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Estado de Minas

Festival da carne de cachorro na China, v�tima colateral do coronav�rus


23/06/2020 10:31

Todos os anos, no final de junho, milhares de c�es s�o sacrificados na cidade de Yulin, sul da China, no famoso "Festival da Carne de Cachorro". No entanto, o coronav�rus salvar� a vida de alguns deles este ano.

A pandemia, que causou a morte de mais de 470.000 pessoas, surgiu no final de 2019 em um mercado em Wuhan, centro da China, no qual se vendiam animais vivos. A partir de ent�o, as leis sobre o com�rcio de animais foram refor�adas.

Neste contexto, o americano Jeffrey Bari criou um abrigo pr�ximo a Pequim, onde cuida de cerca de 200 cachorros salvos de um destino fatal que os esperava a milhares de km ao sul da capital.

A festa de Yulin � "desumana e b�rbara", afirma este defensor dos animais, que tenta encontrar fam�lias de acolhida para seus h�spedes.

Os militantes da causa salvam centenas de cachorros todos os anos, organizando verdadeiros ataques aos matadouros ou interceptando caminh�es cheios de c�es que se dirigem ao sul, onde ainda persiste a tradi��o do consumo de sua carne.

Os traficantes s�o acusados n�o s� de pegar cachorros abandonados, mas tamb�m de roubar os de estima��o.

"Temos uma sensa��o de prazer quando conseguimos mudar o destino de um cachorro", diz Miss Ling, volunt�ria que ajuda um abrigo da ONG "No Dog Left Behind" (nenhum cachorro abandonado).

- Consumo em baixa -

Mesmo antes do surgimento da COVID-19, o consumo de carne de cachorro mostrava um decl�nio acentuado na China e, em contrapartida, cada vez mais as pessoas adotam c�es como animais de estima��o.

No entanto, em algumas regi�es do pa�s, a carne de cachorro ainda � considerada boa para a sa�de.

Com o impacto da pandemia, o governo chin�s aprovou uma lei que pro�be o com�rcio e consumo de animais selvagens.

A lei n�o se aplica especificamente aos c�es, mas o Minist�rio da Agricultura reclassificou os cachorros como mascotes, removendo-os da lista de animais comest�veis.

Em Yulin, onde o festival anual come�ou no domingo e dura uma semana, dezenas de c�es se amontoam em gaiolas estreitas, como constatado pela AFP atrav�s de v�deos.

Como de costume todos os anos, os animais sacrificados s�o empilhados nos balc�es dos a�ougues.

No entanto, fornecedores especializados contatados por telefone em Pequim reconhecem que esse mercado est� come�ando a enfrentar dificuldades.

"H� cada vez menos clientes", declarou � AFP um funcion�rio, identificando-se como Chen, para quem o problema est� na obsess�o pela seguran�a alimentar que, como consequ�ncia da COVID-19, se espalhou por todo o pa�s.

Nas redes sociais, muitos usu�rios defendem a proibi��o dessa festividade, cujo novo nome, "Festa do solst�cio de ver�o", n�o engana ningu�m.

"N�o � suficiente que (esse festival) seja uma vergonha mundial? Quando a seguran�a alimentar ser� respeitada de uma vez por todas? Cancelem esse festival imediatamente!", se queixa um usu�rio da rede Weibo.


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