BERLIM
Os tr�s novos surtos recentes de coronav�rus ap�s a reabertura econ�mica da Alemanha t�m algo em comum: todos ocorreram em regi�es e estabelecimentos comerciais onde trabalham e vivem pessoas mais pobres - na maioria, imigrantes e trabalhadores de baixa qualifica��o que recebem sal�rios baixos. O pa�s registrou pouco mais de 194 mil casos e 8.975 mortes e � visto como um exemplo na Europa pela forma como lidou com a pandemia.
O primeiro surto ap�s a retomada das atividades, com 1,5 mil casos, ocorreu no maior frigor�fico da Europa, no Estado da Ren�nia do Norte-Vestf�lia, no oeste do pa�s. Localizado nas proximidades do distrito de Gutersloh, a empresa emprega quase 7 mil funcion�rios, sendo muitos imigrantes vindos da Bulg�ria, Pol�nia e Rom�nia. Grande parte deles � de terceirizados, com sal�rios menores que os dos alem�es.
O primeiro-ministro da Ren�nia do Norte-Vestf�lia, Armin Laschet, anunciou ontem a prorroga��o por mais uma semana das medidas restritivas em Gutersloh, que � o �nico distrito municipal alem�o em que existem atualmente mais de 50 novas infec��es semanais do novo coronav�rus para cada 100 mil habitantes. De acordo com os dados mais recentes do Instituto Robert Koch, respons�vel pela preven��o e pelo controle de doen�as na Alemanha, na �ltima semana em Gutersloh, foram registradas 112,6 infec��es por 100 mil habitantes.
As restri��es para Gutersloh foram inicialmente estendidas � cidade vizinha de Warendorf, onde moravam alguns trabalhadores da empresa, mas as medidas n�o ser�o prolongadas para esse munic�pio. "A situa��o em Warendorf � claramente limitada aos trabalhadores da empresa Tonnies", disse Laschet.
Em Gottingen, na Baixa Sax�nia, o v�rus se espalhou ap�s v�rias festas familiares. Os cerca de 700 moradores de um conjunto de apartamentos chegaram a entrar em confronto com a pol�cia ap�s terem sido obrigados a ficar isolados depois que 120 pessoas terem sido contaminadas.
Alguns tentaram quebrar a cerca de isolamento de metal instalada pelas autoridades para impedir a circula��o desses moradores que cumprem a quarentena compuls�ria.
J� na capital, o surto ocorreu no bairro de Neukolln, que registra uma das maiores quantidades de imigrantes de todo o pa�s. (Com ag�ncias internacionais)
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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