
Mais um caso de reinfec��o por COVID-19 foi descrito pela ci�ncia, aumentando as evid�ncias de que a exposi��o ao coronav�rus Sars-CoV-2 pode n�o se traduzir em imunidade total.
Um artigo publicado nesta segunda-feira, 12, na revista m�dica The Lancet Infectious Diseases, descreve o caso de um homem de 25 anos que foi infectado com duas variedades diferentes de Sars-CoV-2 num per�odo de 48 dias. Este � o quinto caso de reinfec��o registrado cientificamente no mundo.
Um artigo publicado nesta segunda-feira, 12, na revista m�dica The Lancet Infectious Diseases, descreve o caso de um homem de 25 anos que foi infectado com duas variedades diferentes de Sars-CoV-2 num per�odo de 48 dias. Este � o quinto caso de reinfec��o registrado cientificamente no mundo.
O relato aponta que a segunda infec��o foi mais grave e que o paciente de Washoe County, Nevada, necessitou de hospitaliza��o com suporte de oxig�nio.
Ap�s testar positivo para COVID-19 em abril deste ano, o jovem testou negativo em duas outras ocasi�es. Mas em junho voltou a apresentar sintomas mais graves, como febre, dor de cabe�a, tontura, tosse, n�usea e diarreia.
Um novo teste confirmou a reinfec��o, mas com diferen�as gen�ticas significativas entre os dois v�rus. A reinfec��o do jovem ocorreu simultaneamente ao resultado positivo para COVID-19 do pai dele.
Ap�s testar positivo para COVID-19 em abril deste ano, o jovem testou negativo em duas outras ocasi�es. Mas em junho voltou a apresentar sintomas mais graves, como febre, dor de cabe�a, tontura, tosse, n�usea e diarreia.
Um novo teste confirmou a reinfec��o, mas com diferen�as gen�ticas significativas entre os dois v�rus. A reinfec��o do jovem ocorreu simultaneamente ao resultado positivo para COVID-19 do pai dele.
“Nossas descobertas indicam que uma infec��o pr�via por Sars-Cov-2 n�o necessariamente protege contra uma infec��o futura”, pontuou Mark Pandori, do Laborat�rio de Sa�de P�blica do Estado de Nevada e da Universidade de Nevada, principal autor do trabalho, em comunicado � imprensa.
“Embora mais pesquisas sejam necess�rias, a possibilidade de reinfec��o pode ter implica��es para compreens�o da imunidade da COVID-19 especialmente na aus�ncia de uma vacina eficaz”, complementou.
Pandori aconselha que pessoas que testaram positivo para coronav�rus continuem a adotar medidas de prote��o como distanciamento social, uso de m�scaras faciais e lavagem das m�os.
Pandori aconselha que pessoas que testaram positivo para coronav�rus continuem a adotar medidas de prote��o como distanciamento social, uso de m�scaras faciais e lavagem das m�os.
Pelo menos quatro casos de reinfec��o foram confirmados no mundo: B�lgica, Holanda, Hong Kong e Equador. A principal preocupa��o no caso do jovem americano � que a reinfec��o resultou em uma doen�a pior que no primeiro diagn�stico. Apenas o caso de reinfec��o do Equador apresentou resultados semelhantes.
“Precisamos de mais pesquisas para entender por quanto tempo a imunidade pode durar para pessoas expostas ao Sars-CoV-2 e por que algumas dessas segundas infec��es, embora raras, est�o se apresentando de modo mais severo”, disse Pandori.
O pesquisador tamb�m n�o descartou que possam existir outros casos de reinfec��o, mas pondera que isso � dif�cil de mensurar porque h� muitos casos assintom�ticos que permanecem n�o detectados nos testes e pr�ticas de monitoramento.
O pesquisador tamb�m n�o descartou que possam existir outros casos de reinfec��o, mas pondera que isso � dif�cil de mensurar porque h� muitos casos assintom�ticos que permanecem n�o detectados nos testes e pr�ticas de monitoramento.
As reinfec��es s�o relevantes para o desenvolvimento de vacinas, pois a exposi��o inicial ao v�rus pode n�o resultar em um n�vel de imunidade total. Para alguns v�rus, a primeira infec��o pode fornecer imunidade vital�cia; para coronav�rus sazonais, a imunidade protetora tem vida curta.
Uma limita��o do estudo de caso foi n�o conseguir avaliar a resposta imune ao primeiro epis�dio do v�rus e a efic�cia das respostas imunes durante o segundo epis�dio.
“Embora improv�vel, se nosso paciente � um caso da evolu��o viral natural in vivo, ent�o isso significa que o v�rus pode se adaptar com destreza gen�tica para evitar uma resposta imune natural de maneira a restabelecer os n�veis detect�veis de infec��o em um indiv�duo”, diz.
“Embora improv�vel, se nosso paciente � um caso da evolu��o viral natural in vivo, ent�o isso significa que o v�rus pode se adaptar com destreza gen�tica para evitar uma resposta imune natural de maneira a restabelecer os n�veis detect�veis de infec��o em um indiv�duo”, diz.
O estudo tamb�m enumera algumas hip�teses para explicar a gravidade da segunda infec��o, como a possibilidade de o paciente ter sido infectado por uma dose mais alta do v�rus ou com uma vers�o mais virulenta.
Outra possibilidade � que a presen�a de anticorpos possa piorar uma infec��o subsequente, como j� foi observado com o betacoronav�rus Sars-CoV e com a dengue. Al�m disso, os autores explicam que h� uma possibilidade, ainda que pequena, de uma infec��o cont�nua que pode ser “desativada e reativada”.
No entanto, para tal hip�tese ser verdadeira, seria necess�ria uma taxa mutacional de Sars-CoV-2 que n�o foi observada atualmente.
“H� uma falta de sequenciamento gen�mico de casos de COVID-19, bem como faltam triagem e testes, o que limita a capacidade de pesquisadores e funcion�rios de sa�de p�blica de diagnosticar, monitorar e obter rastreamento gen�tico para o v�rus”, completa Pandori.
“H� uma falta de sequenciamento gen�mico de casos de COVID-19, bem como faltam triagem e testes, o que limita a capacidade de pesquisadores e funcion�rios de sa�de p�blica de diagnosticar, monitorar e obter rastreamento gen�tico para o v�rus”, completa Pandori.