O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, falar� publicamente pela primeira vez nesta sexta-feira(13) desde o an�ncio de sua derrota para Joe Biden, que, de acordo com as proje��es finais da m�dia, solidificou sua vit�ria ao conquistar o crucial estado da Ge�rgia.
Trump far� um discurso �s 16h (18h Bras�lia) do Jardim das Rosas da Casa Branca sobre a "Opera��o Warp Speed", na qual o governo fez parceria com empresas farmac�uticas para criar e distribuir uma vacina contra o coronav�rus que assola o pa�s, disse um porta-voz.
N�o se sabe se ele abordar� o resultado das elei��es de 3 de novembro, depois que as grandes redes de TV anunciaram que o democrata Biden finalmente obteve 306 votos no Col�gio Eleitoral contra 232 para o presidente republicano - ironicamente, o n�mero inverso que deu a vit�ria surpreendente de Trump sobre Hillary Clinton em 2016.
Biden, que obteve quase 78 milh�es de votos em todo o pa�s, mais de cinco milh�es a mais do que Trump, foi declarado vencedor nesta sexta-feira na Ge�rgia, onde os democratas n�o venciam desde 1992 com Bill Clinton. O resultado solidificou sua vit�ria, depois de conquistar o Arizona na quinta-feira, nas m�os dos republicanos desde 1996.
Trump venceu na Carolina do Norte, mas n�o foi o suficiente para superar a lideran�a de Biden no Col�gio Eleitoral de 538 membros, que decide formalmente a Presid�ncia dos Estados Unidos.
Nos �ltimos dez dias, o presidente se ausentou de suas fun��es presidenciais normais, sem sequer comentar a repercuss�o da pandemia, que deixou mais de 242 mil mortos e 10,5 milh�es de infec��es nos Estados Unidos, e nos �ltimos dias espalhou-se com n�meros recordes.
Fechado na Casa Branca, de onde s� saiu para jogar golfe no fim de semana e comparecer a uma breve cerim�nia do Dia dos Veteranos na quarta-feira, Trump repetiu v�rias vezes no Twitter que ganhou a reelei��o, enquanto promove a��es judiciais para questionar os resultados sem provas relevantes.
"Esta elei��o foi manipulada!", tuitou nesta sexta-feira, depois de anunciar que ele poderia "tentar vir e cumprimentar" seus apoiadores no com�cio que planejam neste s�bado em Washington para apoiar suas alega��es de fraude.
No entanto, autoridades eleitorais de todo o pa�s disseram que as elei��es foram "as mais seguras da hist�ria dos Estados Unidos", ressaltando que "n�o h� evid�ncias" de votos perdidos ou trocados, nem de sistemas de vota��o alterados.
O horizonte continua escurecendo para o presidente republicano, depois que Biden recebeu cumprimentos n�o s� de aliados americanos hist�ricos, como Reino Unido, Israel e Fran�a, mas tamb�m da China.
Mas Trump e seu entorno parecem viver em uma realidade paralela.
"O presidente participar� de sua pr�pria posse", disse a secret�ria de imprensa de Trump, Kayleigh McEnany, � Fox News. "Quando todos os votos legais forem contados, o presidente Trump vencer�."
"Estamos trabalhando aqui na Casa Branca sob a suposi��o de que haver� um segundo mandato de Trump", disse � Fox News o assessor comercial de Trump, Peter Navarro.
- Perigo crescente -
Embora Biden continue seus preparativos para assumir o cargo em 20 de janeiro, a quest�o preocupa sua equipe.
O novo chefe de gabinete de Biden, Ron Klain, viu que o bloqueio do acesso da nova administra��o �s reuni�es informativas confidenciais do governo atual representa um perigo crescente.
Em declara��es � MSNBC na noite de quinta-feira, Klain destacou a necessidade de estar a par dos planos de vacina��o de covid-19 entre "fevereiro e mar�o", quando Biden j� estar� no Sal�o Oval.
"Quanto mais cedo conseguirmos que nossos especialistas em transi��o se re�nam com as pessoas que est�o planejando a campanha de vacina��o, mais tranquilo ser�", afirmou.
A persistente demora do governo Trump em reconhecer a vit�ria de Biden representa "um s�rio risco para a seguran�a nacional", alertaram mais de 150 ex-autoridades da �rea em uma carta na quinta-feira, incluindo alguns que trabalharam com Trump.
Entre os signat�rios, democratas e republicanos, est�o o ex-chefe do Pent�gono Chuck Hagel, republicano, e Michael Hayden, ex-chefe da Ag�ncia de Seguran�a Nacional (NSA) e, posteriormente, da CIA durante presid�ncias democratas e republicanas.
O grupo instou a diretora da Administra��o de Servi�os Gerais (GSA), Emily Murphy, a reconhecer oficialmente Biden como presidente eleito.
Sem a confirma��o da GSA, Biden n�o tem acesso a fundos de transi��o e outros recursos, incluindo relat�rios de intelig�ncia.
Embora muitos no Partido Republicano tenham se mostrado leais a Trump, outros acreditam que, para o bem do pa�s, Biden deve ser capaz de acessar informa��es confidenciais.
James Lankford, um senador republicano de Oklahoma, disse � r�dio Tulsa KRMG no in�cio da semana que daria ao governo Trump at� sexta-feira para possibilitar isso e, caso contr�rio, interviria "para pression�-los".