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Estado de Minas BUENOS AIRES

Senado da Argentina aprova legaliza��o do aborto at� 14� semana de gesta��o

Medida foi aprovada no Senado por 38 votos a 29, ap�s 12 horas de debate


30/12/2020 07:30 - atualizado 30/12/2020 15:16

(foto: RONALDO SCHEMIDT / AFP)
(foto: RONALDO SCHEMIDT / AFP)
O Senado da Argentina aprovou, na madrugada desta quarta-feira (30/12), a legaliza��o do aborto at� a 14ª semana de gesta��o. J� confirmada na C�mara dos Deputados do pa�s, a medida foi aprovada no Senado por 38 votos a 29, ap�s 12 horas de debate de acordo com a imprensa local, confirmando uma das promessas de campanha do presidente Alberto Fern�ndez.

Fern�ndez, pr�ximo ao papa Francisco, havia declarado h� alguns dias: "Sou cat�lico, mas tenho que legislar para todos. Al�m disso, sou um cat�lico que pensa que o aborto n�o � um pecado".

O governo calcula que sejam realizados entre 370.000 e 520.000 abortos clandestinos por ano no pa�s, de 45 milh�es de habitantes. Desde a restaura��o da democracia, em 1983, mais de 3 mil mulheres morreram devido a abortos feitos sem seguran�a.

De modo paralelo, o Congresso tamb�m aprovou a 'Lei dos 1.000 dias', para dar apoio material e de sa�de �s mulheres de setores vulner�veis que desejam levar adiante a gravidez, de modo que as dificuldades econ�micas n�o representem um motivo para abortar.

Cat�licos e evang�licos


A oposi��o � interrup��o volunt�ria da gravidez, que adotou a cor azul, teve como representantes a Igreja Cat�lica e a Alian�a Crist� de Igrejas Evang�licas, que promoveram grandes manifesta��es nas ruas e missas ao ar livre. 

Segundo uma pesquisa de 2019 sobre cren�as religiosas do Conselho Nacional de Pesquisas Cient�ficas e T�cnicas (Conicet), 62,9% dos argentinos se declaram cat�licos, 18,9% sem religi�o e 15,3% evang�licos.

Outra pesquisa do Conicet, deste ano, mostrou que 22,3% dos cat�licos na Argentina pensam que a mulher deve ter o direito ao aborto se assim desejar, 55,7% acreditam que o aborto deve ser permitido apenas em algumas circunst�ncias e 17,2% rejeitam a medida em todos os casos.

Do lado de fora do Congresso, muitas pessoas contr�rias � aprova��o da lei aguardaram de joelhos o resultado da vota��o, recebido com grande decep��o.

At� agora, o aborto era permitido na Argentina apenas em caso de estupro ou de risco de vida para a mulher, legisla��o em vigor desde 1921. 

A Argentina aprovou o div�rcio em 1987. Depois uma lei de educa��o sexual integral (2006), uma para o matrim�nio igualit�rio (2010) e uma de identidade de g�nero (2012).


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