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Estado de Minas PARIS

O que � o QAnon, movimento cujos membros participaram da invas�o ao Capit�lio?


13/01/2021 14:08

O movimento conspirat�rio QAnon, agora banido das principais plataformas digitais, nasceu em 2017 nos Estados Unidos entre apoiadores de Donald Trump, que denunciam a exist�ncia de uma suposta "elite" formada por ped�filos adoradores de Satan�s.

Alguns de seus seguidores estiveram presentes na invas�o do Capit�lio em 6 de janeiro.

- O que � o QAnon? -

Em 2016, o caso Pizzagate, um boato segundo o qual uma pizzaria de Washington estava sendo usada como esconderijo para uma elite democrata ped�fila, teve um grande impacto nos c�rculos conspiracionistas e contribuiu para o nascimento da "teoria" QAnon no ano seguinte.

O nome se baseia em um misterioso funcion�rio autodenominado Q, que lutaria para derrubar um "Estado profundo", uma organiza��o de altos funcion�rios do governo envolvidos em redes de pedofilia que buscam estabelecer uma "nova ordem mundial". E apenas o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, seria capaz de frustrar esse plano.

Nas redes sociais, o QAnon "� uma esponja para as teorias da conspira��o. Tudo � aceit�vel, de mitologias antissemitas, 5G, m�scaras, fic��o cient�fica...", e as diferentes teorias se alimentam mutuamente, segundo Tristan Mend�s Fran�a, que leciona culturas digitais na Universidade de Paris.

O QAnon � considerado uma potencial amea�a terrorista nos Estados Unidos desde 2019.

- Como evoluiu desde o seu aparecimento? -

Com a crise da sa�de provocada pela covid-19 e os temores que ela gerou, a teoria americana est� se estabelecendo na Europa, tanto on-line quanto durante manifesta��es contra medidas sanit�rias em Alemanha, Londres e Paris, nas quais slogans do QAnon foram ouvidos.

O per�odo de incerteza, o clima de ansiedade e a queda da confian�a das popula��es em seus governos e institui��es fornecem um terreno f�rtil para essas teorias da conspira��o, dizem especialistas.

Os pesquisadores tamb�m est�o preocupados com os v�nculos recorrentes com a extrema direita.

Mas esse movimento � principalmente americano. Alcan�ou seu cl�max em 6 de janeiro, durante a invas�o do Capit�lio. Manifestantes do QAnon, como Jake Angeli, que j� tinha sido visto v�rias vezes durante os com�cios pr�-Trump, desfilaram dentro do Capit�lio. Angeli, fingindo ser um "soldado digital QAnon", foi preso.

- Quem o apoia? -

Donald Trump sempre se recusou a condenar explicitamente o movimento conspiracionista.

Uma de suas ativistas, Marjorie Taylor Greene, uma clara defensora do QAnon, conquistou um assento no Congresso dos Estados Unidos em 3 de novembro de 2020.

"+Q+ � um patriota", declarou em 2017.

Lauren Boebert, uma candidata do Colorado que participou de v�rios programas online pr�-QAnon, tamb�m foi eleita para a C�mara de Representantes. No entanto, ela disse que se distanciou do movimento.

Cerca de 20 candidatos mais pr�ximos do movimento disputaram as elei��es legislativas de 3 de novembro, como Mike Cargile, na Calif�rnia, ou Antoine Tucker, em Nova York. Mas apenas Taylor Greene e Boebert foram eleitas.

Na Europa, algumas personalidades popularizaram as teses do QAnon, como o cantor alem�o Xavier Naidoo ou Attila Hildmann, um chef vegano que participou das manifesta��es contra o uso de m�scaras em Berlim no in�cio de setembro.

- Qual ser� seu futuro? -

O Facebook afirma que reprimiu os movimentos de conspira��o QAnon, excluindo contas e investindo em um programa de verifica��o de informa��es.

O Twitter anunciou na segunda-feira que havia "suspendido permanentemente" 70 mil contas afiliadas ao movimento para impedi-los de usar a rede social para fins violentos. O an�ncio foi feito depois que a conta do presidente foi permanentemente suspensa sob a acusa��o de incita��o � viol�ncia, ap�s pedir a seus apoiadores que marchassem at� o Capit�lio.

Tristan Mend�s France explica que, privados do Facebook e do Twitter, os apoiadores do QAnon est�o correndo em dire��o a redes alternativas como Parler, Gab ou Telegram.

"O problema � que a mudan�a para essas plataformas radicais exp�e os membros 'mais brandos' do movimento a uma radicaliza��o ainda maior", pontua.

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