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Estado de Minas

C�mplices do atentado contra o Charlie Hebdo enfrentam a justi�a na Fran�a


31/08/2020 06:25

H� cinco anos, tr�s extremistas isl�micos franceses mataram 12 jornalistas do seman�rio sat�rico franc�s Charlie Hebdo, uma policial e quatro clientes de um supermercado kosher. O julgamento destes ataques, que marcaram o in�cio de uma s�rie de atentados islamitas na Fran�a, come�a em 2 de setembro em Paris.

Catorze pessoas se sentar�o no banco dos r�us por suspeita de terem fornecido apoio log�stico aos irm�os Said e Ch�rif Kouachi e a Amedy Coulibaly, autores dos ataques que deixaram 17 mortos entre 7 e 9 de janeiro de 2015, e que abalaram a Fran�a e o mundo.

Em 7 de janeiro de 2015, os irm�os Said e Ch�rif Kouachi assassinaram 12 pessoas, entre elas alguns dos caricaturistas mais c�lebres da Fran�a, na reda��o do Charlie Hebdo, um seman�rio sat�rico que publicou pol�micas caricaturas do profeta Maom�.

Um dia depois, Am�dy Coulibaly, um homem pr�ximo a Ch�rif Kouachi, a quem havia conhecido na pris�o, matou a policial Clarissa Jean-Philippe, de 27 anos, durante um controle de tr�fego de rotina em Montrouge, arredores de Paris.

E em 9 de janeiro, assassinou quatro homens, todos judeus, feitos ref�ns no supermercado Hyper Cacher no leste de Paris. Coulibaly gravou um v�deo dizendo que os ataques foram coordenados e cometidos em nome do grupo jihadista Estado Isl�mico.

Am�dy Coulibaly foi morto pela pol�cia no supermercado. Os irm�os Kouachi morreram em uma gr�fica onde tinham se refugiado em Dammartin-en-Goele, perto da capital francesa.

Os tr�s autores destes ataques que marcaram profundamente os franceses est�o mortos, mas a justi�a francesa tenta fazer pagar as pessoas que lhes teriam prestado apoio log�stico em diferentes graus.

O julgamento estava previsto para antes do ver�o no hemisf�rio norte, mas foi adiado devido � pandemia do novo coronav�rus. O tribunal se reunir� at� 10 de novembro e pela primeira vez um julgamento por terrorismo ter� as audi�ncias filmadas, em vista do interesse p�blico.

- C�mplices -

Dos 14 suspeitos, tr�s ser�o julgados � revelia: a companheira de Coulibaly, Hayat Boumedienne, e os irm�os Mohamed e Mehdi Belhoucine, que teriam viajado para a regi�o norte da S�ria e do Iraque alguns dias antes dos ataques.

Segundo v�rias fontes, os tr�s estariam mortos, mas isto nunca foi confirmado e ainda s�o alvos de ordens de pris�o.

Mohamed Belhoucine, o mais velho dos dois irm�os, e Ali Riza Polat, um franc�s de origem turca, enfrentam a acusa��o mais grave, de "cumplicidade" com crimes terroristas, uma acusa��o que pode lhes render a pris�o perp�tua.

Os investigadores acreditam que Polat, considerado pr�ximo a Coulibaly, tenha desempenhado um papel central nos preparativos dos atentados, pois teria facilitado o arsenal usado nos ataques.

Pouco depois dos atentados, tentou reiteradamente sair da Fran�a rumo � S�ria, mas foi detido em mar�o de 2015.

Mohamed Belhoucine � acusado de ser o mentor de Coulibaly ap�s t�-lo conhecido na pris�o, de ter-lhe aberto os canais de comunica��o com o Estado Isl�mico e de ter redigido o juramento de lealdade que Coulibaly fez ao grupo.

A maioria dos outros suspeitos ser� julgada por associa��o com um grupo terrorista, um crime punido com at� 20 anos de pris�o.

- 'Saber quem fez o que' -

Alguns dos sobreviventes dos ataques dar�o seus testemunhos durante o julgamento. "Este julgamento � um momento importante para eles", disseram � AFP Marie-Laure Barre e Nathalie Senyk, advogadas das v�timas do Charlie Hebdo.

"Est�o esperando que se fa�a justi�a para saber quem fez o que, sabendo que os que apertaram o gatilho n�o est�o mais aqui", acrescentaram.

Entre os falecidos no Charlie Hebdo est�o alguns dos mais c�lebres caricaturistas franceses, como seu diretor, St�phane Charbonnier, conhecido como "Charb", de 47 anos, Jean Cabut, conhecido como "Cabu", de 76 anos, e Georges Wolinski, de 80 anos.

O desejo da publica��o de fazer jornalismo com base em cr�ticas ir�nicas e sem tabus a tornou em um exemplo da liberdade de express�o para muitos na Fran�a, enquanto outros acreditavam que passava dos limites com muita frequ�ncia.

Mas o massacre uniu o pa�s no luto e o lema #JeSuisCharlie viralizou.

"Este julgamento importa, ainda que Am�dy Coulibaly esteja morto", disse Patrick Klugman, advogado das v�timas do supermercado Hyper Cacher. "Sem os acusados que estar�o no banco, Coulibaly n�o teria podido agir".

Para Safya Akorri, uma das advogadas de defesa, na aus�ncia dos "principais respons�veis", que n�o poder�o "prestar contas", a justi�a ser�, ao contr�rio, "posta � prova durante estes dois meses e a expectativa de rigor que se tem direito a depositar nela � imensa".


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