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Estado de Minas

Alemanha pede mais restri��es para frear uma pandemia que afeta sa�de e direitos


09/12/2020 11:31

A chanceler alem�, Angela Merkel, admitiu nesta quarta-feira (9) que as restri��es em vigor n�o s�o suficientes para reduzir o n�mero de mortes e cont�gios de uma pandemia que, al�m de �bitos e da crise econ�mica, est� mostrando as fragilidades da sociedade e serve de pretexto para violar direitos fundamentais - advertiu a ONU.

Nesta quarta-feira, Merkel pediu restri��es mais severas para conter o n�mero de mortes e cont�gios por coronav�rus no pa�s, que registrou nas �ltimas 24 horas 590 v�timas fatais por covid-19 e tem uma m�dia de 20.000 novos casos di�rios.

"H� muito contato" entre as pessoas, afirmou a chanceler, que considerou "apropriadas" as propostas de um grupo de especialistas que defendem o fechamento entre o Natal e meados de janeiro de todos os estabelecimentos n�o aliment�cios e tamb�m das escolas.

"Lamento muito, mas pagar um pre�o di�rio de 590 mortes, do meu ponto de vista, n�o � algo aceit�vel", acrescentou.

A pandemia provocou mais de 1,5 milh�o de mortes em todo mundo e 68 milh�es de cont�gios, mais de 20 milh�es deles na Europa, desde que foi detectado pela primeira vez no fim de 2019, conforme balan�o da AFP com base em dados oficiais.

- 100 milh�es em 100 dias -

Nos Estados Unidos, pa�s mais afetado do mundo pela doen�a, com 286.000 �bitos e mais de 15 milh�es de cont�gios, o presidente eleito, Joe Biden, prometeu que seu futuro governo vacinar� ao menos 100 milh�es de cidad�os nos primeiros 100 dias no cargo.

Tamb�m durante os 100 dias, o presidente eleito ordenar� o uso obrigat�rio de m�scara em todos os locais sob sua autoridade, de edif�cios federais at� os trens, e recomendar� a governadores e prefeitos que fa�am o mesmo.

Biden advertiu, no entanto, que os esfor�os de vacina��o "v�o desacelerar e estagnar", se o Congresso n�o chegar a um acordo para aprovar um pacote de est�mulo para a economia.

Em caso contr�rio, "milh�es de americanos podem esperar meses para receber a vacina", disse.

Analistas preveem que a ag�ncia reguladora dos Estados Unidos autorizar� o uso em car�ter emergencial das vacinas Pfizer-BioNTech e do laborat�rio Moderna nos pr�ximos dias.

Na ter�a-feira, o presidente Donald Trump assinou um decreto para estabelecer a prioridade aos americanos antes de enviar vacinas para outros pa�ses.

Atualmente, h� 51 vacinas potenciais, 13 delas na etapa final dos testes cl�nicos, segundo a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS). Tr�s delas est�o particularmente avan�adas: a da Pfizer/BioNTech, a da Moderna e a desenvolvida pela AstraZeneca e a universidade brit�nica de Oxford.

O Reino Unido se tornou na ter�a-feira o primeiro pa�s ocidental a iniciar uma campanha de vacina��o em larga escala. Margaret Keenan, uma idosa de 90 anos, foi a primeira a receber a vacina da Pfizer/BioNTech no pa�s mais enlutado da Europa, com 62.000 mortos.

R�ssia e China tamb�m come�aram a vacinar uma pequena parte da popula��o com vacinas produzidas localmente.

Na China, que registrou os primeiros casos de coronav�rus h� um ano, a cidade de Wuhan (centro) organizou nas �ltimas horas testes em mais de 250.000 pessoas, depois que um pequeno n�mero de casos foi detectado na cidade de Chengdu (sul).

- As fragilidades da sociedade -

Al�m de mais de 1,5 milh�o de mortes e de uma crise financeira com efeitos ainda incertos, a pandemia tamb�m "deixou em descoberto todas as fissuras e fragilidades das nossas sociedades" e colocou o respeito dos direitos fundamentais nas cordas, lamentou a alta comiss�ria para os direitos humanos da ONU, Michelle Bachelet, nesta quarta-feira.

"O ano de 2020 causou estragos n�o apenas em todas as regi�es e pa�ses, mas tamb�m no conjunto dos nossos direitos econ�micos, sociais, culturais, civis, ou pol�ticos", disse Bachelet em Genebra, considerando que a pandemia mostrou o fracasso do sistema na hora de defender esses direitos.

"A covid-19 revelou nossa incapacidade para fazer respeitar esses direitos, n�o apenas porque n�o conseguimos fazer isso, mas porque descuidamos, ou decidimos n�o fazer", insistiu.

A alta comiss�ria tamb�m denunciou a incapacidade dos pa�ses de investirem em seus sistemas de sa�de, a rea��o tardia � pandemia, ou a falta de transpar�ncia sobre sua propaga��o.

"Politizar uma pandemia desta maneira � mais do que irrespons�vel, � totalmente censur�vel", acrescentou a ex-presidente chilena.

Tamb�m nesta quarta-feira, a ONG International IDEA destacou que seis em cada dez pa�ses no planeta adotaram medidas problem�ticas em termos de direitos humanos, ou das normas democr�ticas sob o pretexto de controlar a pandemia.

O estudo conclui que 61% das na��es adotaram medidas consideradas "ilegais, desproporcionais, sem limite de tempo, ou desnecess�rias", em ao menos uma esfera relativa �s liberdades democr�ticas.

Al�m disso, v�rias ONGs e for�as policiais advertiram que os jovens privados da escola e os predadores trancados em suas casas pela pandemia criaram um coquetel explosivo que provocou um grande aumento no abuso sexual on-line contra crian�as em todo mundo.

Em um panorama desolador, a ONU afirmou nesta quarta-feira que a previs�o de aquecimento do planeta continua sendo superior aos 3�C, bem distante, portanto, dos objetivos do Acordo de Paris sobre o Clima, apesar da redu��o das emiss�es de di�xido de carbono durante a pandemia de coronav�rus.


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