A candidata pr�-europeia Maia Sandu surpreendeu e foi a mais votada no primeiro turno da elei��o presidencial da Mold�via, com vantagem sobre o atual presidente, o pr�-russo Igor Dodon.
O segundo turno ser� disputado em 15 de novembro.
Sandu, uma economista de 48 anos que trabalhou no Banco Mundial, obteve 36,26% dos votos no primeiro turno, contra 32,6% de Dodon, de 45 anos, do Partido Socialista (PSRM), segundo a Comiss�o Eleitoral Central (CEC).
A candidata de centro-direita, que defende a integra��o da ex-rep�blica sovi�tica � Uni�o Europeia, afirmou que "os eleitores mostraram no domingo que o bem pode vencer".
E afirmou que no segundo turno de 15 de novembro os eleitores ter�o a oportunidade de "colocar a Mold�via no caminho correto e de construir um Estado funcional, que trabalhe para os cidad�os".
Sem mencionar a vantagem obtida pela rival, Dodon se mostrou "convencido" da repeti��o do cen�rio de 2016, quando venceu Sandu no segundo turno das elei��es.
"N�o podemos permitir a instabilidade do pa�s e que aqueles que est�o � frente do Estado sejam marionetes do exterior", afirmou, em refer�ncia a Sandu.
Dodon criticou ainda os mold�vios da di�spora que votaram em sua advers�ria porque, segundo ele, "seu ponto de vista n�o concorda com o da maioria das pessoas que trabalham na Mold�via".
A ex-rep�blica sovi�tica de 3,5 milh�es de habitantes, situada entre a Rom�nia e a Ucr�nia, sofreu v�rias crises pol�ticas nos �ltimos anos.
As for�as favor�veis a uma aproxima��o da R�ssia e os partid�rios de uma integra��o � Uni�o Europeia (UE) t�m se alternado no poder, sem chegar a ter uma clara maioria.
O presidente Dodon promete "continuar com a coopera��o ben�fica com a R�ssia, principal parceira estrat�gica da Mold�via", e o ensino obrigat�rio do russo nas escolas.
Seu colega russo, Vladimir Putin, o apoiou abertamente e saudou os "esfor�os realizados" por Dodon para construir rela��es com Moscou.
Sandu, que foi primeira-ministra entre junho e novembro de 2019, aposta em uma aproxima��o da Mold�via com a UE e na cria��o de empregos para conter o �xodo maci�o da popula��o ao exterior.
"Estas elei��es t�m um valor de referendo sobre o mandato de Dodon", diz Valeriu Pacha, do grupo de estudos WatchDog Moldavia.
Segundo ele, os mold�vios poder�o escolher entre a via da "integra��o europeia mais intensa - um campo em que a Mold�via registra muitos atrasos" - ou a continua��o do regime atual, "totalmente subordinado ao Kremlin".
Considerado um dos pa�ses mais pobres da Europa, a Mold�via � conhecida por sua ind�stria vin�cola e por um conflito com separatistas pr�-russos na Transn�stria, que se separou e 1992 ap�s um r�pido conflito. Moscou tem tropas na regi�o desde ent�o.
Em 2014, a Mold�via assinou um acordo de associa��o com a UE, provocando a ira da R�ssia. Em resposta, o Kremlin imp�s um embargo �s exporta��es de produtos agr�colas moldavos, um duro golpe para a economia local.
Seis anos depois, apesar de as san��es terem sido suspensas, a UE desbancou a R�ssia como o principal parceiro comercial da Mold�via.
Nos �ltimos anos, importantes esc�ndalos de corrup��o entre as elites mold�vias puseram em risco a vital ajuda financeira do Ocidente.