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Estado de Minas PORTUGAL

COVID-19: terceira onda provoca lota��o em casas funer�rias em Portugal

Portugal vive uma explos�o de casos de COVID


30/01/2021 15:09 - atualizado 31/01/2021 07:09

(foto: AFP)
(foto: AFP)
Artur Palma, gerente da casa funer�ria Velhinho, em Amadora, na zona oeste de Lisboa, atende a um novo telefonema. Do outro lado da linha, uma casa de repouso pr�xima, onde um dos inquilinos morreu de COVID-19.

Sem demora, seu funcion�rio Jos� Santos se equipa seguindo � risca as novas normas sanit�rias: traje de prote��o, luvas e m�scara cir�rgica, para evitar qualquer cont�gio.

Diante da explos�o do n�mero de mortes relacionadas � COVID-19 em uma virulenta terceira onda da pandemia em Portugal, as casas funer�rias est�o � beira do colapso e redobram a vigil�ncia em mat�ria de seguran�a sanit�ria.

Segundo dados coletados pela AFP, Portugal � atualmente o pa�s mais afetado no mundo pela covid-19, em propor��o a sua popula��o de 10 milh�es de habitantes. At� o momento, o balan�o total da pandemia chega a mais de 12.000 mortes, das quais quase a metade ocorreu desde o in�cio do ano.

Em 15 de janeiro, o pa�s foi submetido a um segundo bloqueio geral. Atualmente, a Velhinho faz entre tr�s e quatro atendimentos por semana a asilos devido ao coronav�rus. O n�mero de mortos triplicou em rela��o a janeiro do ano passado, explica Jos� Santos, ao volante do carro funer�rio.

Um verdadeiro caos

Na casa de repouso, o corpo � colocado em uma bolsa mortu�ria antes de ser transportado em uma maca para o ve�culo da funer�ria. "Tem que ser assim agora, com as medidas de seguran�a e higiene, agora vamos para as nossas instala��es para fazer o resto", diz Santos, de 62 anos.

Na casa funer�ria, a fase de prepara��o continua em uma garagem, em meio a pilhas de novos caix�es de madeira ornamentada. Artur Palma e Jos� Santos completam seus equipamentos com prote��es m�dicas para cal�ados, �culos especiais, aventais e m�scaras.

Durante a prepara��o dos corpos, os dois homens abrem primeiro a tampa do caix�o e colocam o corpo envolto em um len�ol. Nenhum tratamento � praticado devido aos riscos de cont�gio. Em vez disso, tudo � pulverizado com desinfetante.

Em seguida, vem a fase de selagem. Tamb�m neste caso, as medidas de higiene s�o refor�adas. Depois de fechar o caix�o, bordas s�o cobertas com uma longa fita adesiva e envolvidas com v�rias camadas de celofane. O falecido � ent�o transferido para a c�mara mortu�ria, onde todo o espa�o � ocupado pelas v�timas da COVID-19.

"� um verdadeiro caos, s�o tantas mortes, n�o temos lugar para guardar tantos corpos, est� tudo sobrecarregado. J� perdi minha tia, meu primo, meu pai e meu av� para a covid", lamenta Palma.

Na Velhinho, apenas quatro funcion�rios atendem ao alto fluxo de mortes nas �ltimas semanas.

"� muito complicado para n�s, mas tamb�m para nossas fam�lias, que felizmente est�o l� para nos apoiar", diz Santos, fumando seu cigarro.

"� um fardo enorme em todos os n�veis, f�sico, psicol�gico, dormimos pouco e atingimos o nosso limite", afirma Palma.


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