O Facebook amea�ou, nesta ter�a-feira (1), impedir que usu�rios e m�dia australianos compartilhem not�cias, caso seja adotado um projeto de lei para for�ar os gigantes digitais a pagarem pelo conte�do fornecido pela imprensa.
Os australianos n�o teriam mais o direito de compartilhar informa��es nacionais, ou internacionais, no Facebook, ou no Instagram, afirma a empresa norte-americana, dizendo que essa decis�o � "a �nica forma de se proteger contra uma consequ�ncia que desafia a l�gica".
Em julho, Camberra revelou o rascunho de um "c�digo de conduta vinculante", que for�aria gigantes da Internet, como Google e Facebook, a pagarem por seu conte�do � m�dia australiana, em dificuldades financeiras.
O c�digo tamb�m prev� a transpar�ncia dos algoritmos usados para elaborar a ordem de apari��o dos conte�dos, assim como penalidades de milh�es de d�lares em caso de viola��o.
Este projeto de lei "interpreta mal a din�mica da Internet e causar� danos aos �rg�os de imprensa que o governo tenta proteger", disse o CEO do Facebook na regi�o, Will Easton.
"O mais desconcertante � que obrigaria o Facebook a pagar a grupos de imprensa pelo conte�do que postam voluntariamente em nossas plataformas e a um pre�o que ignora o valor financeiro que trazemos para eles", lamenta em um comunicado.
Acusou tamb�m a Pol�cia da Concorr�ncia Australiana (ACCC), autora do c�digo, de "ignorar fatos importantes" durante o processo de consulta que terminou na segunda-feira (31).
"O ACCC parte do pressuposto de que o Facebook � o benefici�rio m�ximo de seu relacionamento com os grupos de imprensa, quando na realidade � o contr�rio", estimou.
"As informa��es constituem uma fra��o do que eles veem em seu 'feed' de not�cias, e n�o � uma grande fonte de receita para n�s", de acordo com Easton.
Easton disse que o Facebook gerou 2,3 bilh�es de cliques em sites australianos nos primeiros cinco meses de 2020, ou 200 milh�es de d�lares australianos (US$ 126,5 milh�es).
Disse ainda que a empresa se preparou para o lan�amento na Austr�lia do "Facebook News", uma se��o de not�cias lan�ada nos Estados Unidos no ano passado.
"Em vez disso, nos resta a op��o de retirar totalmente as not�cias, ou aceitar um sistema que permita que grupos de imprensa nos cobrem por quanto conte�do quiserem a um pre�o sem limites precisos", acrescentou.