A gigante do setor de combust�veis recorda em um comunicado que registrou lucro l�quido de 15,8 bilh�es de d�lares em 2019, antes do in�cio da crise de sa�de e de suas restri��es, que afetaram o consumo de petr�leo e de g�s.
Durante os primeiros momentos de confinamento no in�cio de 2020, os pre�os do petr�leo registraram forte queda, chegando a entrar em terreno negativo em abril.
A partir do outono (hemisf�rio norte, primavera no Brasil), as cota��es se recuperam e se aproximaram dos 50 d�lares, mas ainda permanecem abaixo do n�vel do in�cio de 2020.
As contas da Shell sofreram sobretudo durante o segundo trimestre por grandes deprecia��es de seus ativos para refletir a situa��o do mercado, o que representou uma perda de mais de 18 bilh�es de d�lares.
O grupo voltou ao cen�rio positivo durante o terceiro trimestre, antes de registrar novamente perdas de quatro bilh�es de d�lares no quarto trimestre por causa das deprecia��es.
A pandemia abalou o mercado de petr�leo e as grandes empresas foram obrigadas a adaptar-se aos pre�os persistentemente baixos, o que reduz o valor de seus ativos.
As perdas anuais da Shell s�o maiores que as anunciadas na ter�a-feira pela concorrente BP (20,3 bilh�es de d�lares).
O grupo anglo-holand�s mant�m a prud�ncia para o in�cio de 2021 e espera um impacto negativo da pandemia na demanda de combust�veis.
A Shell se viu obrigada a iniciar uma profunda reestrutura��o que deve permitir a adapta��o da empresa a pre�os menores e cumprir seu objetivo de adotar atividades mais "verdes", assim como alcan�ar a neutralidade de carbono at� 2050.
O grupo deseja reduzir drasticamente seus custos, com o corte de 7.000 a 9.000 postos de trabalho.
ROYAL DUTCH SHELL PLC
LONDRES