O presidente russo, Vladimir Putin, confirmou um acordo de "cessar-fogo total" entre a Arm�nia e o Azerbaij�o pelo controle da regi�o de Nagorno Karabakh, que entrou em vigor �s 21h GMT (18h de Bras�lia) desta segunda-feira (9), minutos ap�s um an�ncio feito pelo primeiro-ministro arm�nio.
"Em 9 de novembro, o presidente do Azerbaij�o (Ilham Aliyev), o primeiro-ministro da Arm�nia (Nikol Pashinian) e o presidente da Federa��o Russa assinaram uma declara��o, anunciando um cessar-fogo total e o fim de todas as a��es militares na zona de conflito de Nagorno Karabakh a partir da meia-noite de 10 de novembro, hora de Moscou", informou Vladimir Putin, segundo declara��o difundida na noite desta segunda-feira aos meios de comunica��o.
Segundo a R�ssia, os beligerantes mant�m suas posi��es. Em comunicado publicado esta noite em sua p�gina no Facebook, Pashinian anunciou, pouco antes, ter "assinado uma declara��o com os presidentes de R�ssia e Azerbaij�o sobre o fim da guerra em Karabakh, classificando a iniciativa de "inacreditavelmente dolorosa para mim e para o nosso povo".
- Queda de Shusha -
Desde o fim de setembro, s�o travados os combates mais sangrentos em quase 30 anos entre os separatistas arm�nios de Nagorno Karabakh e o Ex�rcito do Azerbaij�o, pa�s que deseja recuperar o controle da prov�ncia separatista, que se tornou independente de fato no come�o dos anos 1990, ap�s uma guerra que deixou mais de 30 mil mortos.
O an�ncio do fim das hostilidades � feito depois que as for�as azeris afirmaram que haviam se apoderado de Shusha, cidade estrat�gica localizada no topo de uma montanha que serve de fortaleza natural, a cerca de 15 quil�metros de Stepanakert, capital de Nagorno Karabakh, e na estrada principal que leva ao territ�rio da Arm�nia, pa�s aliado dos separatistas.
Al�m de sua localiza��o estrat�gica, a cidade � um s�mbolo para os azeris, que a consideram um de seus principais centros culturais. Foi habitada principalmente por azeris at� o fim da d�cada de 1980, embora ambas as comunidades convivessem no local.
A queda da cidade foi considerada uma virada na guerra. "Tomei essa decis�o ap�s analisar em profundidade a situa��o militar", assinalou Pashinian no Facebook, referindo-se aos avan�os azeris nas �ltimas seis semanas. Segundo ele, o acordo foi "a melhor solu��o na situa��o atual".
O presidente azeri, Ilham Aliyev, considerou o acordo uma "capitula��o" da Arm�nia ap�s seis semanas de confrontos. "Obrigamos o premier Nikol Pashinian a assinar o documento, o que equivale a uma capitula��o", afirmou na TV. "Disse que expulsar�amos os arm�nios de nossa terra como c�es, e o fizemos."
Manifestantes arm�nios irritados com o acordo invadiram a sede do governo em Ierevan. Milhares de manifestantes se concentraram em frente ao pr�dio e centenas deles entraram no local, saquearam escrit�rios e quebraram janelas, depois que o premier anunciou o acordo com Azerbaij�o e R�ssia.