As autoridades brit�nicas anunciaram nesta quarta-feira (23) que identificaram dois casos de outra variante do coronav�rus, "altamente preocupante" por ser "mais contagiosa", vinda da �frica do Sul, pa�s ao qual impuseram "imediatamente" restri��es a viagens.
Esta cepa sul-africana "parece ter sofrido mais muta��es do que a nova variante identificada no Reino Unido", disse o ministro da Sa�de brit�nico, Matt Hancock.
Pela primeira vez desde domingo, ve�culos com passageiros foram autorizados a cruzar o Canal da Mancha e chegaram na ter�a-feira � noite ao porto franc�s de Calais, procedentes de Dover, sudeste da Inglaterra.
Mas os caminhoneiros poloneses em Dover, parados � espera de um teste negativo de covid-19, expressaram frustra��o. "Estamos aqui h� dois dias, sem banho, �gua para beber ou comida", relatou Paytricia Szeweczyk, m�e de duas meninas, manifestando sua "raiva da Fran�a".
Laurent Beghin, por outro lado, protestou contra a atitude das autoridades. "J� disse ao meu patr�o que n�o vale a pena me mandar de novo para a Inglaterra. Trataram a gente como animais", lamentou.
- Rotas interrompidas -
"Finalmente", comemorou um passageiro do trem Eurostar na esta��o do norte de Paris. O trem que chegou �s 12h47 locais (08h47 de Bras�lia) foi o primeiro procedente de Londres a entrar na capital francesa em dois dias.
Fran�a, B�lgica, Holanda e Rep�blica Checa autorizaram nesta quarta o retorno, a partir do Reino Unido, de seus cidad�os e residentes em seu territ�rio, ou na Uni�o Europeia (UE), desde que apresentem um resultado negativo de exame da covid-19.
Do lado brit�nico, os donos de restaurantes est�o sofrendo. � o caso de Pascal Aussignac, um chef com estrela Michelin que mora em Londres h� 22 anos e conta com as vendas do Natal para recuperar sua sa�de financeira ap�s um ano calamitoso devido � pandemia.
"Tenho cinquenta frangos e patos esperando do lado franc�s, nunca chegar�o a tempo para a ceia de Natal", disse ele � AFP na ter�a-feira. Os restaurantes tiveram que fechar na semana passada, durante a crucial temporada natalina.
Uma boa not�cia do Reino Unido: dados da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmac�utica AstraZeneca foram submetidos � autoridade reguladora, abrindo caminho para sua valida��o, anunciou o ministro Hancock.
O Reino Unido j� aprovou uma primeira vacina, a da Pfizer e a BioNTech, aplicada desde o in�cio do m�s �s popula��es mais vulner�veis.
O Canad�, por sua vez, anunciou que autorizou a vacina da Moderna ap�s dar luz verde � Pfizer-BioNTech em 9 de dezembro.
A Alemanha, que como dezenas de pa�ses tamb�m cortou as conex�es com o pa�s, n�o anunciou mudan�as em suas restri��es, previstas para vigorarem at� 6 de janeiro. A Espanha permite o retorno apenas de seus cidad�os.
- Reuni�o da OMS -
Neste contexto, a divis�o europeia da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) organizava nesta quarta-feira uma reuni�o para discutir estrat�gias para tratar a variante do coronav�rus.
A campanha de vacina��o na UE come�ar� no domingo, depois que a Ag�ncia Europeia de Medicamentos (EMA) aprovou na segunda-feira a vacina da
Nesta quarta-feira, a Su��a come�ou a imuniza��o: uma idosa de mais de 90 anos da comuna de Lucerna foi a primeira pessoa a receber a vacina na Europa continental. O Reino Unido iniciou a vacina��o h� duas semanas.
A Irlanda voltar� a se confinar entre 24 de dezembro e 12 de janeiro, com algumas exce��es no Natal.
- Trump rejeita plano de apoio econ�mico -
Nos Estados Unidos, pa�s mais afetado do planeta em n�mero de mortes (322.849) e de infec��es (mais de 18 milh�es), o presidente Donald Trump rejeitou na ter�a-feira a lei de al�vio econ�mico aprovada ap�s meses de �rduas negocia��es pelo Congresso para atender � crise provocada pela pandemia e exigiu uma s�rie de "emendas".
"Realmente � uma desgra�a", disse Trump, que criticou a ajuda a fam�lias, nas quais h� pessoas em situa��o irregular no pa�s, assim como a inclus�o de recursos para outros temas, ao mesmo tempo em que pediu o aumento da ajuda �s pessoas mais necessitadas, estipulada em 600 d�lares e que ele quer ampliada para US$ 2.000.
O presidente eleito Joe Biden afirmou, por sua vez, que no pr�ximo ano pedir� ao Congresso que adote um novo plano de ajuda � economia do pa�s.
O M�xico - o quarto pa�s com mais mortes, atr�s dos Estados Unidos, Brasil e �ndia - anunciou que come�ar� a vacinar sua popula��o nesta quinta-feira com o f�rmaco da Pfizer e BioNTech.
Na Am�rica Latina e no Caribe, quase 490 mil pessoas morreram em decorr�ncia da covid-19 e mais de 14,8 milh�es foram infectadas.
O Minist�rio da Sa�de da Argentina autorizou "em car�ter de emerg�ncia" a vacina russa Sputnik V, cujo primeiro carregamento est� previsto para chegar nesta quinta ao pa�s, ap�s a aprova��o da vacina da com quem o governo negocia um acordo de fornecimento.
A pandemia provocou mais de 1,7 milh�o de mortes em todo planeta e quase 78 milh�es de cont�gios, segundo um balan�o da AFP com base em n�meros oficiais dos pa�ses.
LONDRES