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Estado de Minas

Pandemia causou 'crise de sa�de mental' in�dita e 'aumento da viol�ncia dom�stica', diz Opas


18/08/2020 17:19

Depress�o, ansiedade, estresse: a pandemia de COVID-19 causou uma "crise de sa�de mental" sem precedentes em todo o continente americano, e gerou um "aumento da viol�ncia dom�stica", alertou a Organiza��o Pan-Americana da Sa�de (Opas), nesta ter�a-feira (18).

Desde meados de mar�o, quando o novo coronav�rus surgiu na regi�o, muitos t�m medo de se contagiar, sentem a dor da perda de entes queridos, incertezas sobre o futuro, aborrecimento pelas not�cias e a desinforma��o, solid�o pelo isolamento e o distanciamento social.

Por�m, em um continente onde as doen�as mentais j� eram uma "epidemia silenciosa", algumas pessoas se viram especialmente afetadas.

"A pandemia de COVID-19 provocou uma crise de sa�de mental em nossa regi�o em uma escala que nunca vimos antes", disse a diretora da Opas, Carissa Etienne.

De acordo com as pesquisas, em Estados Unidos, Brasil e M�xico, os tr�s pa�ses americanos mais afetados pelo coronav�rus, aproximadamente metade dos adultos est�o estressados devido � pandemia.

Isso aumentou o consumo de drogas e �lcool, o que "pode agravar os problemas de sa�de mental", alertou Etienne.

As medidas para conter a pandemia, somadas aos impactos sociais e econ�micos do v�rus, "est�o aumentando os riscos de viol�ncia dom�stica: a casa n�o � um local seguro para muitos", acrescentou, ao destacar a multiplica��o dos pedidos de ajuda por abusos na Argentina, Col�mbia e M�xico.

Por outro lado, devido � interrup��o de certos servi�os de apoio e ao isolamento das v�timas, "� prov�vel que o alcance real da viol�ncia dom�stica durante a COVID-19 seja subestimado", disse.

- "Tempestade perfeita" -

Para a chefe da Opas, as crescentes necessidades de aten��o da sa�de mental e os recursos reduzidos para abord�-las criam uma "tempestade perfeita" em muitos pa�ses.

"� urgente que o apoio � sa�de mental seja considerado um componente fundamental da resposta � pandemia", pediu.

Os funcion�rios da sa�de, esgotados ap�s meses de intensa press�o, encontram-se em risco especial. Mas tamb�m as crian�as e os adolescentes sofrem um "enorme impacto" com o isolamento e a mudan�a de rotinas, afirmou a diretora da Opas.

Por isso, pediu para que os adultos encontrem um tempo para conversar com os mais jovens da fam�lia, escut�-los expressar seus sentimentos, e incentiv�-los a manter contato com o restante da fam�lia e os amigos.

"� normal e est� tudo bem em sentir-se triste, estressado, confuso e assustado durante uma crise como a da COVID-19. Todos sentimos essas coisas", mas devemos "garantir que os conflitos em casa sejam m�nimos", recomendou Etienne.

- 64% das mortes mundiais -

Com quase 11,5 milh�es de casos e mais de 400.000 mortos, o continente americano continua sendo o mais afetado pela COVID-19 no mundo, com 55% dos novos casos registrados na semana passada, segundo dados da Opas.

"As Am�ricas t�m aproximadamente 13% da popula��o mundial, mas somam at� agora 64% das mortes mundiais registradas oficialmente", disse Etienne.

Estados Unidos e Brasil s�o os pa�ses mais afetados, mas tem-se observado uma tend�ncia crescente em regi�es est�veis h� v�rias semanas, como o Caribe.

Entre os pa�ses que registraram novos casos, ela destacou a Rep�blica Dominicana, Jamaica, Bahamas e Trinidad e Tobago, al�m do Peru.

Em rela��o � perspectiva de evolu��o da pandemia na regi�o nos pr�ximos meses, as autoridades da Opas insistiram na necessidade de "n�o baixar a guarda" sobre as medidas sugeridas para evitar a propaga��o do v�rus: uso de m�scara, distanciamento f�sico e lavagem frequente das m�os.

"Devemos seguir trabalhando duro para conseguir reduzir a transmiss�o", ressaltou o subdiretor da Opas, Jarbas Barbosa.


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