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Estado de Minas ACIDENTE

Mineira alega acidente e fica impedida de voltar ao Brasil depois de atropelar garota em Londres

A estudante de enfermagem Gardene de Carvalho alega ter sofrido uma crise epil�tica ao volante do carro, mas a Justi�a brit�nica confiscou os documentos dela at� o caso ser esclarecido. V�tima de 13 anos morreu horas depois


17/09/2020 04:00 - atualizado 18/09/2020 16:11

Gardene se diz inocente e afirma que não sabia que é epiléptica(foto: Arquivo pessoal)
Gardene se diz inocente e afirma que n�o sabia que � epil�ptica (foto: Arquivo pessoal)
Um pesadelo tomou conta da vida da mineira Gardene de Carvalho, de 42 anos, desde 29 de junho. Moradora de Londres h� 17 anos, a vida da estudante de enfermagem mudou naquela data. Era por volta das 21h, no hor�rio local, quando ela voltava para casa, empolgada com not�cias do namorado, que havia avan�ado na luta pela conquista da cidadania brit�nica. No caminho, sem mais nem menos, disse a mulher ao Estado de Minas, ela apagou na dire��o – ap�s sofrer uma crise de epilepsia, fato in�dito em sua vida, apesar do acompanhamento rotineiro de m�dicos. Quando a belo-horizontina retomou a consci�ncia, viu Victoria Carson, de 13, ca�da ao solo, ferida gravemente.
A pr�-adolescente morreu atropelada pelo Fiat 500 branco conduzido pela mineira na Avenida Longmore, no sub�rbio de Barnet, em Londres. Victoria chegou a ser socorrida, mas perdeu a vida ao sofrer graves les�es na cabe�a e no peito. Ao lado dela, a irm� Isabella Carson, 15, escapou sem ferimentos. As duas haviam sa�do para comprar chocolates perto de casa.
 
Desde ent�o, a vida tranquila vivida na capital inglesa se tornou um inferno para a Gardene de Carvalho. A advogada dela, T�mita Rodrigues Tavares, assumiu o caso nos �ltimos dias. Ela alega que sua cliente teve todos os seus documentos confiscados pela Justi�a brit�nica. “Ela quer voltar ao Brasil, mas hoje pode ser enterrada como indigente em Londres. Ela n�o tem documento algum. A Gardene ficou 36 horas presa e s� foi liberada depois de repassar os documentos”, relata. A deten��o aconteceu por “morte causada por dire��o perigosa”.

Em depoimento � pol�cia, que o EM teve acesso, Gardene conta que tinha press�o baixa �s vezes, mas relata ter muitas dores de cabe�a. Ela passou por exames para constatar o uso de drogas e �lcool naquela noite de 29 de junho, mas nada foi constatado.
 
 
A jovem Victoria Carson gostava muito de gatos e de jogar tênis(foto: Polícia de Londres/Divulgação)
A jovem Victoria Carson gostava muito de gatos e de jogar t�nis (foto: Pol�cia de Londres/Divulga��o)
 
NOTA DA DEFESA 

Em nota, os advogados de defesa, T�mita Tavares e Alexandre Lima, disseram estar confiantes na inoc�ncia da cliente, classificando o caso como fatalidade. “Gardene de Carvalho, cidad� brasileira, atualmente residindo em Londres (Inglaterra), vem a p�blico, informar que as acusa��es proferidas pela Justi�a Inglesa ser�o plenamente combatidas, assim como as expl�citas viola��es aos direitos humanos da brasileira supracitada, especialmente, por ter tido todos seus documentos de identifica��o ilegalmente retidos pelo Governo local. Foi uma fatalidade n�o um crime. N�s acreditamos na sua inoc�ncia e comprovaremos ao decorrer do procedimento. Vamos acionar o consulado (do Brasil em Londres) e alegar a inoc�ncia dela. Ela nunca se envolveu em um acidente e sempre foi ao m�dico. Nunca soube que tinha epilepsia. Foi uma fatalidade”, afirmam os advogados.

O caso repercutiu na imprensa brit�nica. Ao jornal Daily Mail, os pais da pr�-adolescente Victoria Carson se posicionaram. "Nossa fam�lia est� devastada pela perda da nossa linda filha, que nos deu tanta alegria e deleite em nossas vidas. Victoria era amada carinhosamente por muitos de seus amigos, com quem ela compartilhava muitas brincadeiras, especialmente cuidar de gatos e jogar t�nis”, escreveram Gary e Roxana Carson.

O ve�culo Fiat 500 passou por per�cia ap�s o fato. Conforme o relat�rio de acusa��o ao qual a reportagem teve acesso, n�o foi constatada irregularidade alguma. Sobre um poss�vel uso do celular no momento da ocorr�ncia, fato que � negado pela mineira, a pol�cia informa que n�o havia cabos ou Bluetooth ativados no momento naquela noite.

A reportagem procurou o Minist�rio das Rela��es Exteriores para obter posicionamento. O Itamaraty informou que "presta toda a assist�ncia legal e materialmente poss�vel aos brasileiros" em Londres, mas por lei n�o pode informar sobre o apoio dado � mineira por se tratar de dados sigilosos. 


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