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Estado de Minas

Dois ministros renunciam no L�bano, novos confrontos em Beirute


09/08/2020 17:55

Dois ministros renunciaram neste domingo (9) no L�bano, onde foram registrados confrontos pelo segundo dia consecutivo entre as for�as de seguran�a e manifestantes enfurecidos contra a classe pol�tica, acusada de neglig�ncia na explos�o que devastou o porto de Beirute.

A primeira ren�ncia desde a explos�o de ter�a-feira que deixou pelo menos 158 mortos, mais de 6.000 feridos e 300.000 pessoas desabrigadas fio da ministra da Informa��o, Manal Abdel Samad.

"Ap�s a enorme cat�strofe de Beirute, apresento minha demiss�o do governo", declarou a ministra. "Pe�o desculpas aos libaneses, n�o soubemos responder �s expectativas", explicou.

Horas mais tarde, quem tamb�m entregou o cargo foi o ministro liban�s do Meio Ambiente e Desenvolvimento Administrativo, Damianos Kattar.

"Diante desta enorme cat�strofe e um regime est�ril que falhou em diversas oportunidades, decidi renunciar do governo", anunciou Kattar em comunicado.

A imprensa libanesa tamb�m especulava com outras poss�veis demiss�es no Executivo.

O primeiro-ministro Hasan Diab se reuniu com v�rios ministros para avaliar a situa��o e contemplar sua poss�vel ren�ncia, segundo a imprensa local.

Neste domingo, na emblem�tica Pra�a dos M�rtires, centenas de manifestantes foram �s ruas exibindo bandeira do L�bano e cantando m�sicas patri�ticas.

Mais tarde, em uma avenida que leva ao Parlamento, manifestantes lan�aram pedras e fogos de artif�cios contra a pol�cia, que revidou com bombas de g�s lacrimog�neo para dispersar a multid�o, segundo um correspondente da AFP no local.

Os manifestantes responderam � trucul�ncia policial gritante "Revolu��o, revolu��o!". Alguns escalaram as imponentes barricadas instaladas pelas for�as de ordem para proteger a rua do Parlamento.

No s�bado, os manifestantes invadiram brevemente os minist�rios das Rela��es Exteriores, da Economia e da Energia, bem como a Associa��o de Bancos, sinalizando um endurecimento da contesta��o.

- Ajuda internacional -

A ajuda internacional continua chegando ao L�bano. A Fran�a montou uma "ponte a�rea e mar�tima" para entregar mais de 18 toneladas de ajuda m�dica e quase 700 toneladas de ajuda alimentar.

"Devemos atuar r�pido e com efici�ncia" para que a ajuda "chegue diretamente" ao povo liban�s, garantiu neste domingo o presidente da Fran�a, Emmanuel Macron, no in�cio da videoconfer�ncia internacional de doadores para o pa�s �rabe.

"Durante esses dias, meus pensamentos voltam com frequ�ncia ao L�bano", revelou o Papa Francisco, ap�s a tradicional Ora��o do Angelus.

"A cat�strofe de ter�a-feira nos urge a todos, come�ando pelos pr�prios libaneses, a trabalhar juntos pelo bem comum", completou.

A ajuda emergencial coletada neste domingo na videoconfer�ncia organizada por Fran�a e ONU alcan�ou pouco mais de 250 milh�es de euros, 30 milh�es oriundos de Paris, anunciou o Eliseu.

- Pouca esperan�a de sobreviventes -

A trag�dia foi causada na ter�a-feira por 2.750 toneladas de nitrato de am�nio armazenadas por seis anos no porto de Beirute "sem medidas de precau��o", segundo admitiu o pr�prio primeiro-ministro Hassan Diab.

A deflagra��o provocou uma cratera de 43 metros de profundidade, de acordo com uma fonte de seguran�a.

A esperan�a de encontrar sobreviventes no porto de Beirute praticamente desapareceu neste domingo.

Ap�s v�rios dias de "opera��es de busca e resgate, podemos dizer que finalizamos a primeira etapa, na qual existe a possibilidade de encontrar pessoas vivas", informou em coletiva de imprensa o coronel Roger Juri, chefe do regimento de engenheiros militares.

- "Preparem as forcas" -

Esta trag�dia, que ilustra a incapacidade do poder, deu f�lego novo � contesta��o sem precedentes lan�ada no final de 2019.

"Preparem as forcas, porque nossa raiva n�o ser� extinta da noite para o dia", diziam postagens online.

Desemprego, servi�os p�blicos decadentes, condi��es de vida dif�ceis: uma revolta estourou em 17 de outubro de 2019 para exigir a sa�da de toda a classe pol�tica, quase inalterada por d�cadas. Mas a crise econ�mica se agravou e um novo governo institu�do foi contestado. E o movimento perdeu for�a, especialmente com o novo coronav�rus.

No s�bado, milhares de libaneses se reuniram na Pra�a dos M�rtires, brandindo vassouras e p�s, em um momento em que a pr�pria popula��o realiza as opera��es de limpeza, sem que o governo tenha tomado medidas.

No s�bado, o primeiro-ministro Diab anunciou que propor� elei��es legislativas antecipadas e disse que permaneceria no poder "por dois meses", enquanto as for�as pol�ticas se entendem em um pa�s onde o poderoso movimento armado pr�-iraniano Hezbollah domina a vida pol�tica.


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