O furac�o Laura deixou pelo menos quatro mortos em sua passagem pela Luisiana, mas a mais forte tempestade registrada nesse territ�rio do sul dos Estados Unidos n�o causou danos "catastr�ficos", como temiam as autoridades.
O governador da Luisiana, Johan Bel Edwards, disse que o estado tem "muito a agradecer".
"Est� claro que n�o sofremos e n�o sofreremos os danos catastr�ficos que imaginamos baseados na previs�o que fizemos na noite passada", ressaltou Edwards em entrevista coletiva.
"Mas sofremos uma enorme quantidade de danos", e milhares de moradores do estado tiveram "suas vidas viradas de cabe�a para baixo", acrescentou.
O furac�o Laura atingiu a costa da Luisiana na manh� desta quinta-feira (27) como uma tempestade de categoria 4, a segunda maior na escala. Por�m, ao longo do dia diminuiu sua intensidade at� se tornar uma tempestade tropical.
O furac�o Katrina, que matou 1.800 pessoas em 2005, era uma tempestade de categoria 3 quando atingiu o continente. Apenas uma tempestade atingiu a costa da Luisiana com ventos t�o fortes quanto Laura: o furac�o Last Island em 1856, que deixou centenas de mortos.
As autoridades registraram quatro mortes, todas relacionadas � queda de �rvores.
"Estou preocupado porque, � medida que continuarmos saindo e guiando buscas e resgates prim�rios e secund�rios, encontraremos mais mortos", alertou o governador Edwards.
Em todo o estado foram relatados cerca de 600.000 cortes na energia el�trica e danos nos servi�os h�dricos, acrescentou.
- "Achamos que est�vamos seguros" -
O governador observou que a mar� de tempestade "n�o se materializou como previsto", embora em algumas �reas possa ter atingido uma altura de at� 15 p�s (4,57 metros).
O Centro Nacional de Furac�es (NHC) tinha emitido um alerta sobre uma tempestade de at� 6 metros, al�m de ordens de evacua��o para centenas de milhares de moradores da Luisiana e do Texas.
A maioria das janelas do edif�cio Capitol One Bank Tower, na cidade de Lake Charles, foi destru�da por violentas rajadas de vento, que tamb�m arrancaram �rvores, postes de energia e sinais de tr�nsito.
"Achamos que est�vamos seguros. T�nhamos geradores e janelas fechadas com t�buas", disse Ashley Thompson � ABC News. "Ficamos com nossa fam�lia em nossa casa debaixo da mesa da cozinha", disse ela. Ap�s cerca de cinco minutos, "perdemos o telhado".
Thompson disse que depois que isso ocorreu a fam�lia buscou abrigo em uma casa em constru��o perto de sua resid�ncia.
O presidente Donald Trump, que esta noite discursar� aceitando a nomea��o presidencial republicana, afirmou que considerou adi�-lo.
"Estava preparado para adiar o discurso desta noite e faz�-lo na segunda-feira", ressaltou Trump, acrescentando que far� uma visita � Costa do Golfo "muito em breve".
"Acontece que tivemos um pouco de sorte", acrescentou o presidente. "Foi muito grande. Foi muito poderoso, mas passou r�pido".
Imagens de sat�lite revelaram o tamanho imenso do furac�o quando atingiu a costa por volta da 1h00 local (03h00 de Bras�lia), perto da cidade de Cameron, perto da fronteira com o Texas, com ventos sustentados de 240 km/h.
Mas o furac�o baixou de intensidade e nesta quinta � tarde, Laura era uma tempestade tropical em dire��o ao Arkansas.
O Texas tamb�m esteve na rota do furac�o, mas o estado acabou livrando-se da pior parte da tempestade, e o dano mais significativo aconteceu na vizinha, a Luisiana.
Antes de chegar aos Estados Unidos, Laura passou na segunda-feira como tempestade tropical por Cuba, onde causou fortes chuvas e alguns danos. No fim de semana, a tempestade provocou 25 mortes no Haiti e Rep�blica Dominicana.
A temporada de tempestades no Atl�ntico, que vai at� novembro, poderia ser uma das mais severas.
O NHC prev� at� 25 fen�menos e Laura � o 12� at� o momento. Marco, que ganhou a for�a de um furac�o, se dissipou na costa da Louisiana na ter�a-feira antes de atingir o continente.