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Estado de Minas ESTUDO

Na tecnologia, desigualdade de g�nero se manifesta na Am�rica Latina

Em 23 pa�ses do continente, homens tem mais telefones m�veis que mulheres. Em cinco, entre eles o Brasil, a Argentina e o Chile, a tend�ncia se inverte


15/10/2020 17:57

(foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
(foto: Marcello Casal Jr/Ag�ncia Brasil)
As mulheres possuem menor probabilidade de possu�rem aparelhos digitais e terem acesso � internet na Am�rica Latina. As desigualdades de g�nero se estendem no acesso a dispositivos e recursos tecnol�gicos, refor�ando a iniquidade das mulheres na regi�o.

A conclus�o � de um relat�rio lan�ado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento e pelo Instituto Interamericano de Coopera��o para a Agricultura (IICA). O estudo foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido.

Em 23 pa�ses analisados, a propriedade de telefones m�veis � majoritariamente maior entre homens do que mulheres. As diferen�as mais acentuadas ocorrem no Equador, em El Salvador, na Guatemala, em Honduras, em Trindad e Tobago e na Venezuela.

Em cinco dos 23 pa�ses estudados, esta tend�ncia se inverte. Isso ocorre na Argentina, no Brasil, no Chile, no Haiti e no Panam�. Na Jamaica, os �ndices s�o semelhantes. Na evolu��o dos �ndices, as mulheres chegaram a possuir uma possibilidade maior em 2007, mas desde ent�o a brecha de g�nero favoreceu os homens. Nos �ltimos anos este movimento vinha diminuindo, quando come�ou a aumentar novamente.

"O hiato digital de g�nero vinha sendo gradualmente reduzido ao longo do tempo, mas nos �ltimos cinco anos ocorreu aparentemente uma piora. Al�m disso, caracter�sticas como g�nero, situa��o socioecon�mica e localiza��o da resid�ncia interagem produzindo m�ltiplas camadas de desvantagem para as mulheres", afirmam os autores.

Nesse entrecruzamento de fatores, as mulheres com baixo n�vel educacional residentes em �reas rurais s�o as mais afetadas. Este � o grupo com taxas mais baixas de acesso � internet, ficando mais exclu�do das informa��es e aplica��es disponibilizadas no �mbito da Rede Mundial de Computadores.

O apontamento da desigualdade no uso de tecnologias da informa��o � justificado pelos autores tamb�m como tema relevante uma vez que o acesso ao telefone tamb�m possibilita a participa��o de pr�ticas importantes, sejam elas de comunica��o pessoal, intera��o social ou facilita��o da atividade econ�mica.

Al�m disso, os respons�veis pelo estudo identificaram tamb�m uma correla��o entre os hiatos digitais e situa��es de vulnerabilidade, como empregos prec�rios.

Facebook

A pesquisa analisou tamb�m o acesso � maior rede social do mundo, o Facebook. O uso da plataforma foi considerado alto na regi�o, especialmente na faixa de 20 a 30 anos. Na compara��o entre 2018 e 2020, foi registrada uma queda na faixa de jovens abaixo de 25 anos e um aumento entre as pessoas acima desta idade.

Os maiores �ndices de penetra��o entre mulheres ocorre nos pa�ses Aruba, Argentina, Equador, M�xico e Uruguai. Em v�rios pa�ses elas possuem acesso maior do que eles, como Brasil, Argentina, Venezuela, Chile, Suriname e Uruguai.

Para os autores, em um contexto em que a pandemia evidenciou a conectividade como um bem p�blico, o "caminho para a igualdade ainda � longo", seja na posse de tecnologias digitais seja no acesso � Internet.

Para al�m de cerca de 36% da popula��o ainda n�o ter acesso � Rede Mundial de Computadores, segundo a Uni�o Internacional de Telecomunica��es, as diferen�as dentro do acesso, como as de g�nero, erguem barreiras ainda maiores para uma acesso equ�nime.

"Se as diferen�as no acesso �s tecnologias da informa��o e comunica��o, em geral, e aos telefones m�veis, em particular, n�o forem abordadas com efic�cia, as desigualdades existentes no mundo, como as que ocorrem entre homens e mulheres, poder�o ser exacerbadas", concluem os respons�veis pela pesquisa.


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