Biden assume o comando com o objetivo de unir um pa�s dividido e em crise. Situa��o que se reflete na transfer�ncia de poder, marcada por um esquema de seguran�a rigoroso ap�s o ataque ao Capit�lio na semana passada e pela aus�ncia de Trump, que rompe, assim, com uma tradi��o de 150 anos.
"Eu s� quero dizer adeus, mas espero que n�o seja um adeus de longo prazo", disse Trump a rep�rteres na Casa Branca antes de ele e a primeira-dama Melania Trump caminharem no tapete vermelho e embarcarem no Marine One para a curta viagem de helic�ptero at� a Base Conjunta Andrews.
Depois de deixar a Casa Branca, Trump se despediu em uma cerim�nia militar na base, nos arredores de Washington. Ali, desejou "boa sorte e muito sucesso" ao novo governo, sem citar Biden pelo nome.
"Foram quatro anos incr�veis", disse Trump a assessores, simpatizantes e parentes reunidos na base, ap�s uma sauda��o de 21 tiros e a m�sica "Salute to the Chief".
"Conseguimos muito juntos", disse ele. "Sempre lutarei por voc�s. � minha maior honra e privil�gio ter sido seu presidente".
Antes de partir para a Fl�rida, encorajou seus seguidores, afirmando: "vamos voltar de alguma forma".
A decolagem de Trump no avi�o presidencial Air Force One coincidiu com o in�cio de uma missa que reuniu Biden e l�deres democratas e republicanos do Congresso antes da transfer�ncia do comando.
O futuro presidente, um cat�lico devoto, estava acompanhado por sua esposa, Jill Biden, pelos democratas Nancy Pelosi, presidente da C�mara de Representantes, e Chuck Schumer, l�der da minoria no Senado, bem como pelos l�deres republicanos na C�mara Alta, Mitch McConnell, e na C�mara Baixa, Kevin McCarthy.
Biden prestar� juramento pouco antes do meio-dia (14h de Bras�lia) em frente ao Capit�lio, que foi alvo de um ataque de manifestantes pr�-Trump h� exatamente duas semanas. Cinco pessoas morreram no caos desencadeado em 6 de janeiro.
A cerim�nia de posse n�o ter� p�blico e, em seu lugar, estar�o milhares de bandeiras americanas para lembrar os mais de 400.000 mortos pela pandemia de coronav�rus.
Segundo um porta-voz do Executivo americano, Donald Trump seguiu a tradi��o de deixar uma carta ao seu sucessor.
Donald Trump, que por mais de dois meses se recusou a aceitar sua derrota eleitoral, nunca parabenizou Joe Biden por sua vit�ria.
A correspond�ncia deixada no Sal�o Oval para seu sucessor � uma tradi��o americana.
"Somos apenas ocupantes tempor�rios deste cargo", escreveu-lhe Barack Obama quatro anos atr�s.
"Isso nos torna guardi�es de institui��es e tradi��es democr�ticas, como o Estado de Direito, a separa��o de poderes, a prote��o dos direitos civis pelos quais nossos ancestrais lutaram", acrescentou.
"Boa sorte", concluiu, dizendo que estava pronto para ajudar "de qualquer maneira".
Dentre todas essas cartas de presidente a presidente, a deixada, em 20 de janeiro de 1993, pelo republicano George H.W. Bush para seu sucessor democrata Bill Clinton, marcou os esp�ritos, pela dignidade e pela classe.
Evocando seu "sentimento de admira��o e respeito" ao entrar no Sal�o Oval quatro anos antes, ele acrescentou: "Haver� alguns momentos muito dif�ceis (...) Mas n�o deixe que os cr�ticos o detenham, ou fa�am voc� mudar de curso".
JOINT BASE ANDREWS