A China enviou ontem felicita��es a Joe Biden e a sua vice, Kamala Harris, por sua vit�ria nas elei��es presidenciais do dia 3, cujo resultado o atual presidente dos EUA, Donald Trump, se recusa a reconhecer. A sauda��o foi feita horas ap�s a confirma��o da vit�ria do democrata no Estado do Arizona. Agora, s� Brasil, Coreia do Norte, M�xico, R�ssia, Hungria e Eslov�nia - terra natal da primeira-dama, Melania - n�o enviaram felicita��es.
"Respeitamos a escolha do povo americano. Enviamos nossas felicita��es ao sr. Biden e � sra. Harris", declarou o porta-voz da diplomacia chinesa, Wang Wenbin. Segundo um diplomata afirmou ao Estad�o, h� sutilezas importantes na mensagem chinesa. A diplomacia parabeniza, mas n�o os qualifica como presidente e vice-presidente eleitos e acrescenta que, ao mesmo tempo: "Entendemos que o resultado da elei��o americana ser� determinado de acordo com as leis e procedimento americanos".
Para o diplomata, a mensagem � um aceno a Biden, mas tentando n�o elevar ainda mais a tens�o com Trump, que esta semana imp�s san��es a mais quatro funcion�rios do governo da China e de Hong Kong.
Na segunda-feira, a diplomacia chinesa disse esperar que o "pr�ximo governo americano que d� sinais de uma vontade de concilia��o" e as rela��es bilaterais possam voltar aos trilhos.
A maioria dos pa�ses ainda fi�is a Trump diz aguardar um resultado oficial do processo para se manifestar, j� que o presidente apresentou na Justi�a den�ncias de irregularidades em v�rios Estados.
O l�der norte-coreano, Kim Jong-un, com quem Trump buscou uma aproxima��o em 2018, vem se mantendo em sil�ncio. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que a R�ssia aguardar� o t�rmino da contagem oficial dos votos. A diplomacia entre Moscou e Washington passou por momentos dr�sticos ap�s a elei��o de Trump com a alega��o de interfer�ncia russa no processo eleitoral americano e a rela��o entre os dois pa�ses se encontra em seu pior momento desde o fim da Guerra Fria.
O presidente mexicano, Andr�s Manuel L�pez Obrador, afirmou que prefere "esperar at� que todos os assuntos legais tenham sido resolvidos". Dias ap�s as elei��es, o presidente Jair Bolsonaro passou a dar pequenos sinais sobre seu posicionamento sobre as elei��es. Na ter�a, provocou Biden, sem cit�-lo, ao lembrar que a campanha do candidato amea�ou impor barreiras comerciais ao Brasil, caso os inc�ndios na Amaz�nia n�o fossem controlados.
A China acompanhou com interesse as elei��es americanos. De seu resultado dependia a continuidade do forte desgaste nas rela��es bilaterais e a guerra comercial iniciada por Trump ou a abertura de uma fase de maior tranquilidade. Os EUA sob Biden devem manter a press�o sobre a China, mas com uma abordagem mais calculada. O democrata tamb�m deve questionar sobre temas como direitos humanos e seguran�a. (Com ag�ncias internacionais)
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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