O presidente da Argentina, Alberto Fern�ndez, denunciou neste s�bado (21) na c�pula do G20 os "n�veis alarmantes de desigualdade" no mundo e pediu "coopera��o e solidariedade" diante da pandemia.
"O mundo caminha para n�veis alarmantes de desigualdade (...) A pandemia exp�s essa desigualdade, que devemos atacar para viver em um mundo mais equilibrado", disse o presidente argentino em discurso por videoconfer�ncia na c�pula, que este ano est� sendo organizada virtualmente pela Ar�bia Saudita devido � pandemia.
O encontro de dois dias entre os pa�ses mais ricos do mundo come�ou neste s�bado com uma agenda dominada pelos esfor�os para conter o coronav�rus e suas devastadoras consequ�ncias econ�micas, incluindo a d�vida.
"Coopera��o e solidariedade s�o dois elementos-chave para combater a pandemia", disse Fern�ndez, destacando que seu pa�s est� realizando testes cl�nicos de fase 3 de tr�s poss�veis vacinas.
Fern�ndez tamb�m garantiu que "produziremos a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford que ser� distribu�da equitativamente de 150 a 250 milh�es de doses aos pa�ses latino-americanos".
A Argentina soma 1,3 milh�o de infec��es por coronav�rus, com cerca de 36.000 mortes desde mar�o, de um total de 44 milh�es de habitantes.
Debater as d�vidas tamb�m est� na agenda da c�pula do G20 diante do colapso de seu financiamento externo para os pa�ses mais pobres, no contexto da pandemia.
Na semana passada, os ministros das finan�as do grupo concordaram com uma "estrutura comum" para aliviar esse fardo, envolvendo a China e credores privados pela primeira vez.
Nesse sentido, Fern�ndez assegurou em seu discurso que o pa�s fez "um enorme esfor�o fiscal" que "temos que come�ar a regularizar no futuro, e para isso � muito importante a a��o do mundo e dos organismos internacionais de cr�dito".
Na sexta-feira, O ministro da Economia argentino, Mart�n Guzm�n, pediu aos hom�logos do G20 "apoio" nas negocia��es do pa�s com o Fundo Monet�rio Internacional (FMI).
Uma miss�o do FMI, que chegou � Argentina no dia 10 de novembro e terminou sexta-feira, estudou como implantar um novo programa para substituir o acordo "Stand-By", assinado em 2018 pelo governo do ex-presidente Mauricio Macri por cerca de 57 bilh�es de d�lares.
Depois de se eleito em dezembro de 2019, o presidente de centro-esquerda Alberto Fern�ndez renunciou �s parcelas pendentes, pelas quais a Argentina recebeu apenas 44 bilh�es de d�lares.