Biden diz que buscar� 'acabar com as guerras eternas' dos EUA

O democrata Joe Biden, presidente eleito dos Estados Unidos, afirmou nesta quarta-feira, 9, que buscar� "acabar com as guerras eternas" do pa�s e fazer com que o uso da for�a sempre seja "a �ltima ferramenta", ao opinar que o Pent�gono deve se concentrar mais nos "objetivos do futuro"

Biden se pronunciou ao apresentar formalmente o nome que escolheu para chefiar o Pent�gono, o general reformado Lloyd Austin, que, se confirmado pelo Senado, se tornar� o primeiro secret�rio de Defesa negro da hist�ria do pa�s.

"Temos de acabar com as guerras eternas e garantir que o uso da for�a seja a �ltima ferramenta � qual podemos recorrer", disse Biden durante ato na cidade de Wilmington, no Estado do Delaware.

O democrata n�o se referiu explicitamente � Guerra no Afeganist�o, a mais longa da hist�ria dos Estados Unidos, nem �s outras miss�es dos EUA em pa�ses como Som�lia, S�ria e Iraque.

O atual presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a retirada das tropas americanas de todos esses pa�ses, com a inten��o de deixar apenas 2,5 mil soldados no Afeganist�o ao deixar o poder em janeiro, o mesmo n�mero de soldados que permanecer�o no Iraque.

Durante o evento, tanto Biden como Austin citaram a "reconstru��o" das alian�as tradicionais dos EUA como prioridade e mencionaram Europa, �sia e Pac�fico.

"Acho que os Estados Unidos s�o mais fortes quando trabalham com seus aliados. Se eu for confirmado (pelo Senado), assumirei esse importante trabalho", prometeu Austin.

Entre 2013 e 2016, o general de quatro estrelas foi chefe do Comando Central, encarregado das opera��es em Iraque, Afeganist�o, I�men e S�ria, na maioria dos pa�ses onde os EUA est�o ou estiveram em guerra.

Entretanto, Austin enfrenta um obst�culo para entrar no gabinete de Biden: ele s� est� fora das For�as Armadas h� quatro anos, e a lei dos EUA exige que pelo menos sete anos tenham se passado antes que o militar aposentado possa assumir posi��es no governo.

Biden pediu que o Congresso conceda uma exce��o a Austin, que ter� de ser votada na C�mara dos Deputados e no Senado e foi concedida pela �ltima vez ao primeiro secret�rio de Defesa de Trump em 2017, James Mattis. "Eu n�o pediria esta exce��o se n�o achasse que este momento da hist�ria a exigisse", disse Biden.

Gabinete de 'primeiros'

O democrata prometeu nomear um Gabinete que reflita a diversidade da Am�rica e seus indicados at� agora inclu�ram v�rios "primeiros", incluindo Janet Yellen, que seria a primeira secret�ria do Tesouro do pa�s, e Alejandro Mayorkas, que seria o primeiro imigrante a dirigir o Departamento de Seguran�a Interna.

"Eu chego a este novo papel como l�der civil - com experi�ncia militar, com certeza - mas tamb�m com um profundo apre�o e rever�ncia pela sabedoria prevalecente do controle civil de nossos militares", disse Austin, nesta quarta-feira.

Um homem intensamente reservado, Austin evitou os holofotes durante uma distinta carreira de quatro d�cadas em uniforme. Sua nomea��o ocorre ap�s um ano de avalia��o nos EUA sobre o racismo sist�mico e a injusti�a ap�s uma s�rie de assassinatos de negros americanos pela pol�cia, e muitos clamam por uma maior diversidade na lideran�a das For�as Armadas, cujo primeiro escal�o tem sido predominantemente branco. (COM AG�NCIAS INTERNACIONAIS)