Da Europa aos Estados Unidos, os pa�ses est�o se preparando para campanhas em massa ap�s o an�ncio de uma nova vacina com uma efic�cia de quase 95% contra a covid-19, mas as restri��es continuam diante de uma pandemia galopante, como demonstrado pela �ustria, reconfinada a partir desta ter�a-feira (17).
Nos Estados Unidos, de Nova York, no leste, a Seattle, no oeste, estados e cidades voltaram a impor medidas nos �ltimos dias para tentar conter a segunda onda do coronav�rus. O n�mero de casos no pa�s, com mais mortes no mundo, ultrapassa 11 milh�es, com mais de 247 mil �bitos.
O presidente eleito Joe Biden alertou que "mais pessoas podem morrer" se Donald Trump - que ainda n�o reconheceu sua derrota nas elei��es nas quais disputava um segundo mandato - se recusar a cooperar com a equipe de transi��o em uma resposta nacional � covid-19, incluindo a r�pida distribui��o de vacinas.
As esperan�as globais de superar a pandemia de covid-19 aumentaram na segunda-feira, quando o laborat�rio americano Moderna disse que sua vacina experimental mostrou quase 95% de efic�cia. Uma semana antes, a farmac�utica Pfizer, tamb�m dos Estados Unidos, e a alem� BioNTech afirmaram que sua vacina, tamb�m em fase experimental, tinha 90% de efic�cia.
Nos Estados Unidos, as duas vacinas poder�o ser autorizadas pela ag�ncia reguladora de medicamentos (FDA) na primeira quinzena de dezembro, informou Moncef Slaoui, gerente cient�fico da Opera��o "Warp Speed" (velocidade m�xima), criada por Trump para imunizar a popula��o americana.
Isso permitiria que 20 milh�es de americanos fossem vacinados, com prioridade para idosos e em situa��o de risco, a partir da segunda quinzena de dezembro, e depois outros 25 milh�es por m�s a partir de janeiro, disse.
O diretor da Moderna, St�phane Bancel, disse � AFP que "v�rios milh�es de doses" de vacinas j� foram fabricados nos Estados Unidos para os americanos.
Quanto � Europa, no dia 24 de agosto foram anunciadas "negocia��es avan�adas" com a Comiss�o Europeia para a compra de 80 milh�es de doses, mas nenhum compromisso concreto foi assinado.
Bancel alertou os europeus que essa "demora" pode atrasar as entregas, j� que os pa�ses que assinaram antes ter�o prioridade.
A Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) celebrou as not�cias "encorajadoras" sobre as vacinas, mas alertou que uma disponibilidade generalizada estaria a meses de dist�ncia e expressou preocupa��o com o aumento de casos em muitos pa�ses.
- Fran�a espera por janeiro -
Na Fran�a, o governo "se prepara para distribuir uma vacina contra a covid-19" a partir de janeiro, caso seja aprovada, e para isso previu um or�amento de 1,5 bilh�o de euros para 2021, disse nesta ter�a-feira o porta-voz do governo Gabriel Attal.
O pa�s superou os dois milh�es de casos registrados de covid-19 nesta ter�a-feira, mas, segundo o diretor-geral da Sa�de da Fran�a, J�r�me Salomon, "os esfor�os coletivos est�o come�ando a dar frutos" e a "epidemia est� diminuindo".
Na vizinha B�lgica, o governo anunciou sua inten��o de aplicar futuras vacinas gratuitamente a pelo menos 70% da popula��o, ou 8 milh�es de pessoas.
Apesar do otimismo trazido pelo an�ncio da Moderna, as medidas de restri��o continuam na Europa, onde mais de 15 milh�es de casos de covid-19 foram registrados desde o in�cio da pandemia.
A �ustria come�ou um segundo bloqueio nesta ter�a-feira, com o fechamento de escolas e lojas n�o essenciais e uma chamada para ficar em casa at� 6 de dezembro, duas semanas ap�s um bloqueio parcial que n�o deu resultados.
O n�mero de casos disparou no pa�s de 8,9 milh�es de habitantes, chegando a 10.000 infec��es di�rias na semana passada.
Na Alemanha, onde um forte aumento de infec��es foi observado por v�rias semanas, a chanceler Angela Merkel pediu aos residentes que reduzissem os contatos ao m�nimo.
- Recorde de mortes na R�ssia -
A pandemia tamb�m atinge fortemente a R�ssia, que registrou um recorde di�rio de 442 mortes nesta ter�a-feira, � medida que piora nas regi�es, com muitos hospitais e necrot�rios lotados.
O presidente russo, Vladimir Putin, pediu ao grupo de pa�ses do BRICS (Brasil, R�ssia, �ndia, China, �frica do Sul) que se unissem para produzir em massa as vacinas produzidas pela R�ssia, sem detalhar os termos comerciais da proposta.
Al�m das vacinas Pfizer / BioNTech e Moderna, a R�ssia afirma ter 92% de efic�cia em sua vacina Sputnik V, atualmente em fase 3 de testes cl�nicos.
Na It�lia, onde ocorrem mais de 500 mortes di�rias por covid-19, as autoridades de sa�de indicaram nesta ter�a-feira que inspecionaram mais de 230 lares para idosos e em 37 deles encontraram infra��es. Nestes estabelecimentos, houve aumento das infec��es desde o in�cio de novembro.
A pandemia causou mais de 1.330.000 mortes desde o final de dezembro, segundo uma contagem da AFP nesta ter�a-feira.
A Am�rica Latina e o Caribe, com 12.103.032 infec��es e mais de 425.000 mortes, � a regi�o com o maior n�mero de mortes no mundo.