Com mais de 75.000 mortes, o Reino Unido � um dos pa�ses da Europa mais afetados pela covid-19. Quase 55.000 pessoas testaram positivo para a doen�a nas �ltimas 24 horas, superando a marca de 50.000 pelo sexto dia consecutivo, de acordo com os dados oficiais publicados no domingo.
Neste contexto, "as vacinas nos d�o uma sa�da a m�dio prazo", tuitou o principal conselheiro m�dico do governo brit�nico, Chris Whitty.
O pa�s, que j� inoculou quase um milh�o de pessoas com a vacina desenvolvida pela - da qual tamb�m foi o primeiro pa�s a aprovar -, enfrenta uma nova onda de cont�gios desde a descoberta em dezembro de uma nova cepa do coronav�rus, entre 40% e 70% mais transmiss�vel que as anteriores.
"Segundo uma an�lise recente (...), parece que a nova variante j� representa quase metade de todos os novos casos na Esc�cia", afirmou sua primeira-ministra Nicola Sturgeon, ao anunciar a decis�o de "introduzir a partir de meia-noite, durante todo o m�s de janeiro, um requisito legal de permanecer em casa, exceto para finalidades essenciais (...), semelhante ao confinamento de mar�o passado".
Na vizinha Inglaterra, quase 80% da popula��o est� novamente em confinamento e o retorno �s aulas ap�s o recesso de fim de ano foi adiado em muitas regi�es, em particular em Londres e no sudeste do pa�s, especialmente afetados pelo aumento de infec��es.
Os alunos do ensino fundamental e m�dio n�o voltar�o �s salas de aula por uma ou duas semanas, dependendo da situa��o das cidades. A oposi��o trabalhista, no entanto, pressiona o governo do primeiro-ministro conservador Boris Johnson a impor o fechamento de escolas a n�vel nacional.
E Johnson, que at� agora insistiu em manter seu sistema de restri��es locais, acabou reconhecendo nesta segunda-feira que semanas "dif�ceis" se aproximam e que ter� que tomar "medidas mais duras", durante uma visita a um hospital onde se lan�ava a nova vacina.
Seu porta-voz anunciou que o primeiro-ministro far� um discurso ao pa�s pela televis�o hoje � noite, o que gerou temores de um terceiro confinamento total.
- Acelerar a vacina��o -
Neste contexto, a distribui��o da vacina uma "conquista fant�stica" da ci�ncia brit�nica, segundo Johnson, mais barata e f�cil de conservar que o produto da Pfizer, e da qual o pa�s encomendou 100 milh�es de doses, � apontada como o �nico motivo de esperan�a.
Brian Pinker, um aposentado brit�nico de 82 anos que precisa de di�lise por um problema nos rins, recebeu no Hospital Churchill da Universidade de Oxford a vacina "nacional", informou o Servi�o Nacional de Sa�de (NHS), que j� disp�e de 520.000 doses preparadas para distribui��o.
Com o rosto protegido por uma m�scara, Pinker, um ex-funcion�rio do setor de manuten��o da cidade, arrega�ou a manga da camisa diante das c�meras de televis�o para que a enfermeira chefe do Hospital Churchill de Oxford aplicasse a inje��o.
"Estou muito feliz de receber esta vacina de covid hoje e muito orgulhoso que tenha sido desenvolvida em Oxford", afirmou.
"Esta vacina significa tudo para mim, na minha cabe�a � a �nica maneira de recuperar um pouco de vida normal", completou.
Para a enfermeira Sam Foster "foi um verdadeiro privil�gio ter administrado a primeira vacina aqui no Hospital Churchill, a poucas centenas de metros de onde foi desenvolvida".
- Espa�ar as doses -
Brian "foi genial. Estava ansioso para receber. N�o hesitou e disse que n�o sentiu nada ap�s a inje��o. � um grande paciente e um grande defensor desta vacina", completou Foster.
De acordo com os cientistas brit�nicos, a vacina oferece prote��o a partir de 22 dias depois da primeira dose e durante pelo menos tr�s meses.
Por este motivo, e para alcan�ar o maior n�vel poss�vel da popula��o, as autoridades de sa�de inglesas decidiram espa�ar consideravelmente, a at� 12 semanas contra as tr�s inicialmente previstas, a administra��o das duas doses necess�rias.
O ministro da Sa�de, Matt Hancock, afirmou "esperar que superaremos este momento dif�cil nas pr�ximas semanas e meses".
"As chances de que conseguiremos se aceleraram significativamente hoje porque fomos capazes de ser o primeiro pa�s do mundo a injetar esta nova vacina da AstraZeneca", disse � r�dio BBC.
LONDRES