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Estado de Minas PARIS

Primeira observa��o de uma gal�xia distante 'morrendo'


11/01/2021 14:00 - atualizado 11/01/2021 15:02

Os astr�nomos foram capazes de observar pela primeira vez uma gal�xia distante "morrendo" depois de perder cerca de metade do g�s usado para fazer estrelas, de acordo com um estudo divulgado nesta segunda-feira (11).

Dados coletados pelo telesc�pio Alma do Observat�rio Europeu Austral (ESO), no Chile, sugerem que este fen�meno, geralmente atribu�do ao efeito de um buraco negro, � o resultado, neste caso, da colis�o desta gal�xia com uma outra.

"ID2299" est� t�o distante que sua luz levou 9 bilh�es de anos para chegar at� n�s. � observada quando o Universo tinha apenas 4,5 bilh�es de anos.

Esta gal�xia de formato el�ptico "est� passando por um fen�meno bastante extremo, nunca observado a tal dist�ncia", disse � AFP Emanuele Daddi, astrof�sico do Centro de Pesquisa Nuclear de Saclay (que depende do CEA), coautor do estudo publicado na Nature Astronomy e conduzido por Annagrazia Puglizi, da Universidade brit�nica de Durham.

ID2299 "est� expelindo mais da metade de seu g�s, seu combust�vel para a forma��o de estrelas", a um ritmo fenomenal, equivalente � massa de 10.000 s�is por ano, explicou.

E isso enquanto continua a consumir esse mesmo g�s para produzir estrelas em um ritmo muito elevado, com uma massa equivalente a cerca de 550 vezes o nosso sol.

Em compara��o, nossa gal�xia, a Via L�ctea, produz o equivalente a tr�s por ano.

Nessas condi��es, a gal�xia deve se tornar est�ril em algumas dezenas de milh�es de anos, quase nada na escala c�smica.

O estudo lembra que at� agora esse "vazamento" de g�s era explicado pelo efeito dos ventos causados pela forma��o de estrelas ou pela atividade de um buraco negro supermassivo localizado no n�cleo gal�ctico.

Mas "fomos capazes de mostrar que outro mecanismo est� em funcionamento, com uma colis�o de gal�xias (...) que j� ocorreu", segundo Daddi.

Para Chiara Circosta, coautora do estudo e pesquisadora da University College de Londres, citada num comunicado do ESO, a observa��o feita com Alma "lan�a uma nova luz sobre os mecanismos que travam a forma��o de estrelas em gal�xias distantes".

Em astronomia, a observa��o de objetos distantes � como estudar os tempos antigos, quando supomos que gal�xias se formaram.

A descoberta foi feita por sorte, durante a observa��o de Alma de uma centena de gal�xias distantes para estudar as propriedades das nuvens de g�s frio que elas cont�m.

Usando dados coletados em quest�o de minutos, os cientistas conclu�ram que o "vazamento" de g�s era o resultado da fus�o da ID2299 com uma outra.

Essa fus�o "compactou os gases em uma regi�o muito pequena, o que est� produzindo uma explos�o estelar", explicou Daddi.

Mas "como parte do g�s � comprimido, outro escapa, esse � o outro lado", acrescenta.

Esse ritmo de eje��o, que j� esvaziou a gal�xia de 46% de sua massa de g�s molecular, � r�pida demais, "mesmo que medida em dezenas de milh�es de anos", para que g�s suficiente retroceda e que ID2299 recomece a formar estrelas.

Mas e depois? "Voc� nunca sabe o que pode acontecer um bilh�o de anos depois", diz Daddi.


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