Toque de recolher refor�ado entra em vigor para 6 milh�es de franceses

O primeiro fim de semana do ano come�a, na Fran�a, com toque de recolher estendido, a partir das 18h (hor�rio local) em alguns departamentos do pa�s, embora se mantenha a partir das 20h para o resto do territ�rio.

Para fazer frente aos preocupantes n�meros epidemiol�gicos da regi�o leste do pa�s e evitar um novo surto da pandemia da covid-19, o toque de recolher est� sendo refor�ado em 15 departamentos.

A partir deste s�bado (2), cerca de seis milh�es de franceses n�o poder�o sair de suas casas depois das 18h (14h em Bras�lia), salvo exce��es.

"Acrescentamos duas horas de toque de recolher. Certamente teremos um impacto na dire��o correta em 15 dias-tr�s semanas, mas provavelmente muito modesto", estimou neste s�bado Fr�d�ric Adnet, chefe do setor de emerg�ncia do Hospital Avicennes, em Bobigny (regi�o de Paris), em entrevista ao canal BFMTV.

Algumas autoridades eleitas no Grande Leste tamb�m exigiram medidas mais restritivas, incluindo reconfinamentos locais.

Alguns s�o, por�m, mais hostis a esta nova medida.

"� uma restri��o adicional que impomos aos nossos comerciantes, �s nossas empresas, que vai deixar a economia um pouco mais moribunda", lamentou Charles-Ange Ginesy, presidente do partido LR (� direita), do departamento dos Alpes Mar�timos (sudeste).

De qualquer forma, � poss�vel que o endurecimento das restri��es n�o pare a�.

"Se a situa��o se deteriorar ainda mais em certos territ�rios, tomaremos as decis�es necess�rias", alertou o porta-voz do governo franc�s, Gabriel Attal, na sexta-feira (1o).

Divulgados na noite de sexta-feira, os �ltimos dados da ag�ncia de sa�de p�blica francesa mostram uma leve queda no n�mero de pacientes hospitalizados e em reanima��o, mas o n�mero de novos casos di�rios ainda � significativo: quase 20.000 nos �ltimos dois dias.

"Os primeiros meses do ano ser�o dif�ceis", com uma pandemia que pesar� "pelo menos at� a primavera" (outono no Brasil), advertiu o presidente franc�s, Emmanuel Macron, na quinta-feira (31), em sua sauda��o de Ano Novo.

Ao mesmo tempo, Macron expressou sua "esperan�a" para 2021 diante da vacina, prometendo que n�o deixar� que "se instale uma lentid�o injustificada". Neste ponto, as cr�ticas ao governo n�o diminuem.