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Estado de Minas

Pfizer e Moderna, duas vacinas de um novo tipo contra a covid-19


16/11/2020 14:01

A tecnologia do RNA mensageiro das vacinas desenvolvidas contra a covid-19 pelos laborat�rios Pfizer/BioNTech e Moderna, cujos ensaios cl�nicos apresentaram grande efic�cia, � recente e nunca havia sido testada antes. A pandemia foi uma oportunidade de ouro para coloc�-la em pr�tica.

Todas as vacinas t�m o mesmo objetivo: treinar o sistema imunol�gico para que reconhe�a o coronav�rus e aumente suas defesas de forma preventiva, para neutralizar o v�rus real de produzir o cont�gio.

As vacinas convencionais podem ser elaboradas a partir de v�rus inativos (como poliomelite ou gripe), atenuados (sarampo, febre amarela) ou simplesmente prote�nas chamadas ant�genos (hepatite B).

Mas com a da Pfizer e seu s�cio alem�o BioNTech, assim como com a da americana Moderna, fitas de instru��es gen�ticas denominadas RNA mensageiro, ou seja, a mol�cula que diz �s nossas c�lulas o que fazer, s�o injetadas no corpo.

Cada c�lula � uma minif�brica de prote�nas, de acordo com as instru��es gen�ticas contidas no DNA de seu n�cleo.

O RNA mensageiro da vacina � fabricado em laborat�rio. Atrav�s da vacina, ele � inserido no corpo e assume o controle deste maquin�rio para fabricar prote�nas ou ant�genos espec�ficos do coronav�rus: suas "esp�culas", aquelas pontas t�o caracter�sticas que ficam em sua superf�cie e permitem aderir-se �s c�lulas humanas para penetr�-las.

Essas prote�nas, inofensivas por si s�, ser�o liberadas por nossas c�lulas ap�s receberem as instru��es da vacina, e o sistema imunol�gico produzir� anticorpos em resposta. Esses anticorpos permanecer�o de guarda durante muito tempo - segundo se espera -, com o poder de reconhecer e neutralizar o coronav�rus caso nos contagie.

Em nenhum momento o v�rus SARS-CoV-2 � injetado, ou sequer inativado. O RNA n�o pode se integrar no genoma humano.

- Armazenamento ultrafrio -

A vantagem � que com este m�todo n�o h� a necessidade de cultivar um pat�geno no laborat�rio, porque � o organismo quem executa a tarefa. � por este motivo que essas vacinas s�o desenvolvidas mais rapidamente. N�o � preciso c�lulas ou ovos de galinha (como com as vacinas contra a gripe) para fabric�-las.

Com as vacinas de RNA, "tudo o que se precisa � a sequ�ncia" do ant�geno, disse � AFP David Weissman, um imunologista que inventou uma t�cnica aperfei�oada em meados da d�cada de 2000 que moldou o caminho para esta tecnologia. Agora ele � consultor da BioNTech.

"As vacinas de RNA t�m a interessante caracter�stica de poderem ser produzidas com muita facilidade e em quantidades muito grandes", resume Daniel Floret, vice-presidente do Comit� T�cnico de Vacinas da Alta Autoridade de Sa�de da Fran�a.

A desvantagem � que esta vacina, envolvida em uma c�psula lip�dica protetora, deve ser armazenada a uma temperatura muito baixa porque o RNA � fr�gil.

A da Pfizer exige -70 �C, uma temperatura muito mais baixa que a oferecida pelos freezers convencionais, o que obrigou o grupo a desenvolver recipientes espec�ficos, cheios de gelo seco, para distribuir as doses.

A da Moderna � armazenada a -20 �C, o que exigir� a manuten��o das temperaturas baixas desde a f�brica at� as farm�cias.

As vacinas de DNA, por outro lado, podem ser armazenadas a uma temperatura ambiente porque o DNA � muito resistente.

At� o momento, nenhuma vacina de DNA ou RNA foi aprovada para humanos. Existem vacinas de DNA para uso veterin�rio: cavalos, cachorros, salm�es...

A covid-19 deu um grande impulso para essa tecnologia que, se aprovada, pode abrir o caminho para outros tratamentos.

Moderna, uma empresa de biotecnologia fundada em 2010 e que ainda n�o tem nenhum produto autorizado, recebeu US$ 2,5 bilh�es do governo dos Estados Unidos para desenvolver a vacina e produzir 100 milh�es de doses.

A BioNTech foi fundada em 2008 com a ambi��o, ainda vigente, de criar tratamentos contra o c�ncer sob medida. A Moderna desenvolve h� anos vacinas contra o Zika, o v�rus de Epstein-Barr (mononucleose) e o v�rus respirat�rio sincicial (bronquiolite), o citomegalov�rus (que pode apresentar um risco para eo feto), ou simplesmente contra a gripe.


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