Cada grau adicional de temperatura vai acelerar a desintegra��o das geleiras da Ant�rtica, causando um aumento inevit�vel e cada vez mais r�pido do n�vel do mar - aponta um estudo publicado esta semana.
A temperatura global j� subiu 1�C em rela��o � era pr�-industrial, e mais 1�C inevitavelmente causaria um aumento no n�vel do mar de 2,5 metros, apenas devido ao degelo da Ant�rtica. Tr�s graus, ou mais, significariam um aumento de 6,5 metros, alertam os autores deste estudo publicado na revista Nature.
Essa dram�tica eleva��o do n�vel dos oceanos, devastadora para metr�poles costeiras como Mumbai e Miami, ocorreria ao longo de v�rias centenas e at� milhares de anos. Esse futuro negro est� sendo decidido agora, por�m, pois s�o as emiss�es de gases causadores do efeito estufa a serem emitidas nas pr�ximas d�cadas que podem causar isso.
De acordo com os resultados desse estudo, a desintegra��o das gigantescas calotas polares da Ant�rtica - que cont�m �gua suficiente para causar 58 metros de eleva��o do n�vel do mar - ser� cada vez mais r�pida a cada grau de aquecimento adicional.
Para cada um dos primeiros 2�C acima da temperatura pr�-industrial, os oceanos subir�o cerca de 1,3 metro. Entre +2�C e +6�C, esse aumento dispararia para 2,4 metros para cada grau adicional. Acima disso, cada grau causaria um aumento adicional de 10 metros.
"Nosso uso de carv�o e �leo determinar� se e quando o teto de temperatura cr�tica na Ant�rtica ser� excedido", enfatizou um dos autores, Anders Levermann, climatologista do Instituto de Pesquisa de Impactos Clim�ticos de Potsdam.
"E, mesmo que a perda de gelo ocorra por um longo per�odo, os n�veis correspondentes de CO2 podem ser alcan�ados em um futuro pr�ximo", acrescentou.
"Geleiras do tamanho da Fl�rida podem cair no mar", completou Torsten Albrecht, pesquisador do mesmo instituto.
Este estudo "nos d� uma compreens�o clara da necessidade urgente de estabilizar as mudan�as clim�ticas, em linha com as metas do Acordo de Paris de limit�-la a menos de 2�C", disse Matt Palmer, da ag�ncia meteorol�gica brit�nica Met Office, que n�o esteve envolvido no estudo.