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Estado de Minas

Decapita��o de professor choca a Fran�a e v�rias pessoas s�o presas


17/10/2020 11:31

Nove pessoas foram detidas na Fran�a, nas �ltimas horas, depois que um professor foi decapitado na sexta-feira (16), na periferia de Paris, ap�s exibir charges do profeta Maom� a seus alunos.

Ele foi assassinado por um jovem de 18 anos, de origem chechena.

Rapidamente rotulado como um "ataque isl�mico", por parte das autoridades, o crime chocou a Fran�a. Desde 2015, o pa�s sofre uma s�rie de ataques extremistas que deixaram mais de 250 mortos.

Samuel Paty, um professor de hist�ria e geografia de 47 anos motivado e pr�ximo de seus alunos, segundo aqueles que o conheciam, foi decapitado no meio da rua, na tarde de sexta-feira, pr�ximo � escola onde trabalhava, em Conflans-Sainte-Honorine, uma pequena cidade de 35.000 habitantes localizada a 30 quil�metros de Paris.

Imediatamente ap�s o ataque, a pol�cia tentou deter na �rea um homem armado com uma faca, que os amea�ou. Os policiais reagiram e abriram fogo, matando o agressor.

Sua identidade foi confirmada neste s�bado. Ele tinha 18 anos, nasceu na R�ssia, mas era checheno. N�o tinha antecedentes criminais, embora j� tenha cometido um delito leve. Os servi�os de seguran�a tamb�m n�o haviam registrado uma poss�vel radicaliza��o do suspeito.

At� o momento, quatro familiares do agressor (pais, av� e irm�o ca�ula) e outras cinco pessoas de seu entorno foram presas. Entre elas, est� o pai de um aluno do instituto, onde a v�tima trabalhava. Ele e o professor tiveram uma discuss�o, depois que as charges de Maom� foram apresentadas em uma aula dedicada � liberdade de express�o.

Ap�s o crime, a Procuradoria Nacional Antiterrorista abriu uma investiga��o por "assassinato vinculado a uma empreitada terrorista" e "associa��o criminosa terrorista".

- "N�o passar�o" -

O presidente Emmanuel Macron foi imediatamente ao local do assassinato e convocou "toda na��o" a se unir em torno dos professores para "proteg�-los e defend�-los".

"N�o passar�o. O obscurantismo e a viol�ncia que o acompanha n�o v�o ganhar", frisou o presidente.

Neste s�bado, a presidente da Comiss�o Europeia, Ursula von der Leyen, enviou pelo Twitter uma mensagem de solidariedade a todos os professores "na Fran�a e na Europa".

"Sem eles, n�o h� cidad�os, sem eles, n�o h� democracia", afirmou Ursula.

Rodrigo Arenas, copresidente da FCPE, a maior associa��o francesa de pais de alunos, confirmou que recebeu uma den�ncia, h� alguns dias, de "um pai extremamente irritado", porque um charge de Maom� foi mostrada na aula de sua filha.

Segundo Arenas, para n�o ferir a sensibilidade de alguns, o professor teria "convidado os alunos mu�ulmanos a sa�rem da sala" antes de mostrar a imagem do profeta agachado, com uma estrela desenhada nas n�degas, e a inscri��o "nasce uma estrela".

- Vingar Maom� -

A pol�cia tamb�m est� investigando uma mensagem que pode ter sido postada na rede social Twitter pelo agressor, mostrando uma foto da cabe�a da v�tima. O mesmo autor tamb�m envia uma mensagem a Macron, chamando-o de "l�der dos infi�is" e diz que quis se vingar da pessoa que "se atreveu a menosprezar Maom�".

Em janeiro de 2015, a reda��o do seman�rio sat�rico franc�s Charlie Hebdo, que publicou charges pol�micas sobre Maom�, foi atacada por dois extremistas, e 12 pessoas foram mortas. Em 13 de novembro do mesmo ano, Paris foi palco de v�rios ataques simult�neos de "jihadistas", que resultaram em 130 mortes e 350 feridos.

"Os valores fundamentais da Rep�blica s�o afetados: primeiro, a liberdade de imprensa com o Charlie Hebdo e, agora, a liberdade de ensinar", disse o primeiro-ministro franc�s, Jean Castex, segundo seu porta-voz.

O ataque aconteceu exatamente tr�s semanas ap�s um ataque a faca cometido por um paquistan�s de 25 anos perto da antiga reda��o do Charlie Hebdo. Nele, duas pessoas ficaram feridas. O autor da agress�o disse aos investigadores que quis vingar a redivulga��o das ilustra��es do profeta, pelo seman�rio, em setembro.

Na sexta-feira, Charlie Hebdo manifestou no Twitter seu "horror e indigna��o depois que um professor no exerc�cio de sua profiss�o foi morto por um fan�tico religioso".

Na manh� deste s�bado, v�rias rosas foram depositadas na entrada do centro educacional onde o crime foi cometido o crime.


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