(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Estudo brasileiro descarta benef�cios da hidroxicloroquina contra a COVID-19


23/07/2020 22:19 - atualizado 24/07/2020 17:31


Um estudo publicado nesta quinta-feira (23) sobre o uso da hidroxicloroquina no Brasil para tratar a COVID-19 concluiu que o medicamento � ineficaz contra a doen�a, contradizendo o presidente Jair Bolsonaro, que defende seu uso h� meses.


O teste cl�nico, realizado em 55 hospitais do pa�s e publicado no New England Journal of Medicine, consistiu em comprovar se a hidroxicloroquina melhorava a sa�de dos pacientes com casos leves e moderados da COVID-19 sozinha ou combinada com o antibi�tico azitromicina.


O governo brasileiro recomenda desde maio que m�dicos do sistema p�blico de sa�de prescrevam hidroxicloroquina ou cloroquina, um rem�dio similar usado contra a mal�ria, junto com a azitromicina para tratar doentes com COVID-19.


Assim como seu colega americano, Donald Trump, de que � admirador, Bolsonaro defende o uso da hidroxicloroquina contra a doen�a.


O presidente afirma tomar o medicamento ap�s ter se infectado com o novo coronav�rus este m�s.


V�rios testes controlados randomizados, considerados a forma mais confi�vel de pesquisa cient�fica, conclu�ram que o medicamento � ineficaz para tratar a COVID-19 e pode provocar efeitos colaterais nocivos para a sa�de.


O teste feito no Brasil chegou � mesma conclus�o. Com quase 212 milh�es de habitantes, o pa�s se tornou o maior laborat�rio de testes de medicamentos contra o novo coronav�rus, devido em parte � pol�tica do governo Bolsonaro.


"Entre os pacientes hospitalizados com COVID-19 entre leve e moderada, o uso de hidroxicloroquina, sozinha ou com azitromicina, n�o melhorou a situa��o cl�nica ap�s 15 dias, em compara��o com cuidados habituais", diz o estudo realizado por cientistas da chamada Coaliz�o COVID-19 Brasil.


Entre os membros deste grupo est�o dois institutos de pesquisa e seis hospitais, incluindo o Albert Einstein de S�o Paulo, considerado um dos melhores da Am�rica Latina.


O estudo, feito com 667 pacientes, permitiu comprovar que quem recebeu hidroxicloroquina desenvolveu marcadores cl�nicos que aumentaram o risco de padecer de problemas card�acos ou hep�ticos.


Os autores admitiram, no entanto, que o estudo tenha v�rias limita��es, como o fato de n�o ser "cego", ou seja, que pacientes e m�dicos sabiam quem fazia parte do grupo de controle e quem recebeu o tratamento.


"O teste n�o pode descartar definitivamente um benef�cio significativo do medicamento testado, nem um dano substancial", indicaram seus autores.

(foto: AFP)
(foto: AFP)


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)