O presidente da Venezuela, Nicol�s Maduro, recha�ou nesta quinta-feira (24) um relat�rio da ONU que o vincula a poss�veis "crimes contra a humanidade" e disse que enviar� um relat�rio paralelo sobre direitos humanos ao secret�rio-geral da organiza��o.
"� um documento que � uma bagun�a do ponto de vista t�cnico e cient�fico, � luz dos direitos humanos universais, � uma bagun�a insustent�vel", declarou o presidente em discurso na televis�o.
A miss�o internacional independente das Na��es Unidas sobre a Venezuela apresentou, em 16 de setembro, um meticuloso relat�rio de 443 p�ginas, ap�s investigar 223 casos, 48 deles em profundidade.
A presidente da miss�o, Marta Vali�as, afirmou em nota que foram encontrados "motivos razo�veis para acreditar que as autoridades e for�as de seguran�a venezuelanas planejaram e praticaram graves viola��es dos direitos humanos desde 2014, algumas das quais - inclusive execu��es arbitr�rias e o uso sistem�tico de tortura - constituem crimes contra a humanidade".
A miss�o "n�o � independente", disse Maduro, mas "uma comiss�o dependente do Grupo de Lima, dependente de Mike Pompeo", secret�rio de Estado dos Estados Unidos, pa�s que faz uma campanha internacional para promover sua sa�da do poder.
Do Pal�cio de Miraflores, sede do governo, o presidente mostrou um relat�rio sobre os direitos humanos na Venezuela recebido do procurador-geral, paralelo ao apresentado pela ONU que est� "cheio de mentiras", segundo o governo socialista.
Maduro instruiu seu ministro das Rela��es Exteriores, Jorge Arreaza, a enviar uma c�pia do "extraordin�rio" relat�rio at� segunda-feira ao secret�rio-geral da ONU, Antonio Guterres, com quem realizou uma videoconfer�ncia "muito oportuna" anteriormente.
Seguindo a "recomenda��o" de Guterres, continuou Maduro, ele disse "aspirar nos pr�ximos dias" encontrar-se por videoconfer�ncia com a alta comiss�ria das Na��es Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet.
Em seu discurso virtual � ONU na quarta-feira, parte da 75� Assembleia Geral, Maduro n�o fez men��o ao relat�rio apresentado pela organiza��o. Em vez disso, ele concentrou seu discurso nas san��es dos EUA contra seu governo, garantindo que elas afetam a "estabilidade" do pa�s caribenho.
Em julho, Bachelet apresentou um relat�rio denunciando "deten��es arbitr�rias, viola��es das garantias do devido processo" e casos de "tortura e desaparecimentos for�ados". Caracas chamou o documento de "tendencioso".