As mulheres est�o sub-representadas nas estruturas de poder e nos processos de paz, denunciou o secret�rio-geral da ONU, Antonio Guterres, nesta quinta-feira (29), durante uma videoconfer�ncia do Conselho de Seguran�a.
Embora nos �ltimos 20 anos e com a aprova��o da resolu��o 1325 - que estabeleceu um novo marco para a inclus�o das mulheres nos esfor�os de paz - tenham sido dados "passos importantes", hoje "s�o os homens que dominam as institui��es de poder", ressaltou o secret�rio-geral.
"As mulheres lideram apenas 7% dos pa�ses do mundo. Os homens representam tr�s quartos dos membros das equipes e comit�s encarregados da luta contra a covid-19. As decis�es relativas � paz e � seguran�a internacionais continuam a ser tomadas por uma esmagadora maioria de homens", lamentou o chefe da ONU.
"Embora as mulheres estejam cada vez mais representadas nas equipes de media��o das Na��es Unidas, elas ainda est�o amplamente exclu�das das conversa��es e negocia��es de paz", insistiu Guterres, citando os casos do Afeganist�o, Mali e I�men.
Nos processos de paz, "a inclus�o das mulheres desde o in�cio deve ser uma prioridade", acrescentou.
E "dado que os processos de paz est�o ocorrendo virtualmente durante a pandemia, � importante n�o desacelerar os esfor�os para promover a participa��o das mulheres", alertou.
Em um comunicado divulgado nesta quinta-feira, a ag�ncia da ONU para as Mulheres alertou sobre as "lacunas alarmantes" na implementa��o da resolu��o 1325, "em um momento cr�tico em que � necess�rio um esfor�o conjunto para conter a covid-19".
Por iniciativa da R�ssia, o Conselho de Seguran�a deveria adotar uma resolu��o oficial nesta quinta-feira com o objetivo de promover a representa��o das mulheres nas esferas de poder.
Por�m, de acordo com os diplomatas, cerca de dez dos quinze membros do Conselho - incluindo os Estados Unidos e pa�ses europeus - bloquearam o texto, argumentando que se tratam de avan�os feitos ao longo de vinte anos.