
A decis�o de n�o enfrentar os migrantes, segundo um policial, foi tomada ao constatar que no grupo havia muitas fam�lias com menores de idade. Usar g�s lacrimog�neo com crian�as poderia ser fatal, detalhou. Os policiais n�o carregavam armas de fogo.
Os �ltimos migrantes atravessaram a fronteira de forma ordenada e sem muita resist�ncia, e como o resto, ignoraram a exig�ncia de apresenta��o de documentos e um teste negativo para COVID-19.
#CaravanaMigrante2021
%u2014 CoronaVirus Guatemala (@CoronaVirusGT) January 16, 2021
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A crise ap�s a passagem de dois furac�es em novembro e a falta de empregos devido � pandemia agravaram os problemas econ�micos do pa�s, que se somaram � viol�ncia associada �s gangues e ao tr�fico de drogas.
"Meu sonho � chegar aos Estados Unidos, comprar minha casinha porque estou farto de viver de aluguel e de trabalhar para outras pessoas", disse Melvin Fern�ndez, um motorista de t�xi do porto caribenho de La Ceiba, que viaja com sua esposa e tr�s filhos de 10, 15 e 22 anos, ao lado da multid�o.
"Vamos com o cora��o partido. No meu caso, deixo minha fam�lia. Meu marido e meus tr�s filhos ficam"
Jessenia Ram�rez, 36 anos, de Honduras
Diante da situa��o, o governo guatemalteco lamentou a "transgress�o" de sua soberania nacional. "Alguns grupos infringiram os regulamentos atuais e conseguiram passar para nosso territ�rio, violando as disposi��es legais."

Em nota, pediu a Honduras que "contenha a sa�da em massa de seus habitantes, por meio de a��es preventivas de car�ter permanente", apelo que j� havia feito em outubro, quando outra caravana de cerca de 4 mil migrantes foi dissolvida na Guatemala.
Esperan�a em Biden
Ap�s entrar no territ�rio da Guatemala, alguns grupos foram em busca de institui��es de apoio aos migrantes e outros receberam suporte da Cruz Vermelha e do Alto Comissariado das Na��es Unidas para Refugiados (ACNUR)."Vamos com o cora��o partido. No meu caso, deixo minha fam�lia. Meu marido e meus tr�s filhos ficam", disse Jessenia Ram�rez, 36 anos. "Procuramos um futuro melhor, um trabalho para poder enviar alguns centavos" a Honduras, acrescentou.
Barreira no M�xico
A maioria vai a p� e alguns pedem carona. No caminho, ainda encontrar�o v�rios postos de controle da pol�cia na Guatemala antes de chegar � fronteira com o M�xico, que j� anunciou que "n�o permitir� a entrada irregular de caravanas de migrantes" e posicionou 500 agentes em Chiapas e Tabasco, estados da fronteira.Depois de percorrer 450km dentro da Guatemala, a maior parte da caravana tentar� entrar no M�xico pela passagem de Tec�n Um�n, no sudoeste, segundo o Escrit�rio de Migra��es.
Muitos participantes desta caravana est�o convencidos de que o presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, que toma posse no dia 20 de janeiro, ser� mais flex�vel do que seu antecessor, Donald Trump, com as regras de imigra��o. "Biden deveria dar �queles que j� est�o l� uma chance de trabalhar", disse Ram�rez.
Sem tratamento especial
Mas Washington j� descartou a possibilidade de tratamento especial. "N�o desperdice seu tempo e dinheiro e n�o arrisque sua seguran�a e sa�de." "� uma viagem mortal", disse o comiss�rio em exerc�cio da Alf�ndega e Prote��o de Fronteiras (CBP) dos EUA, Mark A. Morgan.O pr�prio Trump estendeu a "emerg�ncia nacional" na fronteira com o M�xico na sexta-feira, imposta pela primeira vez em fevereiro de 2019 para desbloquear fundos e construir seu t�o anunciado muro.´
� necess�ria mais a��o para enfrentar a crise humanit�ria e controlar a migra��o ilegal e o fluxo de narc�ticos e criminosos", disse um comunicado da Casa Branca. Mais de uma d�zia de caravanas, algumas com milhares de migrantes, deixaram Honduras desde outubro de 2018, mas encontraram milhares de militares e guardas posicionados por Trump na fronteira sul dos EUA com o M�xico.
Ainda assim, convocados nas redes sociais, eles insistem nessa longa jornada que, se conclu�da, os far� percorrer mais de 5 mil quil�metros.