
"Pensamos hoje particularmente naquelas pessoas l�sbicas, gays, travestis, transg�neros e intersexuais que foram assassinadas por sua orienta��o, identidade ou express�o de g�nero", disseram os organizadores da "42ª Marcha do Orgulho LGBTTTI+ Digital" ao in�cio do evento, transmitido por v�rias plataformas.
Sob o lema "Alerta por nossos direitos e n�o ao retrocesso", os ativistas advertiram que o ano passado foi "muito violento para a popula��o LGBTTTI+".
"A cada tr�s dias do ano (de 2019) uma pessoa foi assassinada e apenas 10% destes assassinados foram considerados, investigados e punidos como crimes de �dio", acrescentou o comunicado.
Este ano, em 18 de junho foi encontrado o corpo de Maria Elizabeth Monta�o, m�dica transg�nero de 47 anos e ativista, em uma rodovia da periferia da Cidade do M�xico.
Em 24 de mar�o, no in�cio do confinamento, Naomi Nicole, prostituta transexual de 25 anos, foi assassinada a tiros no centro da capital.
Para realizar, apesar da pandemia, a celebra��o do Orgulho Gay, que todos os anos lota as principais avenidas da Cidade do M�xico com carros aleg�ricos coloridos e discotecas ambulantes, os organizadores da "marcha digital" convidaram simpatizantes a se filmar caminhando, cantando ou dan�ando em casa e divulgar as imagens no Instagram ou no TikTok com a hashtag #ElOrgulloPermance ("O orgulho permanece").
Entre os milhares de v�deos, fotos e mensagens publicadas, destaca-se a imagem de um homem caminhando sorridente de um extremo a outro de sua casa vestindo batina e com uma cruz pintada com as cores do arco-�ris.
Em outra � poss�vel ver um beb� sorrindo com uma cal�a branca com franjas nas cores da bandeira do movimento gay. "Tua exist�ncia � fruto da resist�ncia e da resili�ncia", diz a legenda que acompanha a imagem.
No entanto, 200 pessoas marcharam na avenida Reforma, rompendo o isolamento imposto pela pandemia, que deixou no pa�s de 127 milh�es de habitantes 208.400 contagiados e quase 25.800 mortos.
Na Cidade do M�xico o casamento entre pessoas do mesmo sexo � legal h� dez anos e desde 2015 � reconhecida a mudan�a de identidade nas certid�es de nascimento.
A comunidade homossexual exige os mesmos direitos de registro de identidade para crian�as transexuais, a plena regulariza��o do direito � ado��o para casais gays e homologar as legisla��es nos diferentes estados do pa�s.