Suspeito de matar apoiador de Trump em Portland � morto em a��o policial

Um integrante de movimento antifascista foi morto em uma a��o para prend�-lo em Olympia, no Estado de Washington, nesta quinta-feira, 3. Michael Forest Reinoehl, de 48 anos, era o principal suspeito pela morte de um ativista de extrema-direita na semana passada em Portland, no Oregon, cidade que tem registrado protestos antirracistas.

"A for�a-tarefa localizou Reinoehl em Olympia e tentou prend�-lo pacificamente", informou Jurgen R. Soekhoe, porta-voz da US Marshals, em um comunicado. "Os relat�rios iniciais indicam que o suspeito tinha uma arma de fogo, amea�ando a vida de policiais. Os membros da for�a-tarefa responderam � amea�a e agrediram o suspeito que foi declarado morto no local."

Os agentes de seguran�a estavam tentando levar Reinoehl sob cust�dia pela conex�o com a morte de Aaron J. Danielson, de 39 anos, no s�bado 29, ap�s confrontos entre apoiadores do presidente Donald Trump e apoiadores do movimento Black Lives Matter.

Ap�s a morte de Reinoehl, manifestantes em Portland se reuniram em frente a uma delegacia de pol�cia em um bairro residencial entoando slogans de justi�a racial como fazem na maioria das noites desde maio. Nas redes sociais, manifestantes escreveram que havia sangue nas m�os da pol�cia e que Michael foi assassinado.

Protestos

O uso de armas nos protestos tem feito manifestantes nos EUA temerem uma fase ainda mais agressiva dos atos, j� que h� confrontos ocorrem entre grupos com vis�es totalmente diferentes sobre como manter as cidades americanas seguras. Conflitos violentos entre os dois lados estouraram nas �ltimas duas semanas, deixando ao menos tr�s pessoas mortas.

As disputas ocorrem tr�s meses depois que George Floyd foi morto pela pol�cia de Minneapolis, motivando protestos por todo o pa�s, e dias depois do caso de Jacob Blake, um homem negro baleado pela pol�cia sete vezes em uma a��o policial em Kenosha, no Winsconsin. Enquanto isso, o pa�s se prepara para uma elei��o que politiza as a��es policiais e os movimentos antirracistas.

Em uma entrevista ao Vice News na quinta, Reinoehl parecia admitir o tiroteio de 29 de agosto ao dizer que "n�o teve escolha". Ele morava em Portland e era presen�a frequente nas manifesta��es da cidade nas �ltimas semanas, ajudando os manifestantes com quest�es de seguran�a e sugerindo nas redes sociais que a luta estava se tornando uma guerra onde "haver� v�timas".

Reinoehl disse que agiu em leg�tima defesa, acreditando que ele e um amigo estavam prestes a ser esfaqueados. "Eu poderia ter sentado l� e assistido eles matarem um amigo meu de cor, mas eu n�o faria isso", disse ele.

"Eu sou 100% ANTIFA o tempo todo!", postou no Instagram em junho, referindo-se a um grupo de ativistas que se mobilizaram para se opor a grupos que consideram fascistas ou racistas. "Estou disposto a lutar pelos meus irm�os e irm�s! Mesmo que alguns sejam muito ignorantes para perceber o que antifa realmente significa. N�o queremos viol�ncia, mas tamb�m n�o vamos fugir dela!"

Como parte da equipe de seguran�a dos manifestantes, o papel de Reinoehl era interceptar agitadores em potencial e ajudar a acalmar conflitos, disseram manifestantes. "Todas as noites ele interrompia confrontos", disse Randal McCorkle, um frequentador ass�duo das manifesta��es que disse ter se tornado amigo �ntimo de Reinoehl. "Ele queria tanto mudar", disse ele.

Sua morte, disse ele, provavelmente inspiraria outros a continuarem o movimento pela reforma da pol�cia. "Eu ia dizer radicalizar, mas galvanizar � uma palavra melhor", disse ele. "Honestamente, vou tentar entrar no lugar dele."

Dias ap�s a morte de Floyd, Reinoehl come�ou a postar sobre a necessidade de mudan�a. "As coisas est�o ruins agora e s� podem piorar", postou ele em 3 de junho. "Mas � assim que ocorre uma mudan�a radical". (Com ag�ncias internacionais).