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Estado de Minas WASHINGTON

A dias da sa�da de Trump, EUA volta a declarar Cuba 'patrocinador do terrorismo'


11/01/2021 21:15 - atualizado 11/01/2021 21:38

Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira (11), faltando nove dias para a sa�da do poder do presidente Donald Trump, que incluiu novamente Cuba na lista de "Estados patrocinadores do terrorismo", uma medida que Havana denunciou como "oportunismo pol�tico".

Cuba havia sido retirada em 2015 dessa lista, que resulta em san��es econ�micas, pelo antecessor de Trump, o democrata Barack Obama, que considerou que os esfor�os de meio s�culo dos Estados Unidos para isolar a ilha foram um fracasso.

Mas o governo Trump, que desde que assumiu o poder, em 2017, reverteu essa pol�tica de aproxima��o entre Washington e Havana, decidiu reinseri-la enquanto se prepara para transmitir o poder a Joe Biden, ex-vice-presidente de Obama.

"Com esta medida, voltaremos a responsabilizar o governo de Cuba e enviaremos uma mensagem clara: o regime de Castro deve p�r fim ao seu apoio ao terrorismo internacional e � subvers�o da justi�a americana", disse o chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, fazendo refer�ncia ao falecido Fidel Castro e seu irm�o, Ra�l, l�deres da Revolu��o de 1959.

"Durante d�cadas, o governo cubano alimentou, abrigou e forneceu assist�ncia m�dica a assassinos, fabricantes de bombas e sequestradores, enquanto muitos cubanos est�o morrendo de fome, desabrigados e sem rem�dios b�sicos", acrescentou, em um comunicado.

Pompeo destacou a "interfer�ncia maligna" de Cuba na Venezuela e em outros pa�ses da Am�rica Latina.

Ele tamb�m destacou o "apoio" de Havana aos guerrilheiros colombianos do Ex�rcito de Liberta��o Nacional (ELN), que os EUA consideram uma organiza��o terrorista estrangeira, bem como aos dissidentes da extinta guerrilha das For�as Armadas Revolucion�rias da Col�mbia (Farc).

Destacou, em particular, a negativa de Havana em extraditar l�deres do ELN por um atentado com carro-bomba em janeiro de 2019 contra uma academia de pol�cia em Bogot�, que deixou 22 mortos. Cuba se recusou a entreg�-los por seu papel como mediador nas negocia��es de paz entre o ELN e o governo colombiano.

Al�m disso, acusou Cuba de hospedar v�rios fugitivos americanos da justi�a desde os anos 1970, como Joanne Chesimard, Ishmael LaBeet e Charles Lee Hill, entre outros.

- "Oportunismo pol�tico" -

Esta designa��o tem um forte impacto econ�mico para a ilha comunista, visto que restringe o com�rcio e a ajuda externa e exp�e os investidores estrangeiros a ser processados pelos Estados Unidos.

"Voltar a colocar Cuba na lista tamb�m pode afetar o que resta da rela��o comercial, econ�mica e pol�tica entre os Estados Unidos e Cuba e provavelmente afetar as rela��es dos Estados Unidos com pa�ses terceiros", disse John Kavulich, presidente do Conselho Econ�mico e Comercial Estados Unidos-Cuba, que assessora empresas sobre neg�cios na ilha.

S� tr�s pa�ses permanecem nesta lista: Ir�, Coreia do Norte e a S�ria, depois que Trump retirou o Sud�o no m�s passado.

Cuba, que durante o governo Trump viu recrudescer o embargo americano em vigor desde 1962, condenou o que qualificou de "qualifica��o hip�crita e c�nica".

"O oportunismo pol�tico desta a��o � reconhecido por todo aquele que tiver uma preocupa��o honesta diante do flagelo do terrorismo e suas v�timas", reagiu o chanceler cubano, Bruno Rodr�guez, em um tu�te.

O futuro governo de Joe Biden, que tomar� posse em 20 de janeiro, poderia retirar Cuba da lista, mas antes Antony Blinken, indicado para suceder Pompeo, teria que fazer uma revis�o formal, o que significa que a medida pode permanecer em vigor por meses.

A redesigna��o de Cuba � considerada por muitos como uma tentativa de �ltima hora do governo Trump de complicar qualquer inten��o de Biden de reconectar Washington e Havana.

Durante a campanha eleitoral, o democrata disse que buscaria "eliminar as restri��es de Trump �s transfer�ncias de dinheiro e viagens", que prejudicam os cubanos e separam as fam�lias.

Gregory Meeks, o congressista democrata que preside o Comit� de Assuntos Exteriores da C�mara dos Representantes, se disse "indignado" com a decis�o de Trump "menos de uma semana depois de ter incitado um ataque terrorista dom�stico no Capit�lio dos Estados Unidos".

"Durante quatro anos, a pol�cia da administra��o Trump com rela��o a Cuba se centrou em prejudicar o povo cubano", disse Meeks, destacando a "hipocrisia" de Trump e Pompeo.

Em dezembro, Meeks havia dito que a aproxima��o que Obama fez com Cuba conseguiu mudar "d�cadas de pol�tica externa falida" que nem promoveu os objetivos dos Estados Unidos, nem ajudou o povo cubano.


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