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Estado de Minas COVID-19

Inglaterra teme segunda onda da COVID, mas relaxa nas ruas

Ainda que o governo ingl�s tenha freado flexibiliza��o com o coronav�rus, Londres e Manchester t�m enfrentando aglomera��es e pessoas sem m�scaras


02/08/2020 04:00

Em Londres, mesmo com imposição de multas e painéis de alerta, é comum encontrar as pessoas circulando com o rosto desprotegido(foto: Fotos: MATEUS PARREIRAS/EM/D.A PRESS)
Em Londres, mesmo com imposi��o de multas e pain�is de alerta, � comum encontrar as pessoas circulando com o rosto desprotegido (foto: Fotos: MATEUS PARREIRAS/EM/D.A PRESS)


Londres – O Brasil ainda luta para controlar a propaga��o do novo coronav�rus (Sars-Cov-2) com Minas Gerais vivendo um dos mais graves momentos com a chegada ao pico de cont�gio. Mas quando passarem esses momentos e a estabiliza��o de casos em grande volume, o chamado plat�, o que poder� ocorrer? Que medidas e comportamentos precisar�o ser adotados?

Uma vis�o poss�vel desse futuro pode estar nos pa�ses que j� passaram por isso, como a Inglaterra. Enquanto estrangeiros t�m de enfrentar quarentena r�gida de 14 dias, pelas ruas e espa�os mais c�lebres de Londres e de Manchester, as duas maiores cidades inglesas, o que se v� � a a��o voltada contra a segunda onda. O desafio � bloquear uma poss�vel reintrodu��o do v�rus que provoca a COVID-19. Ainda que v�rios procedimentos tenham sido adotados, nas ruas as m�scaras s�o cada vez mais raras e as aglomera��es, aos poucos, se tornam mais frequentes.

O assunto ganhou refor�o ap�s alertas de cientistas. O primeiro-ministro Boris Johnson anunciou refor�o de peso para o sistema de aten��o e sa�de para domar os poss�veis impactos de uma nova expans�o da doen�a. Foram destinados mais 3 bilh�es de libras (cerca de R$ 21 bilh�es). A testagem tamb�m foi refor�ada, atingindo a casa de meio milh�o de exames di�rios – superando a capacidade m�dia de 330 mil, que representava 126 mil exames por milh�o de habitantes. No Brasil, n�o chega a 13 mil testes para cada 1 milh�o.

O primeiro-ministro enfrentou duras cr�ticas do setor tur�stico pelas medidas de quarentena a estrangeiros, inclusive norte-americanos. Ele, por�m, quer endurecer as medidas, estendendo-as tamb�m �s pessoas que chegam da Espanha.

Desde 4 de julho, o Reino Unido tomou um passo que o Brasil ainda est� longe de tomar. Foram permitidos, com restri��es de afastamento e de concentra��o de pessoas, a abertura dos tradicionais bares, os pubs, dos sal�es de beleza, dos hot�is, das igrejas e das festas de casamento. Contudo, com a detec��o de aumento de casos e o temor de segunda onda de contamina��es, ainda est�o mantidos fechados os clubes e piscinas p�blicas, gin�sios e academias, boates, e vetados os shows.

Aglomera��es que desafiam a doen�a

Ainda assim, mesmo com os alertas luminosos para a utiliza��o das m�scaras contra a COVID-19 posicionados nas principais avenidas de Londres, a popula��o raramente utiliza esse tipo de prote��o nas ruas. Nos transportes coletivos como �nibus e metr�, pessoas flagradas por policiais sem o equipamento t�m sido multadas em 120 libras (R$ 820). Muitos at� saem com as m�scaras presas ao pesco�o, ao queixo e at� aos bra�os, onde n�o s�o de nenhuma utilidade. Na vasta maioria das lojas, os atendentes e clientes precisam utilizar o equipamento de prote��o, e alguns, por iniciativa pr�pria, fornecem �lcool em gel para a higieniza��o.

Na maior parte dos locais de Londres a vida voltou ao normal, mesmo com a sombra de uma segunda onda como amea�a. Abrindo em hor�rios mais restritos, os pubs promoveram distanciamento e intercalaram mesas e cadeiras. Por�m, passaram a permitir que as pessoas consumam a tradicional cerveja do happy-hour em pra�as, cal�adas e largos pr�ximos, onde as conversas animadas, cumprimentos calorosos e risos continuam como se fosse num dos bares da Savassi, regi�o bo�mia de Belo Horizonte que n�o v� uma atividade assim desde mar�o.

Nas pra�as londrinas em frente a monumentos e nos jardins p�blicos e parques, como os maiores da capital inglesa, o Hydepark e o Saint James Park, os dias ensolarados de ver�o t�m forros coloridos, cestas de piquenique, skate para as crian�as, refrigerantes e ch�, mas nada de m�scaras e de distanciamento. A impress�o que se tem � de que a COVID-19 foi algo que j� passou, um pesadelo que n�o assombra mais a maioria dos ingleses, como ainda atormenta a realidade dos brasileiros. O pico da pandemia na Inglaterra, Esc�cia, Pa�s de Gales e Irlanda do Norte, os quatro que comp�em o Reino Unido, se deu em abril, com o plat� de 5 mil novos casos di�rios se mantendo at� meados de maio. O n�mero de mortes chegou � casa das mil v�timas por dia, mas j� tinha despencado antes de maio.
 
Programa adotado em Manchester reservou ruas para restaurantes e pubs: capital mineira estuda adesão
Programa adotado em Manchester reservou ruas para restaurantes e pubs: capital mineira estuda ades�o
 

Modelo para BH usa �rea s� com bares

Em Manchester, a prefeitura j� pratica o que tem sido pensado para BH: muitas ruas foram fechadas ao tr�fego para comportar mesas de bares e restaurantes, permitindo assim um atendimento ao ar livre, com mais espa�amento do que na �rea interna, e assim menos propenso a contamina��es.

As medidas mais en�rgicas se concentraram nos que chegam ao Reino Unido, mesmo cidad�os, que caso tenham passado por algum pa�s sem controle da epidemia – h� lista com 73 pa�ses considerados controlados, da qual o Brasil e a Am�rica Latina n�o fazem parte – precisam se recolher a um isolamento de 14 dias antes de poder voltar �s ruas. Quem desobedecer a essa regra pode ser obrigado a pagar multa de mil libras (em torno de R$ 7 mil). A medida irritou bastante setores como o de restaurantes e hot�is, que viram o turismo murchar no fim do ver�o.

Comparando essa realidade com a do Brasil, que re�ne atualmente cerca de 50 mil casos di�rios e m�dia superior a mil mortes a cada 24 horas, os n�meros proporcionais s�o muito discrepantes, com os europeus realizando mais testes e ainda assim tendo mais de duas vezes menos casos – ainda que, proporcionalmente, o Brasil, com 207 milh�es de habitantes, registre duas vezes menos mortes, se comparado aos 66,65 milh�es do Reino Unido. L�, se contabilizou 459 casos para cada 100 mil habitantes e 69,8 mortos por 100 mil, enquanto o Brasil chegou a 986 casos e a 34,25 mortes por 100 mil habitantes em julho.

R�ssia vacinar� em outubro 

A R�ssia pretende iniciar em outubro uma vacina��o ampla contra a COVID-19. O plano foi anunciado ontem. Inicialmente, ser�o imunizados profissionais de sa�de e professores. No in�cio desta semana, autoridades russas indicaram que uma vacina russa, em desenvolvimento pelo Instituto Gamaleya, de Moscou, deveria ser registrada at� meados de agosto. Segundo dados compilados pela Universidade Johns Hopkins (EUA), a R�ssia registrou at� agora 843 mil casos de infec��o pelo novo coronav�rus e 14 mil mortos, sendo o pa�s com o quarto maior n�mero de infectados e 11º na lista das na��es com o maior n�mero de mortos.



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