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Estado de Minas

Moderna anuncia outra vacina contra covid-19 com efic�cia de mais de 90%


16/11/2020 12:07

A possibilidade de aprova��o das primeiras vacinas contra a covid-19 at� o fim do ano aumentaram: depois da Pfizer/BioNTech na semana passada, a empresa de biotecnologia americana Moderna anunciou, nesta segunda-feira (16), que sua vacina tem 94,5% de efic�cia e planeja produzir 20 milh�es de doses at� o fim de dezembro.

Isto significa que o risco de contrair a covid-19 foi reduzido em 94,5% no grupo vacinado, na compara��o com o grupo placebo de seu grande teste cl�nico em curso nos Estados Unidos, de acordo com a an�lise dos primeiros casos.

Nos testes, 90 participantes do grupo placebo contra�ram covid-19, contra cinco do grupo vacinado.

Ainda n�o foi divulgado quanto tempo dura a imunidade oferecida pela vacina, algo que ser� conhecido apenas com o tempo.

Mas, se este n�vel de efici�ncia for mantido entre a popula��o em geral, esta seria uma das vacinas mais eficazes que existem, compar�vel a da rub�ola, que tem efici�ncia de 97% quando s�o aplicadas duas doses, e muito acima que as vacinas contra a gripe (que oscilaram na �ltima d�cada entre 19% e 60%), de acordo com os Centros de Controle e Preven��o de Doen�as (CDC) dos Estados Unidos.

A vacina da Pfizer teria uma efici�ncia de 90% e a da vacina russa Sputnik V chegaria a 92%, segundo os resultados preliminares comunicados na semana passada.

"� um momento crucial no desenvolvimento da nossa candidata a vacina contra a covid-19", afirmou o CEO da Moderna, St�phane Bancel.

"Esta an�lise intermedi�ria positiva resultante do nosso teste de fase 3 nos d� as primeiras indica��es cl�nicas de que nossa vacina pode prevenir a doen�a da covid-19, incluindo a forma grave", completou.

Nenhum paciente grave de covid-19 foi registrado entre as pessoas vacinadas, contra 11 do grupo placebo, de acordo com o comunicado da empresa de biotecnologia.

A Moderna informou que entre 9% e 10% das pessoas vacinadas sofreram efeitos colaterais depois que receberam a segunda dose, como cansa�o, dor muscular, ou irrita��es perto do ponto da vacina��o.

Os resultados ainda n�o foram, por�m, avaliados por cientistas independentes. Mais de 30.000 participantes integram o teste cl�nico em larga escala, chamado de fase 3 e que come�ou em julho.

A empresa de biotecnologia pretende solicitar uma autoriza��o para o lan�amento da vacina no mercado "nas pr�ximas semanas" nos Estados Unidos, onde as doses j� come�aram a ser produzidas.

A vacina tamb�m deve come�ar a ser produzida at� o fim do ano pelo grupo Lonza, na Su��a.

Se a vacina for aprovada pela Ag�ncia de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos, a velocidade do desenvolvimento seria uma proeza cient�fica, menos de um ano depois do prov�vel surgimento do v�rus na China.

- 20 milh�es de doses em 2020 -

Foram necess�rios nove anos na d�cada de 1950 para desenvolver e autorizar a vacina contra a rub�ola. Na �ltima d�cada, a dura��o m�dia do desenvolvimento para as 21 vacinas aprovadas pela FDA foi de oito anos, segundo um estudo publicado pela revista Jama.

A Ag�ncia Europeia de Medicamentos (EMA) estabeleceu um procedimento acelerado, com o qual pode examinar os dados de seguran�a e efici�ncia das vacinas conforme as informa��es v�o aparecendo, antes, inclusive, de o fabricante apresentar um pedido de autoriza��o.

O projeto da Moderna se tornou, nesta segunda-feira, o terceiro submetido � "an�lise cont�nua", depois das pesquisas de Oxford/AstraZeneca e Pfizer/BioNTech em outubro.

A vacina da Moderna � aplicada em duas inje��es com um intervalo de quatro semanas. Deve ser transportada a -20�C, mas pode ser conservada depois de descongelada em um refrigerador (2�C a 8�C) durante 30 dias.

Foi desenvolvida de forma conjunta com o Instituto Nacional de Alergias e Doen�as Infecciosas, um organismo de pesquisa p�blico que � dirigido por Anthony Fauci.

A vacina se fundamenta em uma tecnologia recente (a Moderna foi criada em 2010), que nunca havia sido testada at� agora: o RNA mensageiro. Instru��es gen�ticas penetram diretamente nas c�lulas humanas, que s�o reprogramadas para que fabriquem um ant�geno do coronav�rus e provoquem uma resposta do sistema imunol�gico.

Para a Moderna, que recebeu US$ 2,5 bilh�es de verba p�blica do governo dos Estados Unidos e prometeu 100 milh�es de doses a Washington, incluindo 15 milh�es at� o fim de dezembro, os resultados s�o o ponto alto de dez anos de pesquisas que, at� agora, n�o haviam conseguido superar as fases iniciais dos testes cl�nicos.

A empresa de biotecnologia, com sede em Cambridge (Massachusetts), foi a primeira a testar uma vacina em humanos, em 16 de mar�o, apenas dois meses depois do sequenciamento do novo coronav�rus por cientistas chineses.

A Moderna tamb�m assinou contratos com os governos do Canad�, Su��a, Jap�o, Israel e Catar e est� em negocia��es com Uni�o Europeia, Reino Unido e o programa internacional Covax.

A empresa pretende produzir 20 milh�es de doses este ano, e entre 500 milh�es e um bilh�o em 2021, gra�as a seus centros de produ��o e colabora��es industriais nos Estados Unidos, Su��a e Espanha.


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