"Minhas estimativas s�o de que ultrapassaremos 5 bilh�es de quetzais (cerca de 640 milh�es de d�lares) em danos totais. N�o � s� o que foi danificado, mas tamb�m o que n�o foi faturado", explicou o funcion�rio em entrevista � AFP.
Gramajo especificou que essas s�o estimativas muito preliminares, portanto os valores podem ser aumentados quando a consolida��o for feita.
O setor habitacional foi o mais afetado, especialmente nos departamentos de Alta Verapaz, Izabal, Pet�n, Huehuetenango e Quich� (norte do pa�s), que representam 50% dos danos em termos econ�micos. "Outro setor afetado � a agricultura. Nosso pa�s � dependente (dessa atividade), e aqui os preju�zos s�o de 1.200 bilh�o de quetzais (mais de 154 milh�es de d�lares)", explicou Gramajo.
Os c�lculos incluem n�o s� os danos a casas ou estradas, mas tamb�m em n�vel social, como os custos de deslocamento da popula��o, que deve utilizar vias alternativas devido aos deslizamentos. "Ainda temos que contabilizar os danos � ponte", disse ele.
Com a experi�ncia em avalia��o de danos ap�s o devastador Furac�o Mitch em 1998, a Guatemala utiliza para seus c�lculos a metodologia fornecida pela Comiss�o Econ�mica para a Am�rica Latina e o Caribe (Cepal) e aplicada em diversos pa�ses do continente.
- Ajustando o or�amento-
Em novembro, o Eta e o Iota causaram dezenas de mortes e desaparecimentos na Am�rica Central, al�m de milh�es de perdas econ�micas.
Na Guatemala, as autoridades registraram oficialmente cerca de 150 mortes ou desaparecimentos devido aos fen�menos naturais e o estado de calamidade se mant�m em 10 dos 22 departamentos do pa�s. Gramajo explicou que ainda precisam ser feitas estimativas nos "subsetores de sa�de, turismo, com�rcio e agroind�stria e eletricidade".
Essa situa��o ocorre em tempos de crise pol�tica na Guatemala, que obrigou o governo a cancelar o or�amento de 2021, em meio a cr�ticas por n�o incluir os problemas mais importantes do pa�s. A Guatemala, com 17 milh�es de habitantes, tem mais da metade de sua popula��o vivendo na pobreza.
Para financiar a reconstru��o, "teremos que fazer ajustes or�ament�rios, porque n�o temos mais recursos. Recebemos ofertas do Banco Centro-Americano (Cabei)", disse Gramajo.
- Recorrer ao Fundo Verde-
O Secret�rio de Planejamento tamb�m lembrou que o presidente da Guatemala, Alejandro Giammattei, e seu colega hondurenho, Juan Orlando Hern�ndez, pediram que a Am�rica Central se posicione como a regi�o mais vulner�vel �s mudan�as clim�ticas e tenha acesso a novos canais de financiamento.
"Fala-se nos abundantes fluxos de financiamento do Fundo Verde para o Clima (da ONU), mas pa�ses como o nosso, a Guatemala, n�o os viram, devido �s complica��es no acesso aos fundos", explicou. "Pedimos ao Banco (Cabei) que se torne o gestor de nossos pa�ses perante o Fundo Verde para o Clima e outros", considerou.
CIDADE DA GUATEMALA