O embaixador de Pequim em Londres acusou nesta segunda-feira o Reino Unido de "grave interfer�ncia nos assuntos internos da China" por sua resposta a uma pol�mica lei de seguran�a nacional aplicada em Hong Kong, ex-col�nia brit�nica devolvida em 1997.
O governo do primeiro-ministro Boris Johnson anunciou na semana passada que oferecer� a parte dos residentes de Hong Kong um acesso mais f�cil � cidadania brit�nica, uma decis�o que poderia preparar o caminho para que mais de tr�s milh�es de Hong Kong se instalem no Reino Unido.
Mas o embaixador chin�s em Londres, Liu Xiaoming, afirmou que Pequim expressou a "grave preocupa��o e forte oposi��o" � proposta, argumentando que o Executivo brit�nico n�o tem "nenhuma soberania, jurisdi��o ou direitos de supervis�o sobre Hong Kong".
"Estas medidas constituem uma grave interfer�ncia nos assuntos internos da China e pisam abertamente nas normas b�sicas que regem as rela��es internacionais", denunciou em uma entrevista coletiva.
A lei de seguran�a imposta na semana passada pretende reprimir atos de subvers�o, secess�o, terrorismo e conluio com for�as estrangeiras.
E provocou forte inquieta��o em Hong Kong, um territ�rio de 7,5 milh�es de habitantes, que v� assim criminalizados atos como os pedidos de independ�ncia.
Londres defende que devolu��o � China em 1997 aconteceu com base em um acordo destinado a preservar a autonomia e as liberdades do territ�rio durante 50 anos.
O porta-voz de Johnson reiterou nesta segunda-feira que nova lei � uma "clara e grave viola��o" da declara��o conjunta China-GB de 1984 que rege o retorno de Hong Kong ao dom�nio chin�s.
Mas o ministro das Rela��es Exteriores, Dominic Raab, admitiu na semana passada que o Reino Unido pode ser impotente se a China atuar para evitar um grande �xodo.
Liu disse que Pequim ainda est� considerando que decis�es tomar. "Temos que decidir nossas contramedidas de acordo com as a��es reais adotadas pelo lado brit�nico", afirmou.