
Pelo menos 113 pessoas morreram na explos�o devastadora no porto de Beirute e dezenas ainda est�o desaparecidas, segundo um novo balan�o divulgado nesta quarta-feira (5) pelo ministro da Sa�de do L�bano, Hamad Hassan.
Cerca de 4.000 pessoas ficaram feridas na explos�o de ter�a-feira. "Sem d�vida ainda h� (v�timas) sob os escombros e recebemos dezenas de liga��es por desaparecidos", disse � imprensa, ap�s uma reuni�o do governo.
Ajuda internacional
Muitos pa�ses come�aram a enviar, nesta quarta-feira (5), ajuda ao L�bano, onde duas explos�es gigantescas atingiram Beirute na ter�a, causando mais de 100 mortes e 4.000 feridos.
O primeiro-ministro liban�s, Hassan Diab, emitiu um "apelo urgente a todos os amigos e pa�ses irm�os".
A Fran�a, antiga pot�ncia mandat�ria, enviar� nesta quarta ajuda em dois avi�es militares, segundo o pal�cio do Eliseu. O presidente Emmanuel Macron anunciou no Twitter o envio de um destacamento de defesa civil e "v�rias toneladas de equipamento m�dico".

Pa�ses do Golfo, alguns dos quais mant�m rela��es diplom�ticas e econ�micas estreitas com o L�bano, ofereceram ajuda rapidamente.
O Kuwait anunciou a chegada de um avi�o com "assist�ncia m�dica".
O emir do Catar, o xeque Tamim bin Hamad Al Thani, telefonou ao presidente liban�s Michel Aoun para oferecer suas condol�ncias, segundo a ag�ncia oficial de not�cias QNA, acrescentando que enviar�o hospitais de campanha para o L�bano.
Pir�mides e torres iluminadas
O pr�ncipe herdeiro de Abu Dhabi, Mohamed Bin Zayed, tuitou a "solidariedade" dos Emirados �rabes Unidos e a famosa torre Burj Khalifa em Dubai, a mais alta do mundo, foi iluminada com as cores da bandeira libanesa.
A Ar�bia Saudita afirmou que estava acompanhando a situa��o com "grande preocupa��o" e ofereceu suas condol�ncias �s v�timas.
O Ir�, grande rival de Riade e muito influente no L�bano, ofereceu "assist�ncia m�dica", afirmou seu presidente Hassan Rohani em comunicado.
Israel prop�s "ajuda humanit�ria e m�dica" ao L�bano, um vizinho com o qual tecnicamente est� em estado de guerra.
Por sua parte, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, prometeu "ajuda humanit�ria em todas as �reas, especialmente no campo da sa�de".
O rei da Jord�nia, Abdullah II, ordenou nesta quarta-feira a prepara��o de um hospital militar de campo para enviar ao L�bano.
O presidente eg�pcio, Abdel Fatah al-Sissi, dirigiu suas "condol�ncias" aos libaneses e as famosas pir�mides de Giz� se iluminaram com as cores do pa�s.
A ONU expressou suas "condol�ncias" e prop�s "apoio ativo", al�m de desejar uma "r�pida recupera��o aos feridos", incluindo o pessoal das Na��es Unidas.
Um chefe da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), Michael Ryan, disse que a ag�ncia da ONU "come�ou a enviar kits de traumatologia e cirurgia de seu armaz�m regional em Dubai".
"Tamb�m temos equipes m�dicas de emerg�ncia prontas para serem mobilizadas", acrescentou.
Na noite de ter�a-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, transmitiu as "condol�ncias" de seu pa�s ao L�bano e repetiu que os Estados Unidos estavam "prontos" para enviar ajuda.
O papa Francisco pediu nesta quarta-feira "ora��es pelas v�timas, por suas fam�lias e pelo L�bano" e o envio de "ajuda da comunidade internacional".
"Dor"
Na Europa, a chanceler alem� Angela Merkel prometeu oferecer "apoio ao L�bano". Membros da equipe da embaixada alem� ficaram feridos nas explos�es.
A Holanda anunciou que 67 trabalhadores humanit�rios holandeses partiriam para Beirute na noite de quarta-feira, incluindo m�dicos, policiais e bombeiros.
O Reino Unido declarou que estava pronto para "apoiar de todas as maneiras poss�veis, incluindo os cidad�os brit�nicos afetados", tuitou o primeiro-ministro Boris Johnson.
O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, disse no Facebook que seu pa�s "far� todo o poss�vel para ajudar".
O Canad�, por sua vez, disse o mesmo. "Estamos prontos para ajud�-los", tuitou o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau.
"A R�ssia compartilha a dor do povo liban�s", reagiu o presidente russo Vladimir Putin em um telegrama de condol�ncias ao seu colega liban�s, Michel Aoun.
Aoun tamb�m recebeu um telefonema do presidente iraquiano Barham Saleh, que transmitiu sua solidariedade ao L�bano e ofereceu-se para ajud�-lo, e uma carta de condol�ncias de seu colega s�rio, Bashar al-Assad.
A mesma express�o de solidariedade da Tun�sia, onde o presidente Kais Saied enviou uma carta ao seu hom�logo liban�s expressando seu "apoio" a um "povo irm�o".
O chefe da Liga �rabe, Ahmed Abul Gheit, expressou suas "sinceras condol�ncias" e pediu esclarecimentos sobre os "respons�veis" por essas "terr�veis explos�es".
As explos�es de ter�a-feira ocorreram no momento em que o L�bano atravessa sua pior crise econ�mica em d�cadas, marcada por deprecia��o sem precedentes da moeda, hiperinfla��o, demiss�es em massa e restri��es dr�sticas nos bancos, que alimentam protestos h� meses.