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Estado de Minas CAIRO

Egito tem liberdades destru�das 10 anos ap�s manifesta��es de Tahrir


21/01/2021 09:33

Dez anos depois das manifesta��es na Pra�a Tahrir e do vento da liberdade que varreu o autocrata Hosni Mubarak, o presidente eg�pcio Abdel Fatah al-Sissi n�o mede esfor�os para evitar um cen�rio semelhante, reprimindo qualquer oposi��o sem piedade.

Ativistas, pol�ticos, advogados, jornalistas e intelectuais s�o presos por uma justi�a que age r�pido. Ap�s a derrubada pelo Ex�rcito em 2013 do primeiro presidente eleito em elei��es livres - o islamita Mohamed Mursi -, a sociedade civil eg�pcia perdeu pouco a pouco os espa�os para se expressar livremente.

Segundo ONGs de defesa dos direitos humanos, junto a isso soma-se as desastrosas condi��es de pris�o, torturas e execu��es extrajudiciais. No in�cio de dezembro, a Anistia Internacional denunciou um recente "frenesi de execu��es".

A Human Rights Watch destaca em seu relat�rio mundial de 2021 a "m�o dura do governo autorit�rio" de Sissi, acrescentando que "a epidemia da covid-19 (...) agravou as j� terr�veis condi��es de pris�o". "Dezenas de presos morreram na pris�o, entre eles ao menos 14 aparentemente por causa da covid-19", segundo a ONG.

"A Primavera �rabe no Egito durou pouco", afirma � AFP Agn�s Callamard, relatora especial das Na��es Unidas sobre execu��es extrajudiciais, sum�rias ou arbitr�rias. Em sua opini�o, "o regime aprendeu a pior li��o da Primavera �rabe: cortar pela raiz qualquer desejo de liberdade".

Diante das cr�ticas internacionais, a resposta das autoridades eg�pcias n�o muda.

"No Egito, estamos convencidos de que a avalia��o da fidelidade [de um Estado] aos direitos humanos � responsabilidade da sociedade em quest�o e n�o de partes externas", reiterou recentemente o ministro das Rela��es Exteriores, Sameh Shukry.

As autoridades negam qualquer pr�tica de pris�o arbitr�ria ou de tortura.

A onda repressiva come�ou no ver�o de 2013, quando a pol�cia matou centenas de isl�micos que protestavam contra a derrubada de Mursi no Cairo, segundo v�rias ONGs.

Depois, a irmandade dos Irm�os Mu�ulmanos, proibida em 2013, foi alvo de pris�es arbitr�rias, pris�es provis�rias, julgamentos em massa e condena��o � morte. Mas isso tamb�m afetou a oposi��o liberal.

E Sissi, eleito em 2014 e reeleito em 2018 com mais de 97% dos votos por falta de uma oposi��o de peso, se fortaleceu.

A repress�o tamb�m � dirigida aos meios de comunica��o e � liberdade de express�o, com centenas de sites de informa��o bloqueados desde 2017. Segundo o Rep�rteres Sem Fronteiras, 28 jornalistas est�o presos no pa�s.

O estado de emerg�ncia, vigente desde abril de 2017, foi refor�ado em maio de 2020 em plena pandemia de coronav�rus. Um pretexto, segundo as ONGs, para impor "novos poderes repressivos".


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