Vacinas chegam a uma UE parcialmente confinada e com receio da nova cepa do v�rus

Dizimada, parcialmente confinada e com medo da nova cepa do v�rus que se propaga por v�rios pa�ses, a Uni�o Europeia (UE) recebeu neste s�bado (26) as primeiras doses de suas vacinas contra o coronav�rus, que j� matou mais de 540.000 pessoas na regi�o, e os Estados membros iniciar�o as campanhas no domingo.

Neste s�bado, as t�o aguardadas doses do f�rmaco, produzido pelos laborat�rios Pfizer (EUA) e BioNTech (Alemanha), foram entregues em hospitais de v�rios pa�ses, como Fran�a, Espanha e It�lia.

Como j� aconteceu nos Estados Unidos, Reino Unido, Chile, Su��a, Costa Rica e M�xico, as primeiras doses ser�o aplicadas em idosos e profissionais da sa�de. Cada pa�s estabelecer� suas prioridades.

As vacinas, um dos bens mais apreciados do momento em todo o planeta, chegam aos pa�ses em caminh�es frigor�ficos que partiram da f�brica da Pzifer em Puurs, nordeste da B�lgica, e s�o escoltadas pelas for�as de seguran�a.

Na Espanha, um caminh�o levou transportou um carregamento ao centro de armazenamento da Pfizer em Guadalajara.

As autoridades do pa�s, que registrou mais de 50.000 mortes provocadas pelo novo coronav�rus, esperam vacinar at� junho do pr�ximo ano entre 15 e 20 milh�es de pessoas, de uma popula��o de 47 milh�es.

Na It�lia, onde as vacinas chegaram na sexta-feira, a primeira vacinada ser� uma enfermeira de 29 anos em um hospital de Roma. Na regi�o norte tamb�m ser� imunizada Annalisa Malara, a m�dica que identificou o paciente zero do pa�s.

A It�lia � a na��o mais enlutada na Europa por esta pandemia, com 71.000 �bitos, mas de acordo com as pesquisas apenas 57% da popula��o pretende ser vacinada.

Os cientistas calculam que imunidade coletiva ser� alcan�ada quando entre 75 e 80% da popula��o estiver vacinada.

Na Fran�a, onde mais de 62.000 pessoas morreram v�timas da covid-19, as primeiras doses ser�o aplicadas em duas casas de repouso.

"Esta vacina � a chave que permitir� que retomemos as nossas vidas. Esta not�cia deve nos animar", disse o ministro alem�o da Sa�de, Jens Spahn, neste s�bado.

- Nova cepa se propaga -

Depois de uma esp�cie de tr�gua de Natal em que os austr�acos foram autorizados a esquiar, o pa�s inicia neste s�bado o terceiro confinamento.

O governo estabeleceu um toque de recolher at� 24 de janeiro, com algumas flexibiliza��es a partir de 18 de janeiro para quem for submetido a um teste de ant�genos. Novas restri��es tamb�m entram em vigor neste s�bado na Esc�cia e Irlanda do Norte.

Desde 20 de dezembro, os moradores de v�rias regi�es da Inglaterra respeitam um confinamento para tentar frear uma nova variante do v�rus, a princ�pio mais contagiosa, que acelerou as infec��es. Neste s�bado, 24 milh�es de pessoas, ou seja 40% da popula��o, deve permanecer em casa.

Os casos de pessoas contaminadas por esta nova cepa do v�rus continuam sendo detectados em v�rios pa�ses da Europa. Ao menos quatro casos foram registrados em Madri em pessoas que retornaram do Reino Unido ou que tenham rela��o com passageiros procedentes deste pa�s.

Os primeiros casos foram confirmados na sexta-feira na Alemanha e Fran�a.

Ap�s a confirma��o da muta��o do v�rus, que s� pode ser detectada se a sequ�ncia do genoma do v�rus for analisada ap�s um teste de PCR, muitos pa�ses fecharam as portas com o Reino Unido e alguns ainda mant�m as restri��es em suas conex�es a�reas, mar�timas ou terrestres.

A situa��o provocou o caos nos sistemas de abastecimento e grandes engarrafamentos de caminh�es nas fronteiras. Milhares de motoristas passaram o Natal bloqueados em seus ve�culos na �rea do porto ingl�s de Dover. Todos devem apresentar resultado negativo em um teste de covid-19 para entrar na Europa continental.

No momento, a Europa � a regi�o do mundo com propaga��o mais r�pida do v�rus, com a m�dia de 250.000 novos casos por dia na semana passada.

- O "extraordin�rio" �xito da China -

Em todo o mundo, a pandemia matou mais de 1,75 milh�o de pessoas e provocou quase 80 milh�es de cont�gios.

Na China, onde a pandemia teve in�cio nos �ltimos dias de 2019, os dirigentes do Partido Comunista (PCC) celebraram neste s�bado o que chamaram de �xito "extraordin�rio" no combate � covid-19, oficialmente erradicada em seu territ�rio, poucos dias antes da chegada ao pa�s de uma miss�o da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) que tentar� determinar as origens do coronav�rus.

Na Am�rica Latina, a Bol�via anunciou uma acelera��o do n�mero de casos nas principais cidades.

O pa�s registra desde mar�o 153.000 cont�gios e pouco mais de 9.000 mortes por coronav�rus. Nos �ltimos dias, a Bol�via contabilizou mais de 1.000 casos por dia.