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Estado de Minas BATALHA CONTRA A COVID-19

COVID-19: vacina dos EUA alcan�a resultados positivos e avan�a para �ltima fase de testes

Segundo a desenvolvedora do trabalho, 30 mil moradores do pa�s norte-americano devem ser testados em 27 de julho. Imunizante usa material gen�tico do novo coronav�rus


postado em 14/07/2020 21:00 / atualizado em 14/07/2020 21:18

Manipulação do material genético do novo coronavírus é esperança do laboratório estadunidense Moderna(foto: Divulgação/Pixabay)
Manipula��o do material gen�tico do novo coronav�rus � esperan�a do laborat�rio estadunidense Moderna (foto: Divulga��o/Pixabay)

 

O laborat�rio Moderna, com sede nos Estados Unidos, anunciou nesta ter�a-feira (14) que sua vacina contra a COVID-19 provocou “robustos anticorpos neutralizantes” depois de duas imuniza��es. As aspas fazem parte de publica��o cient�fica feita pelo Jornal de Medicina da Nova Inglaterra.

 

O resultado positivo permite que a empresa avance para a fase 3 do cronograma, marcada para o pr�ximo dia 27, quando 30 mil pessoas, todas moradoras dos EUA, devem servir de cobaias.

 

“� a fase de avalia��o de efic�cia pr�-mercado. Essa � a �ltima fase de desenvolvimento. Se o produto for aprovado nesta fase, ele segue para ser aprovado ou n�o pelas ag�ncias reguladoras, no caso do Brasil a Anvisa”, explica o diretor da Sociedade Mineira de Infectologia, Ant�nio Toledo J�nior.

 

A vacina da moderna usa o material gen�tico do novo coronav�rus, o chamado RNA, para induzir nosso organismo a produzir anticorpos para lutar contra o micro-organismo causador da COVID-19.

 

Segundo o infectologista Ant�nio Toledo J�nior, no entanto, � v�lido ressaltar que nenhuma dos imunizantes amplamente usados no mundo hoje foram desenvolvidos a partir desse m�todo.

 

Nas fases 1 e 2 de testes da vacina do laborat�rio Moderna, 45 adultos saud�veis entre 18 e 55 anos receberam o imunizante.

 

Em todos eles, os pesquisadores encontraram anticorpos capazes de neutralizar o novo coronav�rus. Eles receberam tr�s doses do produto: uma mais leve, outra intermedi�ria e uma �ltima mais pesada.

 

Para a �ltima fase, o laborat�rio optou por usar a dose intermedi�ria, que cont�m 100 microgramas do imunizante. Todos os pacientes que passaram pelas fases 1 e 2 apresentaram rea��es � vacina, como dor de cabe�a, mialgia, fadiga e dor no local de aplica��o.

 

Para Ant�nio Toledo J�nior, no entanto, essas rea��es s�o esperadas.

 

“Como a l�gica da vacina � estimular o sistema de defesa, ent�o toda vacina pode resultar em efeito colateral. Mas isso � comum, porque � secund�rio em rela��o � ativa��o do sistema de defesa do corpo humano”, pontua o diretor da Sociedade Mineira de Infectologia.

 

Ressalva 

  

Por outro lado, uma preocupa��o manifestada por Ant�nio Toledo J�nior diz respeito ao volume de pessoas a serem testadas pelo laborat�rio Moderna.

 

Isso porque os 30 mil habitantes analisados – a maioria deles de estados duramente atingidos pela doen�a, como Texas, Arizona e Carolina do Sul e do Norte – podem n�o ser a amostragem ideal.

 

“Esse n�mero � bem grande. � uma realidade da COVID-19: apesar de ser uma doen�a grave, ela atinge um percentual pequeno da popula��o. Quando voc� pega as vacinas chinesa e inglesa, eles (os pesquisadores) est�o testando s� em profissionais de sa�de. Como essas pessoas t�m maior chance de adoecer, eu preciso de uma amostragem menor para provar que meu produto funciona”, opina.

 

“N�o adianta que vacinar um n�mero grande de pessoas e elas terem um baixo risco de infec��o (pelo novo coronav�rus)”, completa.

 

Outras vacinas

 

Entre as dezenas vacinas contra a COVID-19 que est�o em desenvolvimento no mundo, duas delas se destacam, al�m dessa do laborat�rio estadunidense: uma da Universidade Oxford, no Reino Unido; e outra da empresa farmac�utica Sinovac, da China.

 

Ambas est�o na chamada fase 3 dos testes e usam brasileiros como cobaias para a tentativa de aprova��o dos seus produtos.

 

Por�m, elas t�m diferen�as em rela��o ao material do laborat�rio dos EUA, em rela��o ao m�todo de produ��o.

  

O trabalho de Oxford se volta � chamada vacina de vetores virais. A partir do adenov�rus de chimpanz�, obt�m-se um adenov�rus geneticamente modificado, que n�o pode ser replicado.

 

Esse micro-organismo carrega uma prote�na do novo coronav�rus, o que incita nosso corpo a produzir anticorpos.

 

� exatamente a mesma estrat�gia usada nos estudos para cria��o de uma vacina contra a dengue, explica o infectologista Ant�nio Toledo J�nior.

 

J� a pesquisa chinesa se concentra na chamada vacina de v�rus. Os pesquisadores usam amostras do novo coronav�rus inativadas, incapazes de causar a doen�a.

 

� a mesma estrat�gia adotada pelos imunizantes contra sarampo e poliomielite. O desafio? Provar a seguran�a dessa vacina.

 

A��es

 

Ap�s anunciar os testes positivos com sua vacina e avan�ar para a fase 3, o laborat�rio Moderna, sediado nos EUA, viu suas a��es dispararem na bolsa de valores.

 

No mercado de a��es Nasdaq, a farmac�utica registrou alta de 4,54%. No hor�rio comercial, o fechamento foi de 75,05 d�lares: um reflexo da busca da humanidade por uma prote��o contra a COVID-19.


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