Regi�o do mundo mais afetada pela pandemia de coronav�rus, a Am�rica Latina n�o conseguir� reativar sua economia se n�o conseguir frear os cont�gios - advertiram nesta quinta-feira (30) a Comiss�o Econ�mica para a Am�rica Latina e o Caribe (Cepal) e a Organiza��o Pan-Americana da Sa�de (OPAS).
Foi o que apontou um relat�rio conjunto dessas organiza��es regionais das Na��es Unidas, enfatizando que a redu��o das infec��es requer lideran�a pol�tica e coordena��o.
O Brasil, que ultrapassou nesta quarta-feira as 90.000 mortes e registrou at� agora 2,5 milh�es de casos, � o segundo pa�s do mundo mais afetado pela pandemia, atr�s dos Estados Unidos.
Enquanto isso, Costa Rica e Uruguai est�o menos afetados por terem servi�os de prote��o social mais difundidos, disse B�rcena.
Ao apresentar o relat�rio, a secret�ria executiva da Cepal, Alicia B�rcena, e a diretora da OPAS, Carissa Etienne, destacaram que sem sa�de n�o h� economia que funcione.
"Os pa�ses devem evitar pensar que devem escolher entre reabrir as economias e proteger a sa�de e o bem-estar de seus povos. Esta, de fato, � uma escolha falsa", disse Etienne.
"Vimos v�rias vezes que a atividade econ�mica completa n�o pode ser retomada, a menos que tenhamos o v�rus sob controle. E tentar faz�-lo de outro modo coloca vidas em risco e amplia a incerteza causada pela pandemia", enfatizou.
"Estamos enfrentando a pior crise em um s�culo", complementou B�rcena, alertando para o risco de que a crise da sa�de se transforme em uma crise alimentar. Tamb�m ressaltou a necessidade de estabelecer uma renda b�sica de emerg�ncia por seis meses para toda a popula��o em situa��o de pobreza em 2020.
A Cepal e a OPAS destacaram que a regi�o � particularmente vulner�vel por seus altos n�veis de trabalho informal, pobreza e desigualdade, al�m dos sistemas de sa�de e prote��o social fr�geis, da superlota��o urbana e dos problemas ambientais.
Por esse motivo, apontaram que para favorecer a reativa��o e reconstru��o, � necess�rio um aumento nos gastos fiscais. O gasto p�blico destinado � sa�de deve, segundo elas, alcan�ar pelo menos 6% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto atualmente est� em uma m�dia de 3,7%.
Dos mais de 17 milh�es de casos registrados no mundo todo desde o surgimento do v�rus na China em dezembro, a Am�rica Latina e o Caribe s�o a regi�o do planeta com o maior n�mero: 4,6 milh�es. Al�m disso, somam quase 192.000 mortos dos mais de 667.000 registrados no mundo, de acordo com um balan�o da AFP com base em dados oficiais.
A Cepal e a OPAS destacaram que "os pa�ses do Cribe conseguiram controlar a pandemia com mais rapidez, enquanto na Am�rica Latina os n�veis de cont�gio continuam sem diminuir".