registrados em apenas oito dias, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em uma confer�ncia virtual organizada por Dubai.
"Sabemos que a pandemia � muito mais que uma crise de sa�de, � uma crise econ�mica, social e, em muitos pa�ses, pol�tica. Seus efeitos ser�o sentidos durante d�cadas", completou.
O novo coronav�rus provocou mais de 468.000 mortes e quase 9 milh�es de cont�gios no mundo, desde que o v�rus foi detectado na China no fim do ano passado, segundo um balan�o da AFP com base em fontes oficiais.
A Am�rica Latina � a regi�o com o ritmo mais acelerado de propaga��o da doen�a atualmente, sobretudo no Brasil. O pa�s superou a barreira de 50.000 mortos e tem mais de um milh�o de cont�gios, metade dos casos declarados na regi�o.
Enquanto alguns pa�ses da Europa, o continente mais atingido pela pandemia com mais de 192.000 mortes e 2,5 milh�es de casos, continuam a relaxar as medidas de prote��o diante da diminui��o de casos, outros come�am a reimpor medidas estritas devido a novos surtos.
� o caso de Portugal, onde as autoridades refor�aram as medidas de confinamento recentemente relaxadas na regi�o de Lisboa, para controlar novas fontes de cont�gio.
- "Unidos e sem descanso" -
Com mais de 12.500 mortes e quase 220.000 cont�gios acumulados, S�o Paulo � o estado brasileiro com mais casos, seguido pelo Rio de Janeiro.
O presidente Jair Bolsonaro, que chegou a chamar a doen�a de "gripezinha", n�o fez nenhum coment�rio sobre as 50.000 mortes no fim de semana.
Em Honduras, o presidente Juan Orlando Hern�ndez, que est� internado depois de ter sido diagnosticado com a COVID-19, pediu aos compatriotas que lutem contra a doen�a "unidos e sem descanso".
O Peru, segundo pa�s latino-americano com mais casos (254.936) e o terceiro em n�mero de mortes (8.045), reabre nesta segunda-feira os centros comerciais ap�s 99 dias de confinamento.
As autoridades, que desejam reativar a economia, descartaram, no entanto, a reabertura de Machu Picchu em julho por atrasos na implementa��o das medidas de biosseguran�a neste local emblem�tico e o temor de contamina��o dos moradores da regi�o.
- De volta ao cinema-
Na Europa, os pa�ses avan�am a passos largos para deixar para tr�s o confinamento, que paralisou as economias.
A Fran�a iniciou uma nova etapa nesta segunda-feira, com a reabertura de muitos estabelecimentos de lazer, o retorno dos esportes coletivos e a volta generalizada das crian�as �s escolas.
A Espanha, que adotou um dos confinamentos mais severos do mundo para conter a pandemia, suspendeu no domingo o estado de alerta e abriu as fronteiras com os demais Estados membros da UE, com exce��o de Portugal.
Diante do temor de uma segunda onda da doen�a, como na China, onde depois de dois meses sem novos casos foram detectados mais de 220 cont�gios em Pequim, as autoridades pedem prud�ncia.
Neste sentido, o diretor da OMS pediu aos governos que se preparem para futuros surtos que podem acontecer "em qualquer pa�s a qualquer momento e matar milh�es de pessoas, porque n�o estamos preparados".
No mundo dos esportes, que ap�s v�rios meses de paralisa��o come�a a retomar as atividades, mais casos positivos de COVID-19 foram anunciados nas �ltimas horas.
O Estrela Vermelha de Belgrado anunciou que cinco jogadores foram diagnosticados com o novo coronav�rus e o uruguaio Jonathan Rodr�guez, atacante do Cruz Azul, da primeira divis�o do futebol mexicano, tamb�m contraiu a doen�a.