Enquanto as autoridades investigam o ocorrido na noite de ter�a-feira, o presidente Sebasti�n Pi�era anunciou um projeto de lei para combater o crime organizado.
O ministro do Interior e da Seguran�a, Rodrigo Delgado, afirmou que estes fatos podem estar ligados a quadrilhas criminosas "relacionadas com a droga, as armas e situa��es il�citas, e que operam impunemente, gerando medo na popula��o".
Em um pa�s pouco habituado a estes fatos, mas onde s�o denunciados h� meses "funerais narco" em caravanas, com m�sica, em plena quarentena pela pandemia em algumas partes de Santiago e do interior do pa�s, o tiroteio de ter�a-feira em uma feira natalina na comuna popular de Maip� chocou a opini�o p�blica.
De um carro em movimento, um homem atirou no meio da multid�o, provocando p�nico em grande n�mero de pessoas que faziam compras de Natal.
Uma mulher de 60 anos morreu e outras cinco pessoas ficaram feridas.
Pi�era pediu ao Congresso para aprovar uma s�rie de leis que aumentem as penas para crimes comuns e anunciou a reda��o do novo projeto de lei que "nos permita combater melhor a associa��o criminosa, o crime organizado, pois � um crime que atua com planejamento, Intelig�ncia e recursos e precisamos combat�-lo com efic�cia".
"O que mais precisa acontecer para que o Congresso apresse de uma vez por todas a agenda de seguran�a, que em alguns casos leva anos no Congresso?", acrescentou o presidente.
Embora os crimes de maior conota��o social tenham cifras decrescentes nos �ltimos anos no Chile, especialistas alertam para o crescente desenvolvimento no pa�s do crime organizado.
"Os dados que temos nos crimes de maior conota��o social mostram um decr�scimo completo durante este ano, devido � pandemia, mas paralelamente o que sim existe � um desenvolvimento de uma presen�a de organiza��es criminosas vinculadas ao tr�fico de drogas em certos territ�rios, onde os n�veis de viol�ncia aumentaram, sobretudo os homic�dios", explicou � AFP a acad�mica da Universidade de Santiago e especialista em temas de seguran�a, Luc�a Dammert.
Para ela, o que aconteceu na Pra�a de Maip� � algo diametralmente oposto ao que est�vamos acostumados no Chile. "N�o � um tiroteio em um territ�rio, mas um tiroteio de um grupo que sai ao espa�o p�blico e atira em pessoas que n�o t�m nada a ver", afirma.
SANTIAGO