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Estado de Minas GENETICISTA

Quem foi o geneticista antiaborto que identificou a S�ndrome de Down e caminha para virar santo da Igreja

Amigo pessoal do ent�o papa Jo�o Paulo 2�, o franc�s J�r�me Lejeune, que chegou a ser cotado para o Nobel, foi cr�tico ferrenho de iniciativas para legaliza��o da interrup��o da gravidez.


30/01/2021 10:27 - atualizado 30/01/2021 14:23

Jérôme Lejeune foi pediatra e geneticista(foto: Fondation Jérôme Lejeune)
J�r�me Lejeune foi pediatra e geneticista (foto: Fondation J�r�me Lejeune)

Ele foi o respons�vel pela descoberta da anomalia cromoss�mica que d� origem � S�ndrome de Down e chegou a ser cotado para receber o pr�mio Nobel. Portanto, era de se esperar que sua morte, em 3 de abril de 1994, tenha levado as comunidades m�dica e cient�fica a emitir notas de condol�ncias e reconhecimento � sua grandeza.

Mas o pediatra e geneticista franc�s J�r�me Jean Louis Marie Lejeune (1926-1994) tamb�m comoveu o cerne da Igreja Cat�lica.

Amigo pessoal do ent�o papa Jo�o Paulo 2º (1920-2005), primeiro presidente da Pontif�cia Academia para a Vida, pr�ximo da organiza��o religiosa conservadora Opus Dei e cr�tico ferrenho de iniciativas para a legaliza��o do aborto, Lejeune passou a ser cotado como futuro santo desde o dia em que morreu.

Como n�o costuma ser c�lere o tempo da Igreja, apenas treze anos mais tarde seu processo de canoniza��o foi aberto, ainda em fase diocesana — ou seja, com religiosos e pesquisadores em Paris, onde ele vivia, reunindo informa��es biogr�ficas que atestassem sua relev�ncia e potenciais virtudes.

Cinco anos mais tarde, o caso foi submetido ao Vaticano. Nesse momento, Lejeune passou a ser considerado pela Igreja um servo de Deus. Seu caso ent�o passou a ser conduzido pela Congrega��o para as Causas dos Santos.

Uma comiss�o de religiosos se encarregou de preparar um dossi� elencando as qualidades que o fariam apto ao reconhecimento da santidade. � quando, por meio de pesquisas e entrevistas, os religiosos buscam reconhecer se o candidato a santo teve virtudes crist�s compat�veis com a honraria dos altares.

Essa fase foi conclu�da na semana passada. Depois do aval desse grupo de encarregados, o papa Francisco, no �ltimo dia 21, oficialmente determinou que J�r�me Lejeune � um vener�vel. Em outras palavras, est� a caminho da beatifica��o, um passo important�ssimo no processo de canoniza��o.

� espera de um milagre

"Com o reconhecimento de suas virtudes heroicas, � preciso um milagre atribu�do � sua intercess�o para a beatifica��o", explica � BBC News Brasil o vaticanista italiano Andrea Gagliarducci. "[Isso significa algo] que seja cientificamente inexplic�vel, atribu�do � intercess�o do [candidato a] santo."

Para tanto, conforme ele detalha, h� duas comiss�es na Congrega��o para as Causas dos Santos: uma composta por peritos m�dicos e outra por te�logos. "N�o ser� imediato", pontua. "Mas pode n�o demorar muito. Depende de quantos casos [de potenciais milagres] ser�o apresentados � Congrega��o."

Nesta fase do processo, um bom marketing crist�o ajuda a alavancar a causa. Isto porque quanto mais gente tiver conhecimento da candidatura do futuro santo, mais gente rezar� por ele. E, enfim, quanto mais gente rezar por ele, maior a chance de que acontecimentos inexplic�veis sejam atribu�dos � sua ajuda.

Conforme explica o soci�logo Francisco Borba Ribeiro Neto, coordenador do N�cleo F� e Cultura da Pontif�cia Universidade Cat�lica de S�o Paulo (PUC-SP), o tempo para o reconhecimento de um milagre costuma depender de dois fatores.

"Quantas pessoas t�m devo��o � sua mem�ria e pedem que ele interceda por elas e do quanto se investe na sua causa de beatifica��o, tanto em termos institucionais como financeiros", diz ele � BBC News Brasil.

"Quanto mais ele se torna conhecido e quanto mais os respons�veis pela sua causa de beatifica��o t�m recursos para encontrar pessoas e aprofundar os inqu�ritos para a corrobora��o dos milagres, mais r�pido anda o processo."

At� o momento n�o h� registro de que esteja em an�lise nenhum poss�vel milagre atribu�do a Lejeune.

A principal entidade que busca dar visibilidade � vida e � obra do cientista � a Fondation J�r�me Lejeune, criada na Fran�a um ano ap�s a sua morte, que apoia projetos de pesquisa em busca de tratamentos para portadores de defici�ncia intelectual.

A institui��o tamb�m costuma se posicionar contrariamente a pesquisas europeias que usam embri�es humanos e � uma das fomentadoras da Marcha pela Vida, manifesta��o contra o aborto que ocorre anualmente em Paris.

Em nota divulgada na semana passada, ap�s o papa reconhecer Lejeune como vener�vel, a funda��o afirmou que vivia um momento de "imensa alegria" e que a decis�o do Vaticano "ajudar� a fazer brilhar o nome de J�r�me Lejeune na Fran�a e no mundo".

O texto qualificava o candidato a santo como "pioneiro da gen�tica moderna, m�dico, grande cientista e homem de f�".

O comunicado dizia ainda que o an�ncio do Vaticano vem em um momento oportuno, quando dicuss�es bio�ticas "cada vez mais objetificam e desumanizam o embri�o" — e lembrava que Lejeune lutou "ao longo de sua vida" como opositor � legaliza��o do aborto e "pelo respeito ao embri�o".

"A Igreja Cat�lica reconhece um homem excepcional na ci�ncia, que colocou sua intelig�ncia, seu talento e sua f� a servi�o da dignidade das pessoas feridas por defici�ncia mental, incluindo crian�as com trissomia 21", acrescentou a nota.

Atual presidente da funda��o, o magistrado franc�s Jean-Marie Le M�n� ressaltou que o reconhecimento da Igreja � recebido como "um grande incentivo para continuar o trabalho do professor J�r�me Lejeune a servi�o da vida".

"A qualidade de uma civiliza��o se mede pelo respeito que tem pelos membros mais fracos", afirmou, repetindo o lema enfatizado por Lejeune.

Doutor em teologia moral, professor da Pontif�cia Universidade Cat�lica do Paran� (PUC-PR) e assessor de bio�tica da Confer�ncia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o padre Jos� Rafael Solano Duran diz � BBC News Brasil que, com o passo dado pelo Vaticano, "a Igreja proclama a vida".

"E Lejeune se transforma num verdadeiro padroeiro de todos os defensores da vida."

"Estamos diante de um nome que percorreu um caminho de pesquisa bel�ssimo. E encontrou nesse caminho uma resposta �quilo que a antropologia crist� sempre promoveu e sempre proclamou: a unidade do ser humano", acrescenta.


Lejeune era amigo pessoal do papa João Paulo 2º(foto: Fondation Jérôme Lejeune)
Lejeune era amigo pessoal do papa Jo�o Paulo 2� (foto: Fondation J�r�me Lejeune)

Trajet�ria

Em 1952, logo depois de ter se formado em medicina, Lejeune come�ou a trabalhar no Centro Nacional de Pesquisa Cient�fica (CNRS, na sigla em franc�s), o maior �rg�o p�blico de pesquisas da Fran�a.

Seis anos mais tarde, quando examinava os cromossomos de uma crian�a com s�ndrome de Down, ele descobriu a trissomia 21, a anomalia gen�tica causadora da condi��o.

Com sua equipe, acabou avan�ando sobre outras quest�es, melhorando a compreens�o da ci�ncia sobre como anomalias cromoss�micas podem desencadear mol�stias — em 1963, por exemplo, ele descobriu a S�ndrome do Miado de Gato, tamb�m conhecida como S�ndrome de Lejeune. Tais estudos fizeram com que ele passasse a ser considerado o "pai da gen�tica moderna".

Lejeune foi logo nomeado chefe da unidade de citogen�tica do Hospital Necker-Enfants Malade, em Paris.

Ali ele seguiria desenvolvendo sua carreira. Estima-se que tenha tratado mais de 9 mil pacientes com defici�ncia intelectual e analisado cerca de 30 mil exames cromoss�micos. Em 1964, tornou-se o primeiro professor de gen�tica da Faculdade de Medicina de Paris.

Suas descobertas o fizeram ser cotado para receber o Pr�mio Nobel — que nunca veio. De acordo com seus apoiadores, a negativa da Academia Sueca em reconhecer seu legado cient�fico tinha a ver com sua religiosidade.

Quando percebeu que suas pesquisas acabaram possibilitando exames de detec��o precoce (ainda durante a gravidez) de problemas gen�ticos do embri�o — e, consequentemente, justificando a interrup��o de gesta��es —, Lejeune se converteu em um defensor p�blico da vida conforme a doutrina cat�lica, ou seja, desde a concep��o. E se engajou na luta contra a legaliza��o do aborto.

Tornou-se presidente honor�rio da organiza��o francesa pr�-vida Laissez-les Vivre: SOS Futures M�res e chamou a p�lula abortiva Mifepristone de "primeiro pesticida humano".

Doutor pela Pontif�cia Universidade Gregoriana de Roma, o vaticanista Filipe Domingues destaca que � preciso contextualizar o momento hist�rico em que Lejeune conduziu suas pesquisas.

"Ele viveu um per�odo p�s-Segunda Guerra, ent�o tinha consci�ncia de tudo o que havia ocorrido em termos de eugenia e sele��o de ra�a [pela pol�tica nazista]."

Assim, quando fez a descoberta [da anomalia cromoss�mica], imediatamente percebeu um risco", diz ele � BBC News Brasil.

"Lejeune sabia que estava diante de algo que mudaria a hist�ria da ci�ncia e da medicina, da vida em sociedade. Mas, do ponto de vista �tico, imediatamente identificou os riscos de sua pr�pria descoberta. E n�o aceitou que ela fosse instrumentalizada contra a vida."

"Ele fez a descoberta e, ao mesmo tempo, um alerta como cientista", acrescenta Domingues.

"Tal comportamento gerou muita rea��o negativa na comunidade cient�fica, nos movimentos feministas e na sociedade em geral, onde j� vinha crescendo um movimento a favor da legaliza��o do aborto e dos direitos reprodutivos."

"Lejeune foi muito firme em suas cr�ticas. Ele tinha convic��o moral, n�o s� do ponto de vista crist�o, mas do ponto de vista cient�fico, que n�o era correto praticar o aborto, tampouco realizar fecunda��o fora fora �tero ou qualquer manipula��o no embri�o", conta o vaticanista.

"Esses posicionamentos geraram grande hostilidade do mundo acad�mico e dos movimentos sociais."

Organiza��o que defende o acesso ao aborto legal, o grupo Cat�licas Pelo Direito de Decidir diz que "Lejeune deixa um legado contr�rio �quilo que entendemos como o direito que as mulheres t�m de viver".

"Como cientista, ele realmente foi um homem que legou para a humanidade um trabalho importante", afirma � BBC News Brasil a soci�loga Maria Jos� Rosado, professora da PUC-SP e presidente da organiza��o.

"Mas � bastante question�vel que se reconhe�am virtudes heroicas de um homem que contribuiu e ainda contribui, sendo citado reiteradamente por grupos que s�o contr�rios � vida das mulheres, com a morte. Refiro-me a grupos que se recusam a reconhecer que � um direito das mulheres decidir quando, com quem e se querem continuar uma gravidez."

Ela cita o fato de que, em pa�ses onde o aborto � ilegal, milhares de mulheres acabam buscando cl�nicas clandestinas e morrendo por conta das condi��es prec�rias.

"Ser contr�rio a uma legisla��o que permita �s mulheres decidirem se elas desejam ou n�o recorrer a um aborto em algum momento da vida �, na verdade, ser contr�rio � vida", prossegue.

"Nesse ponto, parece muito estranho que a Igreja Cat�lica, no caso o papa Francisco, reconhe�a virtudes heroicas desse homem. Suas virtudes foram apenas cient�ficas, pois com rela��o � vida das mulheres e adolescentes ele, na verdade, contribuiu de alguma forma para a morte."

Vaticano

Se tais posicionamentos o afastaram de honrarias como o Nobel, por outro lado fizeram dele pr�ximo de grupos cat�licos. Lejeune passou a ser um apoiador da prelazia Opus Dei, organiza��o conhecida por suas posturas conservadoras, e iniciou uma amizade com o papa Jo�o Paulo 2º.

Em 1974, foi convidado a integrar a Pontif�cia Academia de Ci�ncias. Ele ainda se tornaria membro do Pontif�cio Conselho para a Pastoral no Campo da Sa�de e, em 1994, o primeiro presidente da Pontif�cia Academia para a Vida, rec�m-criada.

Na fat�dica quarta-feira em que o papa Jo�o Paulo 2º sofreu um atentado na Pra�a S�o Pedro, em 13 de maio de 1981, ele havia almo�ado horas antes com o cientista.

"Lejeune e Karol Wojtyla [nome civil do papa Jo�o Paulo 2º] tiveram uma rela��o muito pr�xima, de verdadeiros amigos. Sem d�vida alguma, Lejeune teve participa��o na enc�clica 'Evangelium Vitae' [publicada em 1995 e que trata, entre outros temas, de aborto e eutan�sia]", afirma padre Duran.

Quando esteve em Paris em agosto de 1997 por conta da Jornada Mundial da Juventude, o papa Jo�o Paulo 2º visitou o t�mulo de Lejeune. Conforme conta Gagliarducci, esse acontecimento desencadeou cr�ticas pol�ticas na Fran�a.

"Um comunicado do partido no poder lamentou a decis�o papal [de visitar o t�mulo do cientista], afirmando que o gesto 'poderia causar mal-estar e arriscar a encorajar no pa�s aqueles que se op�em ao aborto com intoler�ncia'", recorda.

O jornalista Joaqu�n Navarro-Valls (1936-2017), ent�o porta-voz do Vaticano, respondeu que "a visita ao t�mulo foi particular, com apenas parentes presentes" e que "a vontade do papa foi absolutamente clara e se algu�m quiser interpretar mal, est� errado".

Criada pelo sacerdote Josemar�a Escriv� de Balaguer (1902-1975), o fundador da Opus Dei, a Universidade de Navarra, na Espanha, concedeu a Lejeune o t�tulo de doutor honoris causa em 1974.

"O reconhecimento das virtudes de J�r�me Lejeune nos alegra e tem um componente essencial para n�s. Afinal, acreditamos que o estudo e o trabalho cotidianos, iluminados pela f�, podem ser transcendentes e um servi�o � sociedade", afirma � BBC News Brasil o jornalista Roberto Zanin, diretor do escrit�rio de comunica��o da Opus Dei no Brasil.

"Pensando no cen�rio do mundo contempor�neo, nota-se que h� uma tentativa de se opor a f� � ci�ncia. Lejeune foi um homem de f� e um cientista renomado. Acreditamos que quando o Papa sublinha o exemplo de vida crist� do cientista, sinaliza ao mundo que a f� pode e deve ser inteligente e que a ci�ncia, iluminada por uma f� madura, pode ganhar novos relevos �ticos."

Papa Francisco

Alguns especialistas acreditam que o timing para que o papa reconhe�a as virtudes de Lejeune seja uma resposta ao momento em que a Argentina — terra natal do sumo pont�fice — acaba de aprovar a legaliza��o do aborto. Haveria um temor, na c�pula do Vaticano, que iniciativas semelhantes ocorram em outros pa�ses latino-americanos, tradicionalmente cat�licos.

"N�o foi por acaso que essa decis�o tenha vindo logo ap�s a legaliza��o do aborto na Argentina. Parece-me uma resposta no sentido de se contrapor ao processo", diz a soci�loga Rosado.

"Reconhecer Lejeune � uma forma sutil e pol�tica de o Vaticano se contrapor ao avan�o que significa a nova legisla��o argentina, a favor da vida das mulheres, bem como � possibilidade de algo semelhante vir a ocorrer em outros pa�ses da regi�o."

"O reconhecimento de suas virtudes significa uma manifesta��o antiaborto por parte do Vaticano e, mais do que isso, que a Igreja demonstra acreditar que ele tinha virtudes, por defender a vida humana", afirma o vaticanista Domingues.

"Para a Igreja, os santos s�o sempre modelos de vida."


Especialistas acreditam que o timing para que o papa reconheça as virtudes de Lejeune seja uma resposta ao momento em que a Argentina %u2014 terra natal do papa Francisco %u2014 acaba de aprovar a legalização do aborto(foto: EPA)
Especialistas acreditam que o timing para que o papa reconhe�a as virtudes de Lejeune seja uma resposta ao momento em que a Argentina %u2014 terra natal do papa Francisco %u2014 acaba de aprovar a legaliza��o do aborto (foto: EPA)

"Acredito que a mensagem principal [do reconhecimento] � que a pesquisa cient�fica deve estar sempre a favor da vida, de todos, sobretudo dos mais indefesos", comenta Zanin, do escrit�rio da Opus Dei.

"Como consequ�ncia disso, o papa, com o reconhecimento das virtudes heroicas de Lejeune, prop�e uma reflex�o � sociedade. Ser� que n�o estamos querendo criar um mundo onde s� os '�teis', os 'produtivos', os 'desejados' devem ter o direito de viver?"

Para o soci�logo Ribeiro Neto, contudo, a quest�o antiaborto � apenas um aspecto a ser considerado.

"Ele � reconhecido como exemplo de cientista cat�lico, algu�m que colocou sempre a sua f� como crit�rio de compreens�o da realidade", pontua.

"� um exemplo da s�ntese entre a f� religiosa e a racionalidade moderna, inclusive cient�fica."

"Para os pr�-vida, o aspecto da luta antiaborto � o mais importante, pois consta que ele perdeu o Nobel por n�o aceitar que a detec��o precoce da S�ndrome de Down pudesse ser uma ferramenta para justificar o aborto", complementa.

"Mas, para a comunidade cat�lica em geral, o mais importante � que ele colocou um ideal, iluminado pela f�, acima do que seria seu maior trunfo profissional."

Para o vaticanista Gagliarducci, o passo dado por Francisco n�o pode ser entendido pelo vi�s pol�tico.

"As virtudes heroicas [de Lejeune] tratam disso [da condena��o ao aborto], mas n�o apenas disso. Estamos falando de algu�m cuja vida crist� foi exemplar, em pensamentos, obras e no que se fez", explica.

"Claro que os santos comunicam de alguma forma, e comunicam com sensibilidade. Mas n�o devemos nos esquecer que as causas de beatifica��o dizem respeito, acima de tudo, � vida crist� de uma pessoa."


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