O debate sobre a diversidade em Hollywood chegou nesta quinta-feira ao Congresso americano, com uma audi�ncia em que atores pediram que se v� al�m de sucessos ocasionais como "Pantera Negra" e denunciaram "a infec��o pela cultura do cancelamento".
A audi�ncia foi realizada em meio a um debate profundo sobre o racismo no pa�s, depois que a morte de George Floyd provocou uma onda de protestos in�dita.
"Houve uma mudan�a, claro que Pantera Negra, 'Hamilton' e 'Podres de Ricos' arrecadaram muito dinheiro", comentou a atriz Erika Alexander. "No entanto, para cada exce��o extraordin�ria como estas, h� centenas de filmes med�ocres com elencos brancos que recebem o sinal verde", lamentou a atriz, assinalando que a falta de diversidade leva a uma "pandemia de exclus�o" na cultura.
O ator de origem coreana Daniel Dae Kim - conhecido por seus pap�is na s�rie "Lost" e em filmes como "Hellboy" e "Homem-Aranha 2", disse que a ind�stria dos ve�culos de massa � uma forma de "plantar pensamentos". "Da mesma forma que o cigarro � um sistema para injetar nicotina, nossos meios s�o um sistema para implantar valores", assinalou.
O deputado democrata Jerry Nadler, presidente do Comit� Judicial que organizou a sess�o, destacou que, em 2019, os atores negros, latinos, asi�ticos ou ind�genas obtiveram apenas 27% dos pap�is de protagonista, quando esta popula��o representa cerca de 40% dos americanos. "A melhor forma de haver diversidade na frente das telas � haver diversidade por tr�s das c�meras."
O deputado republicano Jim Jordan rebateu e disse que a audi�ncia no Congresso � uma prova de que "ningu�m est� a salvo da cultura do cancelamento".
A cantora Joy Villa - apoiadora ativa do presidente Donald Trump - denunciou que as opini�es conservadoras do mesmo prejudicaram Hollywood e afirmou que a cultura do cancelamento "� uma epidemia". "A intoler�ncia pol�tica silencia vozes de americanos", criticou a artista.